Presidente da Câmara e ministro do STF avaliam impeachment de Dilma

As repórteres da Folha de S. Paulo, Marina Dias e Natuza Nery, revelam na edição de hoje do jornal que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e com o deputado Paulinho da Força (SD-SP), dirigente da segunda maior central sindical do país, para avaliar, entre outros temas, cenários da atual crise política, incluindo um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O encontro, um café da manhã na residência oficial da Presidência da Câmara, se deu na última quinta-feira.

Acompanhe a reportagem:

Segundo a Folha apurou, o agravamento da crise foi discutido em detalhes. Os presentes fizeram uma primeira avaliação do cenário no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde a chapa de Dilma é investigada por suposto abuso de poder e financiamento irregular de campanha.

Chegaram à conclusão de que um pedido de cassação dificilmente será aprovado no tribunal, cuja corte está dividida sobre o tema.

No encontro também foi feito um diagnóstico sobre as dificuldades de abertura de um processo de impedimento na Câmara contra Dilma. A Constituição exige 342 votos a favor para que um pedido do gênero seja aberto.

Diante disso, Paulinho da Força afirmou, conforme relatos, que um processo de impedimento da presidente só iria para frente por meio de um acordo que passasse por quatro pessoas: Cunha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).

Um arranjo desses, segundo os desenhos projetados, resultaria em um "parlamentarismo branco" a partir de um eventual impeachment: Temer compartilharia o poder com os presidentes da Câmara e do Senado e governaria em uma espécie de triunvirato até as eleições de 2018.

Um parlamentar disse à reportagem que o clima político para isso só estará "mais maduro" depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) julgar as contas de 2014 do governo. A tendência é que a corte as reprove, o que abriria caminho para o Congresso analisar o caso.

O julgamento no TCU estava previsto para a próxima semana, mas a análise foi adiada para agosto.
Sob condição de anonimato, um parlamentar afirmou à Folha ter feito parte de um movimento para pressionar o TCU pelo adiamento. Assim, quando as contas forem julgadas, o Congresso já estará na ativa –o recesso parlamentar vai de 18 a 31 de julho.

DIVISÃO

Procurado, o peemedebista negou ter tratado do assunto. Já Mendes, hoje presidente interino do TSE, confirmou que as condições de permanência de Dilma no cargo foram discutidas –porém, diz ele, de forma lateral.

"O tema central da conversa foi o Código de Processo Civil, mas esses assuntos correram. Ele [Cunha] falou dos problemas de impeachment, esses cenários todos", afirmou o ministro.

INTIMIDADE

Mendes também disse que a divisão do plenário do TSE sobre o tema entrou na pauta. "O que tenho dito é que é preciso ter provas quanto ao abuso de poder econômico e político. Havendo provas, muito provavelmente se chega a uma votação de expressão", explicou.

"É possível que se tenha falado da contagem de votos, coisa do tipo. É possível que eu tenha dito que, dependendo das provas do processo, pode até ter unanimidade". "Caso haja provas substanciais, minha expectativa é que haja unanimidade, mas não disse que só se poderia cassar por unanimidade", concluiu o ministro.

Já o presidente da Câmara deu versão distinta: "Eu não tenho intimidade com ele [Gilmar] para tratar de um assunto assim. A frase do Paulinho foi a seguinte: se, com 513 [deputados na Câmara], as pessoas ficam na dúvida, imagine com sete [ministros do TSE]", disse Cunha à Folha.
"Tratamos do Código de Processo Civil. Longe de ter passado essa conversa comigo", afirmou.


9 comentários:

Anônimo disse...

O encontro clandestino de Dilma Rousseff com Ricardo Lewandowski deu o resultado esperado.

Deputados, senadores, ministros do TCU, empreiteiros e jornalistas ligados aos partidos que, até recentemente, defendiam o impeachment da presidente para acalmar o Brasil e, assim, evitar a cadeia, agora esperam que ela use sua caneta para melar a Lava Jato.(oantagonista)

dillma/lulla/petrallhas com recursos (R$-corrupção) darão um jeito de continuarem as maracutaias, e o povo ...., e pior que isso os Militares ...

Anônimo disse...

Políbio,

Esta repórter, Marina Dias, já foi desmascarada.

Ella é filha de PT responsável pela Comunicação partidária e "afiliada" do Edson Silva.

Não dá para confiar!!!

JulioK

Anônimo disse...

O governo é tão podre que nem mesmo o clima consegue se estabilizar.

Anônimo disse...

Os parlamentares estão aguardando a reação do movimento do dia 16/8. Se der um público grande haverá possibilidade de impeachment, do conrário será esquecido.

elias disse...

Esses dois poderes - perfeitamente aparelhados - se equimerdam.
Não vai dar nada. Ou melhor, nós pagaremos tudo - inclusive com o futuro de nossos filhos e netos.
Nada que uma boa campanha milionária em publicidade marqueteira não resolva.
Goebels era um amador!

Anônimo disse...

Aqualito e Pingo de Cristal

Povão vai consumir uma pizza tão grande, que vai dar para fazer um banquete por muitos e muitos anos!
A mídia encoraja os ânimos e as ilusões. Milhares e milhões de ingênuos acreditando que isso tudo vai dar em alguma coisa mais grave. Algumas cabeças já estão nas bandejas, esse serão os imolados, pedaços de carne jogados para a multidão se acalmar...

Anônimo disse...

Por outro lado, pode ser que tenham se reunido para avaliar como livrar a cara do Eduardo Cunha, PMDB, do Processo que ele responde no STF, afinal o dele está na reta e o Procurador Geral da República quer a cabeça dele. O único poder de Cunha é admitir o impeachment, depois ele tem apenas 1 voto, correndo o risco de perder porque o governo tem maioria na Camara dos Deputados, além do que precisa obter aprovação de 2/3 da Câmara dos Deputados, ou seja, 342 Deputados, dos 513. Sem contar que o vice-presidente da República, que é do PMDB responde junto com a Presidente, ou seja, o PMDB de Cunha já entra rachado.

Anônimo disse...

STF perdeu a credibilidade há muito. L evandowski, Toffoli, Weber,Fachin e outro$ não são confiáveis. Aliás, o Brasil está dominado pela máfia comunista. Só interessa o dinheiro e poder, o resto é o resto escravo para manter e garantir a grana para aqueles.

Anônimo disse...

Polibio bostou o nome de DILMA e aí aparece um PTRALHA chamado

"Aqualito e Pingo de Cristal".


Xi, xi, a PF vai chegar em ti!


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