A lição de Jorge Gerdau: "Definir estratégias para o longo prazo para conseguir definir prioridades e metas no curto prazo"

A lição para governos, empresas e até famílias (qualquer organização) é a seguinte:
- Definir estratégias para o longo prazo para conseguir definir prioridades e metas no curto prazo... é a resolução de problemas de eficiência mais básicos.

Este conceito está na resposta de Jorge Gerdau na enxuta entrevista de apenas duas páginas da revista Exame que já está nas bancas. Ele é a capa da publicação, protagonizando uma reportagem intitulada “O homem e a máquina” (11 páginas). Aos 74 anos, Jorge Gerdayu é o presidente da Câmara de Políticas de Gestão, um ser estranhíssimo em governos atrasados como o do PT, cujos principais líderes ainda falam como viúvas do jurássico modelo comunista.

A seguir, a introdução da reportagem e três perguntas e respostas editadas, porque foram consideradas por esta página como as mais relevantes:
Qual é o maior sonho que o senhor ainda não realizou?
Vou  falar de minha maior frustração. Falta uma visão de futuro para o país. Que país nós queremos? Queremos manter uma indústria ou não? Qual para mar de educação queremos atingir? Existem desafios enormes. São discussões que têm a ver com governança. Definir estratégias para o longo prazo para conseguir definir prioridades e metas no curto prazo. Esse é o estágio seguinte à resolução de problemas de eficiência mais básicos. Mesmo as empresas brasileiras, por pressão do mercado, começaram a chegar a esse patamar de discussão nos últimos dez ou 15 anos. No governo federal, a verdade é que não temos nada disso.
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Para Jorge Gerdau, o desgaste em enfrentar a burocracia da máquina pública é compensado pelo fantástico potencial de ganhos que a melhoria da gestão pode trazer ao país Aos 74 anos, uma idade na qual a maior parte das pessoas sonha em desfrutar o descanso da aposentadoria, o empresário gaúcho Jorge Gerdau Johannpeter optou por trabalhar 12 horas por dia. Acorda às 6 da manhã e só volta para a cama à meia-noite. Suas férias duram no máximo uma semana. Depois de décadas encarnando a figura de grande empresário, sua dedicação voltou-se para uma peregrinação constante a gabinetes de ministros, governadores e prefeitos políticos a quem tenta convencer de que a melhoria da gestão pública também pode, sim, gerar ótimos resultados nas urnas.

A "causa", como o próprio Jorge Gerdau designa o trabalho na área, tornou-se seu foco em janeiro de 2007, quando ele passou a presidência do Gerdau, 120 maior grupo empresarial do país, para seu filho, André. Desde então, dedica-se intensamente à articulação de um movimento que une centenas de empresários em torno do patrocínio e do acompanhamento do projeto de melhoria da máquina pública brasileira. À frente da câmara de gestão criada em maio deste ano pelo governo federal, Gerdau estima que os ganhos gerados por projetos de melhoria de eficiência na máquina pública possam chegar a 80 bilhões de reais por ano. A seguir, trechos da entrevista exclusiva concedida por Gerdau a EXAME.

Depois de uma década tentando levar conceitos de gestão à esfera pública de estados e municípios, qual é o simbolismo de chegar ao governo federal?
No governo federal, o efeito poderá ser tremendamente maior. Metade do custo da carga tributária do país está no governo federal - e não tem como aumentar mais, porque já passou do ponto. Como o governo conseguirá expandir o investimento? Só há um caminho: melhorar a gestão. Hoje, investimos algo como 18% do PIB. A Índia investe cerca de 30%. A China, aproximadamente 45% do PIB. O nível de investimento define a prosperidade de um país.
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Qual é o ganho potencial do governo federal ao adotar medidas de eficiência de gestão?
Estima-se que seja possível atingir um ganho entre 10% e15% do orçamento do governo federal. São dezenas de bilhões de reais. Calculo que exista a possibilidade de chegarmos a um ganho de até 80 bilhões de reais num trabalho de anos e anos. Os conceitos de austeridade e de eficiência não estão dentro da cultura histórica do governo federal. Por isso, existem oportunidades enormes
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E quais os resultados obtidos até agora nos demais projetos?
Temos projetos de curto prazo como objetivo de ter um efeito de exemplo e estimular outros ministérios a tomar medidas similares. É o caso do escritório de projeto que está sendo criado dentro da Casa Civil para aprimorar o acompanhamento de medidas prioritárias do governo - à semelhança da delivery unit, criada pelo ex-premiê britânico Tony Blair.

CLIQUE AQUI para ler a entrevista completa.

18 comentários:

Aquiles Supremus disse...

Por que "doutor" Jorge?

Qual a tese de Doutoramento que este Sr de alvas cãs defendeu, e em que ano e Universidade?

E é curioso (para não dizer contraditório) suas afirmações se levarmos em conta sua presença ativa e participante no atual desgoverno comunista.

Anônimo disse...

Poislíbio Brega, pra ti ver que é preciso ser sempre mais complexo do que o senhor tem sido. A coisa não é Guerra Fria. É um pouco mais nuançada. O PT nunca foi um partido revolucionário e Lula deu uma aula de democracia em vocês, fascistazinhos de direita.

Anônimo disse...

Tá certo o cara: nao há cultura de gestao no governo federal. Isto é ruim, mas para quem quer mudar isto é bom: é barbada conseguir bons resultados porque há muitos chamados low-hanging fruits: coisas faceis de melhorar e com grande impacto. Quando a maquina é eficiente, conseguir melhorias substanciais é muito dificil.

Fazer uma Ferrari andar mais rápido é muito mais dificil do que fazer um Fusca andar mais rapido. Para fazer o Fusca (governo federal) andar mais rapido coisas simples servem, como trocar o motor por u V12,tirar os bancos para tirar peso, etc. Fazer uma Ferrari andar mais rapido é muito dificil: já tem o melhor dos motores, e o menor peso possivel.

Da mesma forma, o Gerdau terá um baita sucesso porque começou da maneira certa: atacando os low-hanging fruits (resultados faceis). O governo é um fusca brabo. Se o governo fosse uma Ferrari nao precisaria de ajuda. Resumo: tem tudo para dar certo porque a abordagem é simples e correta! Vale a pena observar. O Brasil é um país rico com pessoas pobres por falta de gestao. O que ele vai fazer é melhorar a gestao. merece apoio e atenção.

Anônimo disse...

dotô Jorge não sabe de nada...

temos uma baita gerentona no comando da nau e ela não precisa de conselhos, sabe tudo de planilhas e power-point...

Anônimo disse...

"Hoje, investimos algo como 18% do PIB. A Índia investe cerca de 30%. A China, aproximadamente 45% do PIB. O nível de investimento define a prosperidade de um país."

ah, mas estamos quase la, hein?

falta pouco, principalmente pra chegarmos perto da China...

ademais, essa linha de ação de levar modelos de gestão empresarial para dentro da gigantesca e ineficiente maquina publica me parece ineficaz...

o paciente e seus problemas são diferentes, não acredito ser possível tratar ambos com o mesmo remédio...

comecemos apenas pelo quadro de pessoal...

como conseguir metas ousadas tendo como suporte pessoal aquela companheirada incompetente e desqualificada profissionalmente - alguns ate eticamente - aboletada em milhares de cargos públicos sem terem prestado concurso?

melhorar a gestão seria, em primeiríssimo lugar, defenestrar aquelas secretarias inúteis agraciadas com status de ministério...

não produzem nada de relevante, eh só um cabidão...

aquele ministério do baiacu eh o mais legitimo representante da ineficiência governamental...

Anônimo disse...

Ao Anônimo das 20,22 uma pergunta:dá pra melhorar a gestão com esta pelegada pousando de bem bom e os ladrões agindo soltos?

Ricardo disse...

Pobre anônimo das 19:45, mais um iludido e ignorante... Fala que não é guerra fria mas vem com termos de guerra fria(facistazinhos de direita)... É brabo ter gente "politizada" desse jeito. Lula=Democracia ???? Não sei aonde, talvez em banânia o reino dos suricatos !!

Anônimo disse...

Com dinheiro fácil do BNDES, via José Dirceu, é barbada crescer, sem tirar os méritos do grande empreendedor.

João Manoel Oliveira disse...

"Dr. Jorge" tem muito mais a ensinar. Trata seus empregados domésticos como escravos. Contrata prestadores de serviço do nordeste porque os gaúchos cobra caro e querem roubar seu rico dinheirinho. Compra o que existe de pior dentro de casa porque acha tudo muito caro e precisa economizar até no papel higiênico. Quando vai comprar uma coisa pessoal faz leilão, porque acha que estão explorando e desconfia de todos. Mas ajuda ministro a comprar apartamento de 6 milhões! Este é o "Dr" dos gaúchos...

Anônimo disse...

Dando dinheiro para ministro, até pipoqueiro pode posar de Dr!

Anônimo disse...

Esse mundo dos grandes negócios é terreno minado e perigoso. Os interésses são muito grandes, nada é de fato como aparenta ser. É muita grana envolvida.

Anônimo disse...

Ele e outros aqui da Serra não passam de LACAIOS do governo. São todos do PT. Primeiro o PT vai acabar com a classe média, ficaração os ultra ricos e os pobres, depois o PT acaba com os ultra ricos tbm. Isto é estratégia básica de maquiavel.

Que os empresários grosseiros da Serra que nunca leram sequer um livro na vida entendo que nem sabem disto. Mas uma figura culta como Gerdau, já deve tre lido "O PRINCIPE"...

Anônimo disse...

Prezado Editor

O Dr. Jorge, como ele deve gostar de ser chamado, é mais um que tenta se iludir e nos iludir com o governo atual. Ex-empresário padrão, eleito pela FIESP nos anos 1.970 (os tempos eram outros), aos 76 anos de idade ele será consumido pela máquina vermelha. Se ele aceitar conselho dos mais novos - Vai cuidar de suas empresas, dos netos e dos bisnetos.

José Anibal - Taubaté

Anônimo disse...

Ao anonimo das 19:45h E DE ROUBO TAMBÉM. edus

Anônimo disse...

Milagre que não veio ainda um soldadinho do Dr. Jorge para defender o patrão!

Verdadeiro disse...

Polibio !! A eleição do Lula foi um
voto Cacareco. Uma grande jogada do PT aproveitando que a popula ção estava c/ aquilo cheio desde a revolução.
Pegaram um lacaio das montadoras e sua boiada (militantes) monta ram um grande esquema de compra de
votos dos pobres (B. Esmola q. segundo o Zé dariam 34 milhões de votos), compraram as, Fiesp c/ o Alencar; os banqueiros c/ Meire les, a classe média simplória e pesquisas de popularidade fajutas 2.000 pessoas num universo de 190 milhões (chegaram a dar 96% !!!
mais q. J. Cristo !!!)para anga riar votos do ignaras q. são obrigados a votar. E aí está um país do calote ao mundo do Sarney
sem espinha dorsal (backbone) de projeto a MP e LP caminhando pé anti pé agora por um bando de mal preparados olhando para os dedões
e agora apelando para um dos barões das industrias do século passado, um "de olhos azuis", que o Guru deplora por despeito de ter nascido de berço e barriga ruins, ao contrário do FHC para tentar salvar a pátria. Outros sovinas do tipo Ermirio de Morais,
como o Alencar cuja familia já comprou quasde toda industria textil do sul do país aproveitando benesses tipo toma lá da cá. "Este é o meu pais" como diz musica.

Anônimo disse...

Ta na hora de parar de diminuir o sucesso alheio, admitir o próprio fracasso e buscar seus objetivos, independente de quais sejam!

O cara é competente e ponto. Botou a Santa Casa de POA em ordem. Agora vai por a maquina brasileira em ordem. Quem tem duvida vai trabalhar ao inves de ficar diminuindo. Nao quer ajudar pelo menos sai da frente e deixa passar.

Anônimo disse...

Basta tirar uma média dos comentários para se ter clara a maior dificuldade a ser transposta:educação. Qualquer um tem o direito de contestar as idéias desde que tenha sugestões palpáveis para as questões propostas.Independente de qualquer outra alegação o Grupo que êle lidera é um modelo de gestão e eficiência e não de puro aproveitamento de benesses. Deixem os preconceitos de lado e procurem colaborar com a parcela séria dos que querem um Brasil melhor. Esse é um dos acertos de Dilma e amostra de seu despreendimento.Jean

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