Será na manhã desta terça-feira a reunião entre líderes políticos e empresariais gaúchos com o ministro de Minas e Energia e o segundo da ministra Dilma Roussef, Gil Carriconde Azevedo. A questão principal é a situação da megausina térmica a gás de Uruguaiana, cujo suprimento de gás argentino foi cortado. A questão virou um caso político. Os gaúchos queriam conversar com Dilma, mas ela foge do contato. Foi Dilma quem avalizou politicamente a construção da usina e quem depois garantiu que o contrato com os argentinos seria honrado. Menos mal que Gil Carriconde acompanhou tudo aqui e lá.
. A usina deveria produzir 450MW. Na época, os governos brasileiro e argentino avalizaram os pesadíssimos investimentos do grupo americano AES e dos empreendedores brasileiros e argentinos que construíram braços de gasodutos dos dois lados da fronteira. O governo Lula passou por cima do contrato de fornecimento de gás e autorizou os argentinos a cortar o suprimento. Não se trata apenas de perdas enormes provocadas pela falta de cumprimento do contrato por parte dos argentinos, mas de danos que já começaram a ocorrer para os consumidores, segundo você pode examinar:
1) a Aneel, por exemplo, definiu semana passada que a AES Sul poderá repassar os prejuízos decorrentes da compra de energia que faz no mercado livre por conta da falha da usina de Uruguaiana, com quem tem contrato de suprimento, equivalente a 17,7% das suas necessidades.
2) a tarifa da Eletropaulo também subirá, mas em menor grau, poque sua dependência de Uruguaiana é de apenas 1,3%.
. O grupo americano AES quer desmontar e levar a usina para fora do Brasil.
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