Artigo, Luiz Carlos Cunha - Greve Proletária e Serventuária

* Clipping jornal Zero Hora.

A onda grevista que assola o governo dos trabalhadores desafia análise propedêutica. Traz característica singular quando o grevista assume caráter de classe trabalhadora e o Estado de patrão. Marx, o genial filósofo da luta de classes impulsionadora da evolução social, definia o proletariado _ construtor da riqueza material _ e a burguesia, dona dos meios de produção. Uma simplificação clara da sociedade pelo materialismo histórico. A evolução do capitalismo movido prioritariamente pela aplicação científica no processo produtivo, democratizando a termos desconhecidos no passado os benefícios da produção, foi aos saltos solapando a teoria tão estruturalmente concebida. Golpeou-a de morte o fracasso rotundo da experiência do socialismo real.O governo da classe operária na Polônia foi liquidado pela pertinácia de um operário semiletrado dos estaleiros de Gdansk; a República Democrática da Alemanha desapareceu a golpes de marreta dos trabalhadores no muro insólito de Berlim. Neles, o direito de greve, respeitado nas nações democráticas, era nulo
(...)
Como entender, então, a greve em barda que hoje acossa o orçamento do governo dos trabalhadores. Os comandantes de ontem galgaram o cume do poder governamental, foram nos primórdios de suas carreiras políticas os mais ousados e eficientes agitadores de greve geral e sem limites. Graças à atividade persistente de estímulo vindicatório contra governos, empresas públicas e privadas chegaram onde estão. As atuais autoridades, legitimadas no caldo agitativo das greves, encontram no repique dos movimentos grevistas de hoje o monstro inimigo que criaram ao largo de três décadas. A criatura se volta contra o criador. Todos são trabalhadores e o Estado é o patrão. Estabeleceu-se a nova luta de classes. O direito de greve do funcionalismo civil difere entre as nações democráticas, variando da igualdade entre assalariados da empresa privada e pública até a total proibição à greve de servidores públicos
(...)
 Dias temerários nos aguardam nos próximos anos. A derrubada do capitalismo pela classe operária, que Euclides da Cunha resumiu no escorço de uma frase _ "basta um simples gesto, o cruzar os braços" _ traduziu-se hoje, no Brasil, numa ameaça à estabilidade da nação.]

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12 comentários:

Mario Rangel disse...

Pois é, se fosse no tempo da Ditadura, não tinha greve... nem liberdade.

Que bom que existem as greves.

Viva os governos trabalhistas, que não "baixam o cassete" nos grevistas, como sempre fez a direita.

Anônimo disse...

Basta não ter o raciocínio tão linear para perceber que é tudo jogada dos petistas anti Dilma para trazerem Lula de volta em 2014. Qual melhor massa de manobra que os funcionários públicos?

Anônimo disse...

O regime comunista/socialista aqui do Brasil ja ta acabando... com apenas 10 anos de existência!



Anônimo disse...

Gosaria de conhecer um comparativo entre os salários no Brasil dessas categorias com os valores praticados no primeiro mundo.
A culpa disso é o populismo instaurado no Brasil pelo Lulla, que deu aumentos generosos e agora o pessoal que continuar mamando, não se deram conta que a vaca está sem leite.
Bem, dona Dilma, quem pariu Mateus que o embale ...

Anônimo disse...

Muito bom o blog, parabéns, eu ri bastante.

Anônimo disse...

O TEMPO SENHOR DA RAZÃO:

23/08/2012 -Palácio do Planalto / Brasília:
O ministro da Casa Civil entra na
sala da Presidente Dilma e diz:
Presidente a PF a Receita Federal e a Anvisa passaram do limite com estas greves,mais uma vez a senhora vai ter de sair pelos fundos pois a frente do palácio esta tomada por manifestantes.

A Presidente comovida responde:
Sabe a gente em 64 só queria implantar o comunismo aqui no Brasil ainda bem que os militares não permitiram esta nossa loucura.
Foi o PT quem ensinou e sempre incentivou as greves contra os governos de plantão,mas nós somos governo então o que esta acontecendo é fogo amigo estão tentando me desmoralizar para que o meu criador volte a assumir essa cadeira não importando as consequências econômicas de tamanho reajuste de salariais para setores que já são os mais bem pagos, agora eu entendo porque a população ama as Forças Armadas, num momento de crise quando as instituições estão fora de controle tenho de admitir que somente os Militares podem nos proteger.

Tá ruim mas tá bom.

Antonio

Anônimo disse...

Mário Rangel, quem está querendo o cacete és tu! Otário.

Anônimo disse...

Rangel tu é um estrume, não tens idéia do prejuizo e atrazo que o Brasil tá sofrendo com essas greves, e justamente a greve parte de quem tem os melhores salarios. edus

Anônimo disse...

Esse pessoal faz greve porque sabe quanto rola nos bastidores. Então pensa assim: foram eles (que estão no poder agora) que nos ensinaram a fazer greves, nos ensinaram que temos direitos e mais direitos e mais direitos e mais direitos. Vamos exigir os direitos que nos propagandearam. Se eles (que estão no poder agora) conquistaram tantos direitos fazendo greves, pancadarias, invasões, protestos e marchas, então vamos lá, é esse mesmo o caminho. Quem sabe, logo também os derrubamos e assumimos os caixas 1, 2 e quantos houverem.
Aprenderam, pacas! É o feitiço contra o feiticeiro.

Anônimo disse...

No tempo da dita-dura tinha greve, sim, e certos metalúrgicos que as encabeçavam e tão pouco sofreram no porrete que estão aí hoje escalpelando os trabalhadores para sustentar bancos e empresas de propaganda e doando o suado dinheiro dos que trabalham para os que não trabalham.
A direita construiu o progresso do Brasil e a esquerda agora o esfarela distribuindo migalgas. Marx defendia a socialização dos meios de produção, não dos lucros de quem trabalhou.

Anônimo disse...

Pô Mario! Que injustiça, tinhas toda a liberdade para viajar para Cuba, dizer asneiras tomando cafezinho em Paris com a tua companheirada newrica as custas da população.

És uma mal agradecido, fostes ao Uruguai junto aos tupamaros, Argentina e EUA durante o período que o "casete" baixava nos teus colegadas funcionários públicos.

Recebes hoje na aposentadoria como se estivesse no trabalho e não estais. E quem te deu isto na CF/1988 foi o teu aliado Rei Sarney.


Mal agradecido!



Anônimo disse...

Operário sem empresário é o mesmo que uma tribo de índios que sempre viveram sobre ouro, e que nunca o diferenciaram da areia! É a pura realidade, o olho só cresce porque vêem que o outro tem muito mais visão do que eles, aí ficam ambiciosos, se apropriam da empresa e em poucos anos a quebram por pura incompetência (vejam o caso de estatais tipo a Petrobrás!) e voltam para a idade da pedra!

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