Primo de lobista do governador Fernando Pimentel que tem salário de R$ 1,4 mil, movimentou R$ 1,4 bilhão.

Investigadores da Operação Acrônimo já encontraram durante as buscas e apreensões da semana passada em Belo Horizonte e Brasília, inclusive na casa da primeira-dama de Minas,  elementos que ligam empresas de Bené, o lobista do governador Fernando Pimentel, a campanhas eleitorais de 2014 e a autoridades com o chamado foro privilegiado, pelo qual um político com mandato só pode ser processado e julgado por determinados tribunais. Na reportagem a seguir da Folha de S. Paulo de hoje, syurge a revelação de que o primo do empresário dos ramos de gráficas e publicidade Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, Pedro Augusto Medeiros, 38, apresentou em suas contas bancárias uma movimentação incompatível com sua renda declarada, segundo documentos da Operação Acrônimo, desencadeada pela Polícia Federal na última sexta-feira.

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Duas empresas controladas por Bené, ligado ao PT, receberam R$ 525 milhões de órgãos do governo federal entre 2005 e 2015. A PF investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Apesar de declarar renda de R$ 1,4 mil, Medeiros apresentou "movimentações incompatíveis" de R$ 1,35 milhão, segundo relatório da PF. Em apenas três meses de 2007, Medeiros movimentou R$ 100 mil. Em 2010, depositou R$ 200 mil de uma única vez em sua própria conta e mais R$ 340 mil para uma agência de turismo. No ano seguinte, depositou R$ 395 mil para uma conta em seu nome no Rio de Janeiro.

As movimentações foram informadas à PF pelo Coaf (órgão de inteligência vinculado ao Ministério da Fazenda), anexado ao inquérito da Operação Acrônimo, deflagrada na última sexta-feira (29), que levou à prisão de Bené e Medeiros e mais três pessoas.

Medeiros foi um dos passageiros do avião turboélice King Air que transportava R$ 113 mil em outubro do ano passado e foi abordado pela PF no aeroporto de Brasília vindo de Belo Horizonte (MG).

Ao prestar depoimento na PF no mesmo dia, Medeiros afirmou que, do total do dinheiro apreendido, R$ 80 mil lhe pertenciam, em 700 notas de R$ 100,00 e 500 cédulas de R$ 20,00. Dos passageiros, foi o que assumiu a posse da maior parte do dinheiro.

Embora tenha se apresentado como "corretor de imóveis" no depoimento que prestou à PF, Medeiros, segundo a polícia, "trabalha como segurança" de Bené e seria uma espécie de "faz-tudo".

Para a PF, "não é razoável considerar" que Pedro fosse o proprietário da maior parte do dinheiro apreendido no avião. "Ainda mais desarrazoada é a comparação entre a renda lícita do investigado Pedro com os valores referidos no Relatório de Inteligência Financeira disponibilizado pelo Coaf", escreveu o delegado Guilherme Torres, em representação enviada à 10ª Vara Federal do DF.

A PF apontou, no documento, que Pedro é, "na verdade, mais que mero despachante ou office-boy daqueles, não só realizando entrega de documentos, transportando familiares, mas especialmente encobrindo/ocultando os reais operadores e proprietários dos valores movimentados nas transações bancárias".

Quando Pedro foi detido com o dinheiro no aeroporto, a PF teve acesso ao seu telefone celular, que foi apreendido e periciado. Em março de 2014, Pedro reclamou ao publicitário Victor Nicolato, por mensagem, que se recusava a voltar a um determinando banco, não identificado, para fazer operações financeiras. Nicolato, segundo a PF, é sócio de Bené.

"Não me pede para ir naquele banco mais, não. O lugar é perigoso. [...] 40 minutos lá e vendo a rotatividade de gente estranha. Não dá para confiar!", disse Medeiros a Nicolato, em uma das mensagens.

O Coaf também informou à PF as movimentações de Bené. Ele movimentou R$ 9 milhões em duas contas pessoais no banco Itaú entre 2007 e 2011. No ano seguinte, Bené fez onze "transações fracionadas" no valor total de R$ 72,5 mil. Segundo o Coaf, a prática "configura artifício para burlar da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos responsáveis finais".

O advogado de Bené, Celso Lemos, disse à Folha que ainda não terminou a análise do inquérito e, por isso, não poderia dar explicações pontuais sobre a investigação. Ele afirmou, porém, que o relatório do Coaf "deve ser confrontado com um laudo pericial contábil". "Qualquer fluxo financeiro pode ser ilegal ou não, só um laudo vai dar a resposta", disse o advogado.

O defensor de Pedro Medeiros não foi localizado.



8 comentários:

Anônimo disse...

Cabe uma pergunta, e a fiscalização sobre estas movimentações financeiras, onde estava a Receita Federal ?

Biriva do Cerro do Tigre disse...


A Receita Federal só sabe ferrar aqueles que trabalham e espoliando os nossos rendimentos. Já os políticos movimentam fortunas, somas milionárias e nunca acham nada irregular.

Essa Receita Federal é uma tremenda piada para os políticos, principalmente os petralhas, porque alguém lá dentro acoberta todas essas maracutaias.

Otários somo nos que temos que justificar todas as transações, enquanto os políticos sonegam e camuflam estas transações.

Anônimo disse...

Indubitavelmente o petismo é a doutrina dos ronaldinhos econômicos, fazem o Bill Gates parecer um amador! Só tem uma diferença, Bill Gates é um visionário e empreendedor comercial, já os ronaldinhos do petismo são estelionatários e empreendedores criminais!

Roberto Vinazzi disse...

Thomaz Bastos subiu!!! O império petista está agonizando, até os guerrilheiros estão sendo cercados. Falta chegar na Bang Bang e no X9.

Anônimo disse...

Familia de petralha rouba unida. E unidos irão para o xilindró.

Anônimo disse...

Políbio, e a proibição pelo stf de noticiar investigações cbf/teixeira ?

Stf tornou a investigação "altamente sigilosa".



Anônimo disse...

Estas são as profissões mais ocupadas por petralhas: LA-LA,
de LArápio e LAdrão. Aqui o blog é muito frequentado por eles.

Anônimo disse...

STF dá 48h para Eduardo Cunha se explicar sobre a PEC da corrupção;

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) encaminhe informações em 48 horas sobre a aprovação da PEC da Reforma Política. Em um mandado de segurança, um grupo de 61 deputados federais pedem a suspensão da votação da proposta.

Os parlamentares acusam Cunha de "ato coator" contra as regras da Câmara para conseguir aprovar uma emenda aglutinativa na PEC que prevê o financiamento empresarial de campanhas eleitorais a partidos. Deputados do PT, PPS, PSB, PcdoB, PSOL e PROS assinam a petição encaminhada ao Supremo.

"A fim de instruir o processo em epígrafe, solicito informações, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sobre o alegado na petição inicial e demais documentos", solicitou a ministra Rosa Weber nesta quarta-feira, 3. Ela é a relatora do mandado de segurança no STF e deve analisar o pedido após receber as informações da Câmara.

Xiiiii......Xiiiiii........Xiiiiiiii........Será que o Ministro Gilmar Mendes vai ter de desengavetar o Processo que ele está sentado em cima A MAIS DE ANO, sobre o financiamento de campanha, cujo voto dele, não vai mudar o placar, pró financiamento público?

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