A repórter Carolina Gonçalves, da Agência Brasil, informou esta tade que o ex-gerente jurídico da Petrobras Fernando de Castro Sá (foto ao lado) foi pressionado e afastado do cargo depois que
denunciou, internamente, alterações em pareceres jurídicos produzidos para
aditivos de contratos com empresas pela Diretoria de Abastecimento da estatal.
Na ocasião, o titular do cargo era Paulo Roberto Costa.
Em depoimento na
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ex-gerente afirmou que
a adulteração dos documentos era feita sob pressão da Associação Brasileira de
Montagem Industrial (Abemi).
Na sub-relatoria de Superfaturamento e Gestão Temerária
na Construção de Refinarias da CPI, Castro Sá explicou que o esquema começou em
2007, com as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo o
advogado, nenhuma ordem para cometer ilegalidade partiu de Sérgio Gabrielli,
presidente da Petrobras na época, ou de Costa. Ele acrescentou que sua saída
foi acertada com os dois dirigentes.
Fernando Sá disse que a interferência da Abemi incidiu
especialmente nos contratos da Refinaria do Nordeste e destacou um parecer
sobre o contrato de obras da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de
Janeiro. “Houve um parecer fraudado, que pedia antecipação de pagamentos. Eu
fui contra o parecer porque a lei não permite inversão na ordem de pagamentos”,
explicou. Segundo ele, foram efetuados pagamentos por serviços que não foram
prestados.
Ao lado da então gerente executiva de Serviços da
Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, Fernando Sá contou que tentou contornar as
alterações nesses contratos mas foi chamado pela Diretoria de Serviços,
comandada por Renato Duque, para “levar bronca”. “Duque disse que nossos
pareceres não seriam levados em consideração e que os aditivos seriam feitos
com base na decisão da área de engenharia.”
O advogado explicou que, durante o procedimento
administrativo que resultaria em uma possível demissão, procurou o ex-diretor
de Abastecimento. Segundo ele, Paulo Roberto Costa afirmou que tinha pedido
para cessar o processo administrativo e depois ofereceu um cargo em Londres,
que Fernando Sá disse ter recusado. Ele aceitou uma segunda oferta de
transferência para a área comercial da empresa. “Fiquei em uma sala fechada,
sem limpeza e sem computador, sem me darem nenhum serviço durante seis meses”.
Nesse período, Sá disse que sofreu dois enfartos.
O advogado informou que as tentativas de interferência
para evitar as alterações nas cláusulas desses contratos foram reunidas em um
documento entregue ao Ministério Público do Trabalho e que todas as ocorrências
estão em um dossiê que foi entregue ao Ministério Público e será disponibilizado
para a comissão.
5 comentários:
STF ACABA DE SOLTAR O PESSOA E MAIS SETE COMO O LULA E A DILMA MANDARAM.
ENTÃO TUDO ESCANCARADO E NADA MUDA.
NESTE PAIS QUEM DENUNCIAR CORRUPÇÃO E FALCATRUAS CORRE SÉRIO RISCO DE SER PRESO. MELHOR FICAR QUIETO EM SEU CANTO E DEIXAR OS ANOS PASSAREM, SE DER TEMPO.
Podre Temporada no Brasil.
Um mundo melhor é possível, ainda existem pessoas honestas neste país, que mesmo podendo fazer um "pé de meia" não aceitam fazer parte dessa quadrilha chamada PT.
Porque os milhares de funcionários da petroleira, assistem tudo passivamente, boicotem o sindicato e paralisem suas atividades e exijam a saída e interferência desses ladrões lá da estatal?!
Mais um funcionario a abrir o bico. Ainda sao poucos mas, sem duvida, darao grande contribuiçao na erradicaçao do pt quanto governo e, quem sabe, enquanto partido.
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