A empresa de Jorge Gerdau, a Gerdau, é uma das investigadas da Operação Zelotes.
A investigação conduzida no âmbito da Operação
Zelotes pela Polícia Federal e Ministério Público Federal identificou
"indícios mais fortes e veementes" envolvendo processos que somam R$
5 bilhões de até 20 empresas. A operação apura um esquema de corrupção em decisões
do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf),
que julga processos tributários.
Os números foram apresentados pelo procurador do 6º
Ofício de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal,
Frederico de Carvalho Paiva, em audiência pública, nesta quarta, na Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle (CFT) da Câmara.
"São 74 julgamentos que estão sob suspeita, somando
R$ 19 bilhões. Há algum indício de que há algo errado nesses julgamentos, mas não
significa que esses julgamentos serão anulados", disse. "Há indícios
mais fortes em R$ 5 bilhões, que são mais veementes, envolvendo entre 15 e 20
empresas", afirmou.
O procurador ressaltou que os valores são "uma mera
estimativa" e que as cifras "podem aumentar ou diminuir" de
acordo com os avanços da investigação em documentos apreendidos, após 41
mandatos de busca e apreensão realizadas pela Zelotes.
Entre as empresas investigadas estão gigantes como
Gerdau, RBS e Marcopolo, todos do RS.
Operação começou em março
A Operação Zelotes foi deflagrada em março pelo Polícia
Federal após escutas telefônicas nas quais ficou comprovado um esquema de
fraudes bilionárias em decisões do órgão. O Carf é a última instância
administrativa para o julgamento de autuações da Receita Federal a empresas e
pessoas físicas.
A investigação, que apurou inicialmente prejuízo de cerca
de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, estima que os valores possam ultrapassar
R$ 19 bilhões.
Paiva relatou que o esquema envolvia empresas de consultoria
tributária que vendiam serviços para defender empresas no Carf com base em
"porcentuais de êxito" nos processos. Essas consultorias e
escritórios de advocacia eram formados também por servidores aposentados da
Receita.
"Em alguns casos, os conselheiros defendiam os seus
interesses", afirmou.
O procurador disse que o órgão --composto por 216
conselheiros em turmas de seis membros, que trocavam de grupo conforme o
interesse por processos específicos-- tem R$ 516 bilhões em processos para
julgamento.
"Em média um processo leva oito anos para ser
julgado, isso acaba prejudicando o Estado e o interesse público", disse.
6 comentários:
Que rolo hein ôôô Batista!!!
Políbio,
Algumas empresas EXPORTADORAS também cobravam "meia-nota" e depositavam o restante lá fora(tipo HSBC) livre de IMPOSTOS.
É só cruzar os nomes e auditar os valores dos bens exportados!!
JulioK
EXPORTADORES USAM UMA FACILIDADE LEGAL QUE PERMITE PAGAR COMISSÃO SOBRE VENDAS NO EXTERIOR. É A TAL DE "COMISSÃO EM CONTA GRÁFICA" CADA PRODUTO TEM UM PERCENTUAL QUE PODE CHEGAR A VINTE POR CENTO. PRATICAMENTE TODAS ESTAS CONTAS LÁ FORA SÃO DOS DONOS DAS EMPRESAS.
PETROBRAS TAMBÉM TEVE TER. AINDA NÃO CHEGARAM LÁ, MAS DEVERIAM.
TEM CASOS QUE CORRETORAS USAM ATÉ SEM O EXPORTADOR SABER.
PF DEVERIA VERIFICAR NO SISTEMA DE EXPORTAÇÃO, SÓ LA APARECE.
VÃO SE INFORMAR, TÃO DEIXANDO ISSO DE LADO.
Ai, ai, ai Dr. Jorge, tá enrolado hein ?
Não vai dar nada para os Gerdau, se encostaram no PSDB.
E AS COMISSÕES A REMETER DAS EXPORTADORAS ???
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