"Relatório" da ONG Repórteres sem Fronteira sobre os 30 Berlusconis que controlam a imprensa no Brasil é desconexo, confuso e incompleto

A ONG Repórteres sem Fronteira divulgou esta semana o que muitos jornalistas brasileiros chamam impropriamente de “relatório”, na verdade um amontoado de declarações sobre o “monopólio” da imprensa local, que estaria nas mãos de “30 Berlusconis”. Ora, uma atividade econômica que está nas mãos de 30 pessoas ou famílias pode ser tudo, menos um monopólio. Mais apropriadamente seria o termo “cartel”, mas nem este parece ser o caso. Aliás, o próprio relatório reconhece isto.

. É mais apropriada a denúncia sobre as relações permissivas entre os “coronéis” (poderes político, econômico e midiático) e o que é publicado nos maiores jornais, revistas, TVs, rádios e portais de Internet.

. São relações tuteladas e tuteladoras – mais próximas da mancebia, porque os interesses defendidos são carnalmente comuns.

. O editor chama a atenção para um fato absolutamente novo na mídia, que é a presença do jornalismo independente na Internet, o que inclui “jornalistas” que nem sequer pensam em ser jornalistas, pessoas comuns, que no entanto fazem postagens muitas vezes corrosivas, inclusive fotos. O peso da mídia de Internet ainda não ameaça os ganhos financeiros dos grandes grupos da mídia tradicional, mas inúmeras vezes impõem pautas que eles são obrigados a perseguir para não perder público, levando informações que são sonegadas ou distorcidas, porque o objetivo deles é desinformar para manter seu poder sobre a informação - e o caixa dos anunciantes, leitores e poderes concedentes.

. O “relatório” da ONG sequer cita os 30 Berlusconis e apresenta um texto confuso e desconexo.

CLIQUE AQUI para ler a íntegra do documento. A leitura chega a ser cansativa, porque o texto é muito pobre.

4 comentários:

Unknown disse...

E eu acredito, em papai noel, coelhinho da pascoa, mula sem cabeca, etc... Midia no Brasil, camarada jornaleiro, exceto jornaloes e revistas, que nao contam nada, É CONCESSAO. Nao e negocio de capitalista. Ou nao deveria ser, ne? E se vc e daqueles que acreditam em papai noel, pelo que vc demonstra na sua opiniaozinha acima, basta ler os editoriais dos jornaloes que concentram 80% do tal mercado de deformacao de opiniao, hoje, pra entender que este negocio é feito por gente que tem interesses. E o interesse, jornaleiro, nao é o mesmo da populacao. E ja que vc acredita em imprensa livre, nesta patria tapuia, escreva ai algumas palavrinhas a respeito da doacao, realizada pelo Cachaceiro das Minas Gerais, da reserva de NIOBIO, em Araxa, para amiguinhos dele. Ou diga alguma coisa a respeito do HC9746, em que o Gilmar Dantas, sempre ele, ajuda o Marcos Valerio. E olha que eu acredito em papai noel e em imprensa imparcial.

Surfista Prateado disse...

O tal "relatório" cita a existência de estatais e do próprio governo fazendo propaganda paga em veículos da imprensa privada? E de como usam isso para controlar o que a imprensa publica ou não, do tipo, "se noticiar isso, te corto a verba publicitária", o que acontece em CEM POR CENTO dos grandes órgãos de imprensa?

Anônimo disse...

Esperando o Carlos Sgarbi vir aqui falar sobre o "Partido da Imprensa Golpista", que fala todas essas mentiras sobre o PT que vemos nos noticiários todos os dias.

Apelido disponível: Sala Fério disse...

Mais fácil negar, né? Precisa dizer os nomes das famílias? Marinho, Civita, Frias, Mesquita, Nascimento e Silva, Saad, etc.
Só as que eu cito já controlam mais de 50% de todo o mercado nacional de comunicações, via jornais, revistas, rádio e tv.
Quanto ao governo controlá-los via distribuição de verbas publicitárias, é uma grande piada. Na realidade sabemos que o PIG é praticamente monolítico e bate no governo sem piedade e sob qualquer pretexto. Bate no governo, desde que seja do PT ou aliado seu. A ong está certa na avaliação sobre a concentração de meios no Brasil, que seria um oligopólio, mas não está correta na classificação a título de 'liberdade de imprensa'. A imprensa aqui é livre inclusive para distribuir inverdades e boatos propositalmente inventados, fazer campanhas propondo revoltas e estimulando até a fraudarem o ENEM (tinha prêmio e tudo). Não é responsabilizada, mas deveria.

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