Elétricas - O jogo de Dilma e do seu governo é uma aventura sem volta

- Em SP, quando foi governador, Orestes Quércia disse o seguinte, logo depois de eleger o sucessor, Luis Fleury: "Eu quebrei o Banespa, mas elegi meu candidato". Algo semelhante quer fazer Dilma Roussef com as estatais de eletricidade, federais e estaduais: ela quer que elas paguem a conta da redução da tarifa de energia elétrica, porque seu projeto de governo é faturar em cima da oposição e ganhar apoio eleitoral. Se quisesse reduzir as tarifas sem quebrar empresas, bastaria que os governos federal e estadual reduzissem a tremenda carga de impostos incidentes sobre as contas de luz. Acontece que isto eles não querem fazer. No RS, o governador Tarso Genro fez o jogo de Dilma e meteu a CEEE numa tremenda aventura, porque ao aderir ao jogo, a estatal perderá 60% do seu faturamento, conforme ela mesma reconheceu. Será o seu fim. Tarso fez isto sem ouvir o Conselho de Administração da CEEE e sem dar qualquer explicação para a Assembléia do RS.

Leia o que escreveu Reynaldo Azevedo sobre o assunto:

A presidente Dilma Rousseff está tomando um caminho que lhe pode ser útil eleitoralmente, mas que é muito ruim para o país. Dilma está querendo jogar nas costas da oposição seu óbvio insucesso na política econômica.

Sob o silêncio cúmplice de vários setores da economia e de parte considerável da imprensa, Dilma resolveu atuar como se o país não fosse uma federação e como se o Poder Executivo central pudesse impor prejuízos gigantescos às unidades membros sem nem mesmo uma conversa. É o caso do que tentou fazer com o setor elétrico.
Na manhã desta quarta, numa solenidade com empresários, ela deu a entender que o governo buscará mecanismos para garantir a redução de 20% na tarifa de energia para as empresas. Até aí, bem! Não custa lembrar que o governo federal não tem de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo,  a que se submetem estados e municípios.
Em seu discurso, afirmou o seguinte disparate:
“Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará apesar de lamentar a imensa falta de sensibilidade daqueles que não percebem a importância disso (…). Somos a favor da redução de custos e faremos isso”.
É um péssimo jeito de governar porque opõe o necessário ao racional. É claro que é preciso baixar o preço da tarifa de energia. É uma coisa necessária. Mas a forma como se fez apela à mais estúpida irracionalidade. Para tanto, o governo federal não quis nem saber se estaria quebrando empresas estaduais geradoras de energia.
Atrevo-me a dizer que o governo federal contava com as respectivas recusas de CESP, Cemig e Copel; tomou a decisão sabendo que haveria reação. Bom para o projeto de poder da presidente, que poderia, então fazer rigorosamente o que está fazendo.
É claro que o setor empresarial está com ela, não é? Quem não quer energia mais barata?

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5 comentários:

Anônimo disse...

Energia mais barata = mais consumo. Mas quem vai produzir mais energia para atender essa demanda se td mundo vai estar quebrado? Apagão a vista... Claro, só depois da reeleição dela.

Gaspar Mallmann disse...

É assim também com a redução forçada dos juros. Bastaria reduzir o IR na fonte que o custo final despencaria, apesar da inflação que come todo o rendimento.

Anônimo disse...

Dentro de alguns anos, sairão vários "esqueletos do armário" dessas aventuiras com o dinheiro do tesouro.
A história sempre se repete ...

Anônimo disse...

A irresponsabilidade é a regra. Deixarão heranças malditas para o futuro !

Anônimo disse...

Não me importo em continuar pagando o custo atual da tarifa e me ver livre de apagões. Se o sistema quebrar até 2015 quero ver quem será o sucessor de Dilma nesse devaneio...

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