O presidente do grupo AES Brasil, que no RS controla a distribuidora AES e a usina a gás de Uruguaiana, Britaldo Soares,
afirmou, nesta terça-feira, que o racionamento de energia já deveria ter sido
implementado no Brasil, caso fosse feita uma análise meramente técnica a
respeito da atual situação do sistema elétrico. A restrição da oferta seria uma
solução estruturada para garantir que o nível de água dos reservatórios subisse
mais e a dependência das chuvas no próximo período úmido, a partir do final do
ano, fosse menor no verão de 2015/2016.
— Do ponto de vista técnico, a decisão do racionamento
talvez já devesse ter sido tomada há mais tempo, se a gente buscasse a
recuperação do sistema, e não a propagação do risco. Isso se quiséssemos
restabelecer o sistema como um todo e resolver o problema de uma maneira mais
estruturada — afirmou Soares, que participou nesta terça-feira do Brazil
Investment Forum 2015, promovido pelo Bradesco BBI em São Paulo.
Pouco antes de comentar sobre o risco técnico que existe
sobre o sistema elétrico, o executivo salientou que é preciso fazer uma
distinção entre os aspectos técnico e político.
— Haveria um freio de arrumação, um impacto na economia e
no Produto Interno Bruto (PIB) já conhecidos. Obviamente há cenário político a
se considerar em toda essa questão — ponderou o executivo.
O Grupo AES Brasil atende 7,97 milhões de clientes em 142
municípios das regiões Sul e Sudeste. Fazem parte do Grupo duas distribuidoras
— AES Eletropaulo e AES Sul — e duas geradoras — AES Uruguaiana e AES
Tietê.
Riscos
Soares alerta que, sem uma solução mais estruturada, o
risco hidrológico permanece. Neste momento, projeta-se que o nível dos
reservatórios ao final de março deve ficar próximo a 35% da capacidade de
armazenamento, "não muito diferente" do que se imaginava no início
deste ano.
— É um quadro apertado. Eu vejo a gente terminando 2015
com o sistema sob pressão e eu não diria isento de riscos. Vamos estar na
dependência do que vai acontecer na estação chuvosa de 2015/2016 — projetou.
Confirmadas as atuais projeções traçadas pelo governo
federal, o nível dos reservatórios chegaria a novembro, no início do período
chuvoso, com um volume de armazenamento superior ao patamar considerado mínimo
de 10%. O efetivo volume dos reservatórios, salienta Soares, estará vinculado
ao nível das chuvas no período seco e o comportamento do consumo. A tendência
de demanda é de queda em 2015, explica Soares, em função da redução da
atividade econômica e do aumento das tarifas.
Um comentário:
QUEREM AUMENTAR A TARIFA, SÓ ISSO.
SÃO TÃO ESPERTOS QUE ACHAM QUE RESERVATÓRIOS PODEM FICAR CHEIOS COM A TARIFA MAIS CARA.
DAQUI A POUCO APRESENTAM UMA TESE PARA CORROBORAR ISSO : PASSARINHO VOA PRA TRÁS, ESTES QUE ESTÃO POR AI SÃO ABERRAÇÕES DA NATUREZA, ESPEREM SÓ PRA VER.
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