No tempo dos clássicos, o ar da redação tinha fumaça de cigarro, o teclar das máquinas de escrever era música de fundo, os paletós ficavam nas cadeiras, noite era dia, os fotógrafos estavam sempre indisponíveis e o café era ruim. Na redação, LM sentia-se em casa.
Na rua, elegante, cabelo em desalinho combinando com o nó da gravata, experiente e discreto, ele sabia ouvir e a quem procurar.
Depois, bem informado, na volta ao jornal, as necessárias conversas, o café no bar, as horas passando, alguns cigarros e dois dedos ágeis entregavam uma coluna política de texto limpo e conteúdo instigante, no último momento possível.
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Vitor Bertini/ https://ahistoriadasexta.substack.com/ https://vbertini.blogspot.com/ bertini.vitor@gmail.com
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