O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim
Barbosa, acusou nesta segunda-feira os bancos de serem lenientes no controle
que fazem para evitar o crime de lavagem de dinheiro. O motivo, segundo o
ministro, é a sensação de impunidade. Na avaliação de Barbosa, é preciso que as
instituições financeiras sejam mais atuantes no combate a esse crime pela
dificuldade de identificar a lavagem. "De fato, enquanto instituições financeiras não
visualizarem possibilidades de serem punidas por servirem de meio pela
ocultação dos valores que se encontram sob sua responsabilidade, persistirá o
estimulo à busca do lucro, visto como combustível ao controle leniente que os
bancos fazem sobre abertura de contas e transferências", disse na abertura
de um seminário sobre o combate à lavagem de dinheiro promovido pelo CNJ
(Conselho Nacional de Justiça).
. O presidente do STF disse ainda que houve avanços, mas
que ainda é possível identificar um "quadro preocupante" no país
sobre "branqueamento de capitais" e questionou a atuação dos
tribunais na aplicação da legislação. Ele disse ainda que é preciso analisar se
não há problemas de investigação do Ministério Público e das polícias.
. De acordo com dados do CNJ, em 2012 a maioria dos
tribunais julgou 15 processos relativos à lavagem de dinheiro, com exceção do
Distrito Federal e de Goiás. Barbosa disse que "os procedimentos
investigatórios em regra são arquivados, sendo exceções os que geram
denúncias".
* Clipping www.uol.com.br
2 comentários:
Se os bancos são lenientes na tarefa de filtrar movimentações suspeitas, qual será o adjetivo mais adequado ao órgão governamental encarregado de normatizar e fiscalizar esses procedimentos, o Banco Central: prevaricadores?
"branqueamento de capitais"
Algum dia ainda vão dizer que o ministro esta sendo racista.
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