O TCU não diz, mas é impossível que os presidentes da estatal, Sérgio Gabrielli e depois Graça Foster, mas até mesmo Lula e Dilma, sobretudo Dilma, que foi presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, não soubessem de nada.
Leia tudo:
Os primeiros indícios de investigações
inéditas em andamento para analisar mais de R$ 30 bilhões em contratos da
estatal nos últimos anos com as empresas envolvidas na Operação Lava Jato.
A primeira mostra dos absurdos valores que a estatal
pagava a essas empresas causou choque entre ministros e auditores do TCU
(Tribunal de Contas da União). O normal era desembolsar mais que o dobro do que
custava. Em alguns casos, chegou a pagar 13.834% a mais.
A análise foi feita em parte de um contrato de R$ 3,8
bilhões da estatal com um consórcio formado pelas empresas Camargo Corrêa e
Cnec para a construção de uma das plantas da refinaria Abreu e Lima (PE).
Quando fazia auditorias para apontar os preços elevados
da Petrobras —o que vem ocorrendo desde 2007— o TCU usava como parâmetro preços
de referência do mercado.
No caso dessa obra, o TCU já havia apontado indícios de
preços elevados e sugeriu ao Congresso Nacional suspender a obra em 2010. O
então presidente Lula vetou a medida e a obra seguiu.
Em obras muito específicas, vários itens do contrato não
têm preços de referência. Com a Lava Jato, o juiz Sérgio Moro permitiu que o
tribunal tivesse acesso às notas fiscais do consórcio. Para esses itens onde
não há referência, o TCU comparou o que a Petrobras pagou com o valor da nota
fiscal do consórcio.
Itens
É aí que as distorções são gigantescas. Uma tubulação
pela qual a Petrobras pagou R$ 24,3 mil foi comprada por R$ 4,3 mil. Em 190
itens analisados, 185 tinham preços de nota inferiores ao que a Petrobras
pagava.
Auditores desconfiam que o cartel que atuava na empresa
sabia que o tribunal não tinha como comparar os preços desses itens. Nos
artigos em que era possível comparar preços, os custos reais da empresa são 6%
inferiores às tabelas de preço. Nos que não se podia comparar, a média chegou a
114% a mais.
Em alguns casos, contudo, as distorções apontam para
indícios de crime. Ao licitar a obra, em 2010, a Petrobras aceitou pagar por um
Compressor a Diesel (250 PCM) R$ 9.684 mensais. As notas do consórcio, contudo,
apontam despesas de apenas R$ 70 por mês nesse equipamento.
A diferença é tanta que levantou suspeitas de que esse
pagamento era apenas uma forma de lavar dinheiro.
OUTRO LADO
A Petrobras informou que não comentará esta decisão do
TCU (Tribunal de Contas da União).
O consórcio das empresas Camargo Correia e Cnec informou
que o contrato "foi firmado pela modalidade de contratação 'empreitada por
preço global' e não 'empreitada por preço unitário'. Dessa forma, a análise
deve considerar o preço global dos serviços e fornecimentos prestados e não
itens isolados".
O consórcio informa que ainda não tem conhecimento de
todos os dados e não pode se manifestar no processo do TCU para
"apresentar os esclarecimentos necessários" e que vai colaborar para
o esclarecimento dos fatos. Ainda segundo a nota, a obra foi auditada durante
seu andamento pela Petrobras e pelo TCU.
"É fundamental considerar nesta análise o atraso no
fornecimento de projetos finais e alterações de escopo, ambos de
responsabilidade da contratante e que impactaram preços e prazos".
Por enquanto, os auditores do TCU só conseguiram comparar
preços de pouco mais de 35% do que a Petrobras pagou nesse contrato, cerca de
R$ 1,5 bilhão. E já abriram processo para cobrar desvios de R$ 673
milhões.
4 comentários:
Que sorte que a presidente do conselho da petrobrás, o poste, não sabi a de nada!
Porquê será que o Presidente Lula vetou? se ele nunca sabe de nada!Isso, é uma pequena parte da roubalheira, e o resto? Juiz Moro neles!
Dilma não tem culpa nenhuma disto, pois além de péssima em matemática, nunca conseguiu aprender a usar uma calculadora aritmética, sempre empacou em continhas de somar, tanto que nem sabe com quanto ficou do dinheiro que foi roubado do cofre da amante do Ademar de Barros!
Aquela historinha de "propininhas" de um, dois ou três por cento não
condiz com as AMBIÇÕES dos petralhas, é coisinha para boi dormir. Com
petralhas a coisa começa a esquentar (as propinas) de 15 por cento para cima. Eles estão confessando tres por cento de propina para ficar com o resto LEGALMENTE. Senadores já falam no "REPATRIAMENTO"
de verbas não declaradas através de Lei a ser feita. É a "LEGALIZAÇÃO
DA ROUBALHEIRA". O Senador Randolfe (PSOL-AMAPÁ) é um dos mentores
da idéia.
Postar um comentário