Artigo, Glauco Fonsêca - A arma do crime

A morte do cinegrafista Santiago Andrade será cada dia menos comentada. Isto é normal, infelizmente. O mesmo aconteceu com o menino que foi arrastado por várias quadras preso ao cinto de segurança no Rio de Janeiro, com as vítimas da Boate Kiss, com os passageiros mortos no Airbus da TAM que explodiu em Congonhas e com muitos outros casos traumatizantes de amplo espectro. Havendo ou não um crime devidamente tipificado que tenha antecedido às tragédias, nossa memória nos engana, nossos sentimentos nos traem, se esvaindo no tempo. Ser humano também significa, muitas vezes, esquecer.

No caso do cinegrafista, houve crime anterior ao fatídico resultado. Alguém comprou artefatos explosivos que foram acesos e lançados a esmo num local público com grande contingente de manifestantes, policiais, transeuntes e....cinegrafistas. Alguém fez chegar ao local um artefato que, ao ser lançado por um outro alguém, acertou a lateral da cabeça de um cinegrafista, matando-o após afundamento de crânio. Até agora, alguém comprou um explosivo, alguém soltou e alguém morreu. Ainda não sabemos quem comprou.
Entretanto, pouco se falou a respeito da arma do crime. Pouco se sabe sobre o que, de fato, levou a óbito o indefeso e inofensivo cinegrafista. Pois eu me interessei pela provável arma do crime, diante da letalidade que ela demonstrou. Poucas coisas vendidas legalmente são capazes de, em sendo disparadas, ocasionar a morte de uma pessoa. Um “projétil” foi lançado e sua trajetória encontrou a cabeça de um ser humano, destruindo-a. Que arma foi esta? Morteiro, rojão ou foguete? Sabemos a verdadeira diferença entre as “armas”?

Curioso, liguei para uma conceituada empresa no interior de São Paulo que fabrica artefatos explosivos (fogos de artifício) e descobri que há uma enorme diferença entre eles, o que não poderia ter sido confundido pelo sujeito que acendeu o artefato que matou o cinegrafista da BAND. Segundo a pessoa com a qual falei na empresa de SP, o cinegrafista foi provavelmente atingido por um foguete de vara treme-terra, como o do vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=l53VL-YOl5Y Agora eu pergunto: há crime maior do que disparar um artefato desses no meio de uma manifestação?

É elementar, pois, que o perfil da “arma” utilizada é muito indicativo do potencial de dano que se deseja causar. Neste caso do cinegrafista, não usaram uma bomba sem efeito letal, mas um foguete e sabiam muito bem o que queriam produzir: uma tragédia. Era isso que os manifestantes queriam: DESTRUIÇÃO de algo, ou até mesmo, quem sabe, a morte de uma pessoa. Eu reforço minha crença de que, no caso, o perfil da arma denota a intenção do dano, seja ele material ou até mesmo em vidas humanas
Por fim, pergunta-se:
1) Quem pagou pelos foguetes, que não são baratos?
2) Quem gerenciou a logística da distribuição dos artefatos?

Só o que sabemos é que alguém morreu por causa disto. Os dois que estão presos não podem encerrar o limite da responsabilidade sem que tenham a companhia, na prisão, daqueles que financiaram o crime.
Quem são eles?

11 comentários:

Anônimo disse...

Ah, gostei de ver, parece que o Glauco aprendeu a usar a impessoalidade do verbo haver/fazer quando o mesmo significa tempo decorrido. Esses tempos li um texto dele na internet que era de chorar devido aos erros de português. Isso pega muito mal pra quem é metido a escrever artiguinhos.

Anônimo disse...

Antes de tudo isso:
1) Alguém da BAND e outras empresas de Comunicação fizeram apologia ao Crime, no caso da Band o Apresentador Boecha, disse, está gravado que éra a favor do quebra-quebra;
2)Alguém da BAND não tomou providências, pois não é o primeiro cinegrafista da Band que é morto no RJ, foi morto com um tiro no peiito no meio de um tiroteio entre a Policia e a bandidagem. Perguntar não ofende: Só pq é jornalista ou cinegrafista não deve tomar medidas mínimas de segurança. A bandidagem não quer nem saber.
3)Depois disso tem jornalista do STB (Raquel) que continua fazendo apologia ao Crime e cada a responsabilidade do jornalista. O pior é que tem apoio da elite.

Anônimo disse...

Virou moda responsabilização de uma morte ao objeto utilizado não a quem manuseia o objeto.Ex;Proibi-se a Arma de Fogo pelo Crime e não o Criminoso com pena severa, culpa-se a Estrada de Rodagem ou o Veículo do acidente e não por Imperícia, Imprudência ou Negligência do Condutor, agora discute-se do artefato que matou o Jornalista. O problema maior está no ser humano despreparado ou mal intencionado. Pode reparar que em 99% dos acidente há falhas humanas.

Anônimo disse...

Lenga-lenga jornalística à parte, os comunistas abilolados da estrema esquerda, irresponsáveis e doidos de varrer, de partidos que deveriam ser postos na ilegalidade e que nem eleitores têm, foram os responsáveis últimos pela morte do cinegrafista. Ressalte-se a cumplicidade dos idiotas tipo Caetano Veloso, que andaram posando com máscaras ninja e batendo "palminhas públicas" para os BLACK BLOCS.

Anônimo disse...

E um governo petralha vai querer saber disto se são eles que estimulam este tipo de coisa?

Anônimo disse...

O buraco é mais em cima. É gente que quer ver o mato pegar fogo. Elles vão sair queimados, isso sim. Olhem a Venezuela. Chega uma hora que o povo despreza o medo e vai prá cima.

Anônimo disse...

É uma arma mortífera. Resta saber quem financiou esse crime barbaro!

Garivaldino Ferraz disse...

Apoizé! Ainda há preocupação com o jornalista morto no RJ, como se em Porto Alegre tudo estivesse na mais perfeita ordem! Quero saber é se a morte do pequeno capitalista explorador, meu Amigo e Compadre, vai ficar somente como mais um número na estatística da insegurança pública gaúcha!
mujahdincucaracha.blogspot.com/2014/02/mais-uma-morte-de-comerciante-em-porto.html
Até agora, nenhuma notícia sobre a identificação dos bandidos!

Glauco Fonseca disse...

Eu sei bem quem és, exigente leitor. Há uns tempos atrás não eras um anônimo. Uma pena. Presta atenção na Venezuela. A casinha cai lá e, em seguidinha, cai aqui. Há de retornar o império das leis. É isso que nós todos queremos, não é?

Anônimo disse...

ATIREI O CHAPEU, ME RENDO, NÃO TEM MAIS CONCERTO ESTE PAÍS, A ARMA DO CRIME NÃO É ROJÃO, REVOLVER, FACA,PEDRAS OU PAUS, A ARMA DO CRIME SÃO NOSSAS LEIS BRANDAS, NOSSOS JUÍZES BONZINHOS NA INTERPRETAÇÃO DAS LEIS E NOSSOS POLÍTICOS CORRUPTOS, NÃO TEM COMO CONCERTAR ISSO COM ESSE POVO BOVINO.



EDUARDO MENEZES

Alberto/NH disse...

Em Novo Hamburgo (PT) tudo acontece: além dos crimes "normais de sempre" (assassinatos, assaltos, etc) agora se dão 'ao luxo' de roubar carros novos de TEST-DRIVE como aconteceu numa Revenda VW...

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