Tribunal de Justiça livra padre Elói do processo do Natal Luz. “É tudo coisa de romance”, diz o relator sobre a denúncia.

Os desembargadores da 4ª. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RS, conhecida como a “Câmara da Morte” para quem cai ali, examinou o mérito do habeas corpus e mandou trancar a ação penal movida contra o padre Eloi Antonio Sandi, o padre Eloi, denunciado como membro de “perigosa organização criminosa” que se apropriou de recursos do Natal Luz. O padre era integrante da Comissão Executiva do Natal Luz.

. 1/3 dos 32 gramadenses denunciados pelos promotores Antonio Képes e Max Guazzelli já foram excluídos dos processos cível e penal, por ordem do TJ.

. O relator, desembargador Aristides Pedroso de Albuquerque Neto, disse nesta quinta-feira, no julgamento:
- As condutas atribuídas ao Paciente, isoladas, não constitutem ilícito penal, nem é permitido afirmar que são manifestações daquela organização criminosa.


. Mais adiante, o desembargador Aristides Pedroso foi mais adiante, atacando impiedosamente as acusações dos dois promotores:
- A denúncia é uma só imaginação, um romance, uma obra sherlockiana, divação cerebrina. O que fez o padre? Prestou serviços, recebendo pagamento. Ponto. Nada mais. Nadíssima mais. Depois de 40 anos, não consigo ver crime nisso”.

. Padre Eloi, que é barítono, ensaiava o coral de Taquara, que se apresenta no Natal Luz, e recebia pelo serviço. Ele é um dos autores do espetáculo principal, o Nativitaten, que coordenava. Um serviço pelo qual também recebia. 

. As acusações são de que ele recebia pelos serviços prestados. Ponto. Nada mais. Os valores sequer foram considerados abusivos pelos promotores, que apenas acusaram o padre por cobrar pelo que fazia no Natal Luz.

. Os advogados Amadeu Weinmann e Claudio Candiota Filho, que defendem o padre Eloi, acham que o julgamento beneficiará todos os demais réus, já que o conteúdo das acusações é sempre o mesmo. 

- Os promotores Képes e Guazzelli, que intervieram no Natal Luz e indicaram o administrador judicial, terão muito o que dizer na CPI do 26º Natal Luz instalada pela Cãmara de Gramado. As contas da edição são um segredo de polichinelo – muito mal contadas até agora.

A foto é do padre Eloi Sandi em ação no espetáculo Nativitaten, que ele ajudou a criar para o Natal Luz. Os promotores o acusaram por prestar serviços como coordenador e cantor do Nativitaten. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Helicoptero identificado como receita federal sobrevoando Gramado e Canela...Po volta das 16hs sobrevoava o Palácio das Hortênsias, residência do governo do estado, vizinha ao aerodrómo e condomínios de luxo.

Anônimo disse...

E ainda dizem que o ministério público de Gramado não fez essa bagunça toda por causa de politica... Absurdo! Tanto é que ouve boatos que o promotor Antônio Kepes seria um forte candidato a assumir a cabeça de chave do partido da oposição. era o que faltava mesmo!

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