Artigo, Luis Milman - O antipenalismo e o crime que vale a pena

É preciso convencer os partidos políticos que tenham compromissos liberais e conservadores a lutarem pela reforma da Lei 7210/84, a Lei de Execuções Penais no Brasil, único modo de se retomar o conceito virtuoso e não degenerado de justiça no pais. O atual modelo só garante impunidade e, com isso, produz anomalias de modo sistêmico, ao transformar penas longas em meras passagens rápidas dos apenados pelos presídios. O primeiro fator de dissuasão para o crime, para quem tem alguma inclinação para a delinquência, é a expectativa de punição. Se esta não passar de mera ficção, o delito se estabelece como norma e, assim, corrompe e desfigura o tecido das relações sociais. É o nosso caso. 
Não é aceitável que alguém condenado a 20 anos cumpra, em regime fechado, apenas um sexto da pena, se o crime não for considerado hediondo (ou dois quintos, se o for) e já tenha direito à progressão para regime não-fechado. Isto é resultado de uma deformação penalista ou, para falar de modo direto, isto é o antipenalismo que termina por beneficiar a transgressão. Isto para não falar em remissão por trabalho e indultos, também previstos na mesma lei.

Para a mente criminosa dos graúdos, é aceitável cumprir um tempo relativamente pequeno na prisão e sair, pouco depois, para se lambuzar com dinheiro roubado ou desviado dos mais diversos modos, com tramoias que envolvem ocultação de patrimônio e utilização de laranjas. É mais do que chegada a hora da nação reformular seu modelo de aplicação de justiça, pois já nos tornamos um país no qual não só a falta de virtude e de decência, a ausência de pudor e de vergonha, mas o próprio crime, vale, literalmente, a pena.

CLIQUE AQUI para ler, também, "Guinada favorece direita ideológica", caderno Mais, Folha de S. Paulo. 

6 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente o Brasil é uma Federação, EUA são Estados com autonomias, se num Estado pode ter arma e a criminalidade diminue, seve de exemplo para outros.Aqui poderia ser liverado o cidadão poder ter arma para sua defesa, da propriedade e da familia e consequentemente acompangada com leis que definam quem pode ter, tipo de arma, Saúde fisica e mental do portador e leis que punam com rigor para quem fizer mau uso de sua arma.

Anônimo disse...

E o governo do Sartori não faz nada quanto essa situação vivida por nós gaúchos !!

Anônimo disse...

Cadê o Jucá, seu morto!!!!


http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1774018-em-dialogos-gravados-juca-fala-em-pacto-para-deter-avanco-da-lava-jato.shtml

Publica aqui no seu blog, seu morto!! Jornalista lambe botas do PMDB!

Anônimo disse...

http://www.oantagonista.com/posts/juca-arrastou-o-stf-para-a-lama

Anônimo disse...

Polibio, CONTRARIE o Petralha 10:53! Petralha NERVOSO merece ser CONTRARIADO!

Anônimo disse...

Principal alvo da nova fase da Lava Jato é Genu, ex-tesoureiro do PP:

Ex-deputado federal José Janene e tesoureiro informal do PP, João Cláudio Genu foi alvo de um mandado de prisão preventiva na 29ª fase da operação Lava Jato, nesta segunda-feira; no total, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois de prisão temporária em Brasília, Pernambuco e no Rio de Janeiro, na ação batizada de "Repescagem"; os mandados de prisão temporária são contra Lucas Amorim e Humberto do Amaral Carrilho; em delação, o doleiro Alberto Youssef disse que João Claudio Genu operava uma "pequena parte" do esquema do petrolão, por meio de um broker de Niterói; na divisão dos valores recebidos na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, ele ficava com 5% dos valores, Paulo Roberto Costa ficava com 30%, 5% iam para Genu e outros 60% para o PP; R$ 13 milhões foram entregues ao PP, a Genu e a Paulo Roberto Costa entre 2010 e 2011...

O PP da Ana Amélia Lemos, nossa não sabia....

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