Na entrevista a seguir para a editora de Política do jornal Zero Hora, o governador José Ivo Sartori avisou: "Vou fazer o que precisa ser
feito". Embora não tenha ficado claro tudo o que ele acha que deve ser feito, parece bem elaborado o discurso atual do governador, que segue a máxima de Jack, o Estripador, que costumava 'ir por partes". Os engenheiros e economistas conhecem bem o estilo "stop by stop".
Leia:
Governador do RS confirmou que não tem plano B para o
caso de o aumento de ICMS ser rejeitado
Eram pouco mais de 16h desta segunda-feira quando o
governador José Ivo Sartori entrou no gabinete da ala residencial do Piratini
para a primeira entrevista exclusiva depois do envio do projeto de aumento do
ICMS à Assembleia. Disse que a crise não lhe tira o sono, mas que dorme pouco
porque está trabalhando demais. Em uma hora e 15 minutos de conversa, na qual
respondeu inclusive a quatro perguntas de leitores (leia abaixo), Sartori
confirmou que não tem plano B para o caso de o aumento de ICMS ser rejeitado e
admitiu que, nessa hipótese, há risco de colapso dos serviços públicos. Pediu
compreensão aos servidores, que deverão sofrer com novo atraso nos salários.
A crise do Estado lhe tira o sono?
Sempre tive dificuldades para dormir, mas, ultimamente,
até não posso me queixar. Não me tira a alegria, nem a disposição, nem mesmo
sono. Evidentemente que o sono é mais reduzido, porque tem de trabalhar mais
também.
O senhor está trabalhando quantas horas por dia?
No mínimo 10 horas por dia. Às vezes, vai um pouco mais
longe, a 12 ou 14 horas. Depende.
Se o senhor soubesse exatamente os problemas que iria
encontrar, teria sido candidato?
Ser candidato não é apenas uma questão de saber se o
Estado está bem ou se está mal. A candidatura veio por uma necessidade, por um
conjunto de situações. Teve uma questão local, partidária. Pesou muito a
administração de Caxias do Sul e também um pouco a minha vida, minha história.
Sabia das condições reais, financeiras, do Estado. Atitude a gente tem de ter
e, quando assumi, assumi para valer. Acho que foi por isso que não prometi nada
para ninguém, mesmo que digam que não tinha proposta nenhuma.
Na campanha o senhor dizia que só proporia aumento de
ICMS se a sociedade pedisse. Até onde se sabe, não tem ninguém pedindo aumento
de imposto. Como explica essa mudança para os seus eleitores?
Não é uma questão de vontade nem de incoerência. É uma
questão de necessidade, mesmo que isso represente apenas um terço das
possibilidades de equilibrar as finanças do Rio Grande do Sul.
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10 comentários:
Ele vai mandar pra banha todas as fundações,se preparem...vai haver choro e ranger de dentes...
No que diz respeito ao governo, parece não haver nem plano A - o governo voa às cegas, em uma noite escura, cheia de nuvens, sobre o mar e somente pelos instrumentos, e estes ainda estão quebrados. O Governador decolou sem verificar esses detalhes, agora conduz todos a um resultado óbvio... Se não sabe pilotar, não deveria ter se habilitado.
NEM PLANO A, POIS AUMENTAR IMPOSTOS NÃO É PLANO.
Continua falando falando e não dizendo nada.
A saída no momento é privatizar. Eu começaria com o Banrisul.
Na verdade,o Gringo nunca teve plano algum,ele nem imaginava o estado do RS como estava,agora não sabe o que fazer...não tem plano B,A,C...
Nunca um governador vai torcer para passar depressa os 4 anos como ele...o negócio é garantir o salário vitalício...o resto é bobagem...olha o Tarso,dando risada e pitacos da situação..
Sartori. Tá na hora de vender a CORAG, fechar o IRGA ou entregar para a FARSUL, fechar a FDRH, fechar o BADESUL, e principalmente, para pagar todas as dívidas do RS vender o BANRISUL. Santa Catarina vendeu o BESC e ninguém morreu e eles estão melhor do que nós. Essa bobagem de dizer que se vender o BANRISUL o RS não vai mais receber dividendos é uma mentira. Ah, e vende a folha de pagamento dos funcionários para qualquer banco que pague mais.....tá na hora, não demora SARTORI......
Mas este gringo foi do partido comunista e gosta de ler Leonardo Boff acho que a polenta trangenica afetou o cerebro.
Sartori, o plano A deveria ser a redução de custos, e o aumento de impostos, deveria ser o plano Z.
Corta na carne, "duela a quem duela", como já dizia o nosso ex-presidente Collor.
Redução de custos, onde? Vender meia dúzia de estatais não vai fazer grande diferença no caixa do Estado. Reduzir custos só se for para demitir alguns CCs, mas isso também não vai trazer grande impacto nas contas estaduais. É quase impossível reduzir mais os custos do executivo, a não ser que feche escolas, delegacias, demita professores e brigadianos. Se a educação está falida, a insegurança é pública e querem mais reduções no custo, aí fica difícil.Não sou contra os cortes, mas é que não trará grandes reduções nas despesas. A única coisa que pode trazer algum alívio, mas a longo prazo, é a mudança na previdência dos servidores públicos. Reduzir custos, só se for no Judiciário, MP e Legislativo, mas isso é quase impossível por causa das vinculações constitucionais. Querem impacto no caixa, comecem a fiscalizar pra valer as empresas, já que a SEFAZ não fiscaliza ninguém fora da formalidade. Pode-se, por exemplo, fazer verificações periódicas nas transportadoras, reduzir os benefícios fiscais, entrar na justiça contra o roubo, por falta de compensação, da lei Kandir e cobrar uma redução vigorosa dos juros e do montante a pagar para o Governo Federal. O Estado deveria, inicialmente, fazer a compensação dos juros a pagar para o Governo Federal com o que a União não devolve com a isenção da Lei Kandir.
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