Artigo, Carlos Alberto Gianotti, Zero Hora - Decorar a tabuada? nem pensar !

-  Professor de física aposentado e editor.

Quem não conhece tabuada não pode desenvolver medianos conhecimentos matemáticos.

Como pega bem, numa reunião social de pessoas ditas cultas, alguém, lá pelas tantas, entre um e outro gole de espumante, lascar de cor e com cuidada entonação gutural alguns versos, digamos, de Fernando Pessoa ou Drummond. Os convivas aplaudirão o declamador que conhece versos de cor.

Reza uma já não tão moderna pedagogia romântica (Goethe, perguntado, disse que o romantismo "é a doença"), que as crianças escolarizadas não devem aprender a tabuada de cor, dominá-la de cor. Estranho, pois, como aquele recitador do convescote, sabemos de cor versos de poemas que admiramos ou mesmo de músicas inteiras; mas não saberemos a tabuada de cor, porque pedagogicamente inadequado, de efeitos cognitivos traumatizantes. De cor, vale notar, vem de coração: "De coração".

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9 comentários:

Anônimo disse...

Grande Professor Gianotti! Parabéns!

Anônimo disse...

A esquerda burra, quer emburrecer os outros.

Anônimo disse...

O fenômeno tem uma causa mais anterior. Ou melhor, causas:
a filosofia moderna que nega a existência da verdade (cada um tem a sua verdade), o embuste Paulo Freire (ídolo gramcista), esquerdização dos docentes, etc...

Anônimo disse...

Aprendi a tabuada decorando uma por uma e, hoje, sou grata aos meus pais que passavam-na comigo no caminho da escola.
Polibio, assim era na década de 60 e aprendíamos datas, nomes de capitais, regras algébricas, regras de acentuação e pontuação, conjugação de verbos, fatos históricos,... "de coração"!
Hoje, professora aposentada, fico estarrecida com o nível de emburrecimento da nossa população e nas escolas e cursos de "pedagogia" de-lhe que de-lhe teorias de freire, de construtivismo, de... que nem os acadêmicos doutores entendem, porque não aprendem "de coração".
Profª Sonia

Anônimo disse...

Aprender a ler e interpretar textos (aula de linguagem), cujo aprendizado iniciava-se no curso primário, assim como a tabuada (aula de aritmética), caiu em desuso. Hoje, o que importa é aprender cidadania (?), ideologia de gênero (?)e outras baboseiras.

Anônimo disse...

Todos estamos numa encruzilhada: quase mortos e tentando salvar o futuro, uma espécie de dor de corno de trairmos a nós mesmos ou por inércia, ou por um idealismo não correspondido. Sempre pensei que essa terra não tem soluções estanques, está tudo dentro de um saco só: a capacidade de intuir e de dar valor a inteligência. É isso que tem que nos unir. Que importam temas diversionistas, embora importantes. Nunca atingimos a grau da abstração e da inteligência. Sempre o nós contra eles. Assim não vamos a lugar nenhum. Essa maneira de encarar o novo, destruindo o passado, de lutas de classes, de tese e antítese social, não levará a nada. Buscar a razão onde mora e esta ser de domínio público. Sem essa de político ou ideais de estimação. Em qualquer país que se enxergue, um físico, um matemático, um químico, é a matriz de todas as profissões que fazem o nação andar. Aqui, é pecado, dá trabalho, é imoral ou engorda. Vi quase mendigos da África, perambulando pelas ruas do Rio de Janeiro, falando duas línguas, aprendendo a terceira(português), e ainda sabendo o dialeto tribal de sua origem. Há algo muito errado. E não é questão meramente de pobreza. Meninos da classe média, tem imenso desprazer em aprender, imenso tédio de gostar de alguma coisa. Dá tristeza, ou então é mesmo só a velhice e suas chatices. Abçs Políbio.

Anônimo disse...

Estamos vivendo uma era da transição, os idiotas estão querendo implantar suas idiotias.Os sábios são atacados dia e noite por essa onda de estupides que assola o mundo e em maior grau nos paises subdesenbolvidos.

Roberto disse...

Não surpreende que estejamos na "rabeira" do Ensino, quando comparado com Nações mais desenvolvidas e outras nem tanto.Aliás, fazer contas nunca foi o forte dessa ideologia de esquerda!

Anônimo disse...

Minha filha, formada em Pedagogia, alfabetizou meu neto, na época com 6 anos de idade em aproximadamente 2 meses. Utilizou a velha Caminho Suave, que minha esposa, também Pedagoga, pós-graduada, aposentada como diretora de escola de educação infantil, sempre guardou com carinho.
Meu neto, daqui a dois anos, estará ingressando em uma faculdade. Deseja, por enquanto estudar Bioquímica. Está indo muito bem nos estudos, é esforçado, obediente.
Agora, minha filha iniciará na semana próxima a alfabetização de minha netinha, também agora na idade de 6 anos que, ela própria, manifestou o desejo de aprender a ler.

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