Escândalo dos avais falsos ao KfW - Ex-diretor da CGTEE, homem de confiança do PT no RS, condenado a cinco anos de prisão

O editor acompanhou detidamente o escândalo dos avais falsos concedidos por um diretor da CGTEE, estatal federal que explora energia térmica a partir do carvão (Candiota III, por exemplo) a um empréstimo de 157 milhões de euros, que o banco alemão KfW concederia para construir seis usinas de biomassa a investidores privados do RS e Paraná. Em função das denúncias, o editor teve que responder a dois processos judiciais movidos pelo então presidente do Conselho da CGTEE, mas venceu ambos. O escândalo envolve quadros importantes do PT do RS. Todos acabam de ser condenados. Sobre o caso, o jornal Zero Hora deste sábado publica a seguinte reportagem, que vai copidescada pelo editor:

Passados quase seis anos, o à época rumoroso caso de um aval irregularmente concedido pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) teve suas primeiras condenações. A 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre concluiu que seis dos réus são culpados no esquema, que incluiu documentos forjados e assinaturas falsificadas para oferecer garantias a um empréstimo de 157 milhões de euros entre uma multinacional e um banco alemão — expondo a CGTEE a riscos financeiros de forma ilegal. Três réus foram absolvidos.

. Em irregularidades cometidas entre 2004 e 2007, os réus atuaram para possibilitar à empresa alemã CCC Machinery obter o empréstimo de 157 milhões de euros. O objetivo era construir sete usinas de biomassa no Rio Grande do Sul. Para repassar o dinheiro, o banco alemão KfW exigiu um fiador. O grupo, então, tentou obter o aval junto à própria CGTEE, mas o conselho da estatal vetou o pedido: a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe estatais de conceder avais a empresas independentes. Rejeitado o pedido, os réus seguiram em frente e forjaram os papéis para tocar adiante o financiamento. A cúpula da CGTEE só se deu conta do esquema quando foi notificada pelo KfW de que constava como fiadora do empréstimo, em abril de 2007. Em 1º de junho de 2007, a estatal exonerou o então diretor técnico e de meio ambiente, Carlos Marcelo Cecin, abriu sindicância e, dias depois, comunicou o caso à Polícia Federal. Cecin foi condenado pela Justiça Federal a cinco anos, um mês e 10 dias de prisão e multa superior a 50 salários-mínimos.

. De acordo com a denúncia, os réus atuaram na prática de vários crimes, entre eles, corrupção passiva, corrupção ativa, estelionato e contra o sistema financeiro nacional.

. Os condenados: Carlos Marcelo Cecin,  Alan de Oliveira Barbosa (oito anos, cinco meses e 10 dias e multa de 109,3 salários mínimos),Joceles da Silva Moreira (seis anos, oito meses e 15 dias e multa de 79,6 salários mínimos), Luciano Prozillo Junior (um ano e oito meses e multa de 272 salários mínimos), Erwin Alejandro Jaeger Karl (10 anos, três meses e 16 dias e multa de 14,8 salários mínimos) e Julio Magalhães (dois anos, 7 meses e 15 dias e multa de 32 salários mínimos)

11 comentários:

Anônimo disse...

E a alta administração não vai ser condenada. E o Presidente e o Diretor Financeiro e os COnselheiros.....Os Conselheiros. Nem o nome deles vai aparecer.....só pegaram os bagrinhos.....

Anônimo disse...

MAIS UM PATRALHA DE SATANÁS CONDENADO A CADEIA PELOS TRIBUNAIS??

MAS QUE COISA INÉDITA !!!

DEVE SER SOMENTE O MILIONÉSIMO ESTE ANO !!!

Anônimo disse...

Verdade...reportagem imparcial esta.

Primeiro não houve prejuízo comprovado para ninguém!

Em segundo lugar, a culpa por tentativa recaiu sobre os insignificantes. Cadê a responsabilidade do Cardeal e da Dilma sobre o fato. Por que este assunto foi abafado? O próprio KFW afirma em reportagens vinculadas ao caso que o projeto teve a concepção do Cardeal, que pertencia a cúpula da Eletrobrás e da própria Dilma então ministra de Minas e Energia. Tem registros de viagens e fotos. O Cecin, assim como todos envolvidos que são do PT se reportavam a autoridade dela.

Lamentável a conclusão do caso. No Brasil é assim, a lei só serve para poucos. O poder é fator de blindagem e uma forma de ganhar dinheiro. A sociedade fica com as sobras...

Anônimo disse...

Reportagem incompleta. Alguns tiveram regime de prisão semi-aberto e outros aberto, inclusive.

Não foi comprovado o prejuízo.

E os grandes, como sempre no Brasil ficaram de fora. O Cardeal e a Dilma...nada disso poderia ter ocorrido sem o aval deles, em reportagens anteriores li sobre a atuação deles no projeto, inclusive por afirmações do KFW.

Seria bobagem pensar que algo seria feito sem o conhecimento deles...e o PT segue sua farra de depredação da riqueza nacional e sem culpa sempre. Afinal eles nunca sabem de nada...e o povo se contenta com migalhas. Política do pão e circo é a realidade brasileira!

Alberto Magno disse...

E, já foram presos, não, já passaram quase sete anos, e tem gente que acredita na justiça Brasileira.

Anônimo disse...

Rapaz a coisa está feia, do Rio Grande do Sul ao Acre nas Gestões petistas cada enchadada uma minhoca.Ô loco seu.

Anônimo disse...

Os mais expertos sempre escapam. E entre os petralhas isto é muito comum, pois os graudos sempre vem com aquela milonga de "eu não sabia de nada."
A lição do mensalão serviu prá toda vida e a turma apreendeu ligeirinho.
Trouxa é o peão petralha que faz malfeitos a mando, pois devia saber que só vai sobrar para os bagrinhos.
Aliás isto vale para todos bandidos, pois os mandantes e beneficiários sempre se encondem, pois não põem a mão na massa.

Anônimo disse...

O cecin era idolatrado na CEEE pelos esquerdistas. Foi diretor de distribuição no governo olívio e implantou o chamado conselho de representantes, uma espécie de "sindicato alternativo" para tentar combater o senergisul. Sua imagem era quase de um santo. Vejam só...

Anônimo disse...


Nesse caso, o mais importante é que não o erário público não desembolsou um centavo e quem pediu para que a PF abrisse a investigação que culmiou com as prisões foi a direção da estatal.

Para os réus resta dizer que condenação de 1o grau não é condenação trasitada em julgado.

Interessante que o caso Detran,onde envolve elementos do PSDB, tramita na Justiça Federal quase igual tempo, continua em análise no 1o grau, trocou até de juiz, cujo advogados estão fazendo das tripas o coração para prescrever.

Anônimo disse...

Cardeal não é um pássaro que tem que ficar engaiolado?

Anônimo disse...

E o dinheiro sumiu! pegaram uns bois de piranha e os grandões do PT se safaram!

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