Debate - O editor rebate a falta de argumentos do corporativismo médico

Centenas de leitores, quase todos médicos, questionam a posição do editor sobre a criação do Imesf, a Fundação do SUS que a prefeitura de Porto Alegre quer implementar. A seguir, vai a reprodução de uma das reclamações, que resume o conteúdo das demais. A resposta do editor também esclarece a posição deste site. O editor preserva a identidade do médico, porque a carta foi privada:

"Fico preocupado quando leio sua opinião sobre a fundação de saúde que a prefeitura quer criar. No caso fundação, nada do que o Sr, diz tem fundamento, pois deste caso entendo. A conclusão que se impõe é que nos demais temas de seus comentários, econômicos e até políticos, o Sr. distribui palavras ao vento. Nada do que o Sr. diz deve, em se tomando por exemplo sua opinião sobre a fundação, ter algum fundamento, sendo produto de alguma contrariedade com uns e outros – como o caso de parentes seus atendidos pelo SUS. Pena que a esta altura da vida o Sr. aja desta forma."

Sobre seus comentários, que respeito:
1) O senhor não aponta UMA SÓ contradição no que digo e escrevo. Peço uma só crítica concreta, material, real. Seus comentários apenas generalizam a questão.
2) Não me movo por problemas pessoais quando trato de notícias. O caso dos sogros dos meus filhos foi tomado apenas como exemplo, embora tenham sido dolorosos para mim. Eu teria maiores razões para críticas, caso resolvesse contar as barbaridades que o SUS pratica com todos os brasileiros. Não culpo os médicos pelas barbaridades do SUS, mas a má gestão dos governantes. O senhor não vai encontrar uma só crítica minha aos médicos, em função do mau atendimento do SUS. Em resumo: não aceito a batalha corporativa que quer porque quer que os médicos tornem-se funcionários públicos e não empregados celetistas, sem sequer pensar que os recursos do SUS são federais e não são perenes, enquanto a Folha de Pessoal será perene.  É apenas isto, sem contar a questão da gestão (lentidão, ociosidade, descontrole sobre ponto, qualidade, produção e produtividade - características do setor público brasileiro) que privadamente já comprovou ser muito mais ágil e eficaz.