O crescimento econômico do Brasil vai cair para 3% no próximo ano, quase a metade do avanço de 5,3% a ser registrado em 2008, prevê a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relatório divulgado nesta terça-feira, 25, em Paris. "A atividade deve perder ímpeto no primeiro semestre de 2009, devido ao atual aperto de crédito, mais vai recobrar a força perto do final do ano e em 2010", afirma o documento da entidade. Segundo a OCDE, o crescimento do PIB, ainda que menor, continuará sendo puxado pela atividade doméstica.
. "A economia não ficou imune à deterioração do ambiente financeiro global", nota a organização ao citar o aumento do risco, a queda do mercado de ações, a desaceleração do crédito e as medidas adotadas pelo Banco Central para estimular a liquidez.
. Para a OCDE, o maior risco para a economia brasileira é uma piora mais expressiva das condições externas. "Novas quedas no preço das commodities podem aumentar as preocupações dos participantes do mercado sobre a resiliência das contas externas do Brasil, especialmente em um ambiente de maior aversão."
. A organização acredita que a performance fiscal do País tem sido sólida, com superávit primário ao redor de 4,4% do PIB em 12 meses até agosto. Dessa forma, as metas devem ser atingidas. Mas os gastos com a folha de pagamento do governo estão subindo e o Orçamento de 2009 pode implicar na alta dos investimentos. "Reverter a tendência de crescimento dos gastos públicos está entre os principais desafios políticos do Brasil."
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