Ou botaram alguma coisa na água do bebedor do MPF (Ministério Público Federal) de Belo Horizonte ou o parquet não sabe para que serve um dicionário.
É despropositada a ação civil pública que o MPF ajuizou pedindo a retirada de circulação do dicionário "Houaiss", porque a obra contém "expressões pejorativas e preconceituosas" contra os ciganos.
Entre as múltiplas definições para a palavra, constam "aquele que trapaceia, velhaco, burlador" e "agiota, sovina". Evidentemente, o "Houaiss" marca esses usos como pejorativos.
Não cabe ao lexicógrafo dar lições de moral ou depurar o idioma das injustiças sociais que ele carrega, mas tão somente registrar as acepções presentes e passadas dos vocábulos. Se deixa de fazê-lo, a obra torna-se inútil.
Por isonomia, o MPF deveria também mandar recolher todos os dicionários que trazem, por exemplo, o termo "beócio". Para essa palavra, o "Aurélio" registra: "curto de inteligência; ignorante, boçal". Se olharmos para a etimologia, descobriremos que estamos diante de um imemorial preconceito dos atenienses, para os quais os habitantes da Beócia não passavam de camponeses estúpidos.
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Um comentário:
O Raimundão da foto é mais esperto do que parece, quando empaca ou senta em cima não é fácil pra tira-lo do lugar.
Como diz a musica:
"voce pensa que sabe tudo, valume sabe mais, vagalume acende a bunda, coisa que voce não faz"
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