Líder da Fecomércio diz que crise do governo gaúcho é de continuada péssima gestão

Na fala que fez esta tarde na Federasul, Porto Alegre, o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, foi direto ao ponto, ao analisar a desordem fiscal e administrativa que atolou no pior dos pântanos o governo do RS:

Falta gestão.

Faltou ao governo Tarso Genro e quase todos os governos an teriores das últimas cinco décadas, exceção para Brito e Yeda.

Disse o líder da Fecomércio:

- Para garantir a qualidade dos serviços públicos é preciso coragem para fazer mudanças estruturais que resultem em maior eficiência da gestão.

Fazer boa gestão pode sair caro politicamente, o que quer dizer que governar não é o mesmo que dirigir uma casa ou uma empresa, porque esta variável, a política deve ser considerada quando está em jogo a arte de governar.

Segundo o presidente da Fecomércio, a situação financeira atual não pode ser atribuída à falta de recursos em caixa, mas à ausência de organização e gestão na aplicação dos valores oriundos de impostos. 

Luiz Carlos Bohn  não disse, mas governantes anteriores até podem ter entendido o leque de soluções, mas não demonstraram coragem, vontade política e habilidade para implementar soluções estruturais - exceção de Brito e Yeda.

Arrecadação tem crescido acima
da inflação.
Em números, ele mostrou que no período de 1997 a 2014, por exemplo, a arrecadação somente com ICMS cresceu 132% acima da inflação. “Hoje, o contribuinte que deveria consumir educação, saúde e segurança de qualidade, se transformou em uma mera fonte de recursos para sustentar a máquina estatal”, frisou.

A solução passa
por forte ajuste fiscal
Ao sugerir a combinação de gestão com controle de gastos para reverter o cenário de crise das finanças gaúchas, Bohn reiterou a necessidade de um ajuste fiscal, mas pediu “solidariedade” ao defender que o Estado estenda a austeridade aos Poderes Legislativo e Judiciário – com a redução de repasses. “Os mesmos limites à expansão dos gastos correntes precisam ser aplicados aos demais Poderes, pois a fonte de recursos é uma só e se chama contribuinte”, ressaltou

O maior nó é o inchaço
e o alto custo da Folha de Pessoal
Para o dirigente, ações que resultem em mais dinheiro em caixa passam, prioritariamente, pelo fim de benefícios na área de recursos humanos, hoje responsáveis pelo ‘inchaço’ da folha de pagamento. Uma mudança que se faz necessária, segundo Bohn, é a adequação do plano de carreira do servidor público estadual ao federal, com o fim de vantagens como licença-prêmio, anuênios e quinquênios e incorporações de funções gratificadas. Alterar o plano de carreira dos professores para eliminar o passivo que está sendo criado pelo não cumprimento do piso nacional é outra ação defendida. “Temos de incluir no salário básico vantagens que já são pagas, de forma a elevar o piso sem aumentar os gastos com a folha dos professores”, sugeriu. Ainda na área de RH, Bohn se mostra favorável à limitação do crescimento da folha de salários e dos gastos correntes a, no máximo, 1% acima da inflação do ano anterior. Para isso, é preciso adiar ou reduzir, por meio de lei, os reajustes salariais já concedidos e salientou a necessidade de suprimir ainda mais secretarias e cargos em comissão (CCs).

Outras medidas elencadas pelo palestrante para gerar fluxo financeiro, no curto prazo, é impulsionar investimentos em áreas prioritárias com a privatização ou extinção de organismos públicos. Além de buscar por meio de Parcerias Público Privada (PPPs) alternativa para acelerar o desenvolvimento econômico sustentável. 

12 comentários:

ganhatudo disse...

Finalmente alguém da classe empresarial vem a público fazer um reconhecimento aos governos que buscaram tratar o dinheiro público com austeridade.
Será que é só porque o PT não é mais governo e eles perderam o medo?
Espero que outros empresários também se manifestem, pois do contrário só os petralhas ficam falando e já sabemos que eles só querem pegar o dinheiro produzido por quem tem a capacidade de empreender e usar abusivamente e sem controle, esquecendo que um dia a conta terá de ser paga e quem vai pagar a conta, sempre, será o contribuinte.
Austeridade e sustentabilidade são as palavras mais importantes para o gestor público.

Anônimo disse...

A mais pura verdade!!! Um estado que tem um medico numa pasta de obras... nao sabe com quantos paus de faz uma carreta. A proxima brilhante ideia deste gringo sem vergonha é colocar um engenheiro como secretario da saude...

Anônimo disse...

o eleitor contribuinte gaúcho ,dito o mais politizado do Brasil,tanto insistiu através das urnas que conseguiu acabar com o estado.
agora paguem através de mais impostos o tamanho de estado que vcs demandaram nas urnas.

Anônimo disse...

Exatamente, os dois melhores governadores que já tivemos são injustamente os mais execrados pela esquerdalha e pela mídia comprada e/ou vendida.

Anônimo disse...

Criticar o Sartori é fácil, pois nunca se poderá cobrar ações de um cabo enganjado em conhecimento que ocupa a vaga que deveria ser ocupada por um general.

Anônimo disse...


Políbio

Discursinho cheio de eufemismos do presidente da Fecomércio.

TRADUZINDO

"Coragem para fazer mudanças estruturais" significa terminar com as mamatas.
"Ausência de organização e gestão na aplicação dos valores" significa incompetência e fisiologismo.
"Vontade política" significa deixar de ser bunda-mole
"Forte ajuste fiscal" significa no c.. dos outros é colírio.

Agora tá entendido? Simples.

Anônimo disse...

Sartori, Tarso, PT, PMDB... é o revezamento 4 x 100 da sacanagem... nenhum destes políticos tem imaculada idoneidade. Todos produzem e dão suporte ao "facismo" (modo operandi de realizar açoes facilitadas ou modo de facilitar as coisas para os parceiros). Não se iludam! Entre voce e eles, voce acha qual a escolha?

Anônimo disse...

NÃO ESQUEÇAM QUE A GOVERNADORA DEU UMA PEDALADA EM DUAS CASAS.
A CPI NÃO IMPIACHEMOU ELA PORQUE CPI NÃO FUNCIONA. É "CUMVERSA DE POLÍTICO PANÇUDO" QUE NÃO TEM NADA PARA FAZER. SE É QUE ALGUM FAZ ALGUMA COISA PARA O POVO.

elton disse...

Bem feito para os "politizados" gaúchos....quando têm um governador(a) que encara de frente o problema econômico do Estado, fazem aquela algazarra com apoio de PT, PC do B, cpers e afins até colocarem de volta um populista irresponsável no governo.
Agora aguentem, pois vamos penar por muitos anos ainda. A crise está só começando.

Anônimo disse...

Mas e os devedores do estado, quem afinal vai cobrar ... hein ? !!

Hein ?!

Anônimo disse...

Sr. Políbio,

Há uma piadinha famosa que diz, em seu final, que “nunca vi enterro de anão, nem de coronel”. Nos dias atuais, nada mais pertinente: esta “praga” – os coronéis ( deixem os anões fora) da nossa Brigada – serve como a mais perfeita, acabada, sintética metáfora da crise do Estado Gaúcho, na qual 27 trabalham ( coronéis ) e 471 vivem nababescamente seus doces ( e bota doce nisso: salário de 21 mil reais/mês!) ócios. E esta regra também serve para os professores e policiais civis, uma elite ( não estou discutindo salários) que não têm idade mínima para aposentadoria.
Nossos coronéis (aqui, metafóricos: coronel, professor, policial civil, funcionários da justiça, da assembleia e por aí afora) em regra trabalham muito pouco e se aposentam ( muito) cedo. Daqui a pouco teremos no Estado 100 mil trabalhadores na ativa e 400 mil aposentados. Um Coronel que se aposente com 45/50 anos, e tem expectativa de vida de 85 anos – e, senhores, eles duram, pois, repito: nunca vi enterro de algum! -, ficará na ativa quando muito 25 anos e, dolce far niente, 35/40 anos! Mas, não termina aí: antes de morrer, se viúvo, casa com uma “gatinha” de 40 anos e, mais 50 anos de aposentadoria.
Qual um redivivo slogan da década de 1940: “ou se mata a saúva, ou a saúva mata o Brasil”, eu afirmo: “ou se resolve este grave problema das aposentadorias precoces, ou elas, as aposentadorias, acabarão com o nosso Estado!”.
Mais interessante ainda é a “pressão” que TODOS os setores públicos fazem por ainda maiores reajustes salariais, mesmo sabedores da pindaíba do Estado. Ninguém se preocupa com aumento da “produtividade do serviço público”: é só “quero mais, mais e mais!”. Quem de nós que já entrou numa sala de um serviço público e foi atendido de pronto? Duvido que apareça um. Sempre temos que esperar que os “prestativos servidores” terminem de discutir o resultado do seu time no último fim de semana, ou, pior ainda, terminem de sorver o último gole do chimarrão, para nos darem um naco da sua atenção. Eu, ao menos, fico muito triste que um cidadão desempregado tenha que madrugar na frente do SINE – 5 h – para conseguir uma senha para, se os deuses funcionários assim o quiserem – ser atendido para minorar sua dor de desempregado.
Força governador! Ao menos a minha solidariedade o Senhor a tem!
João Paulo da Fontoura


Anônimo disse...

Enquanto o povo brasileiro não se der conta de que é um CRIME contra a educaçaõ e segurança pública os professores e policiais se aposentarem com 25 anos de tempo de contribuiçao não haverá saída.
Bem como praticamente todas as aposentadorias "especiais" são um ROUBO.

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