Fundergs é alvo de investigação por desvios no Esporte

Uma sindicância do governo do Rio Grande do Sul apontou irregularidades nos repasses feitos à Fundação de Esporte e Lazer (Fundergs), na execução do programa Segundo Tempo. O que deveria ser a maior parceria do Segundo Tempo no RS e ajudaria a afastar da violência e das drogas 16 mil crianças e adolescentes, acabou em frustração para boa parte dos 29 municípios envolvidos. Menos da metade do número de beneficiados previsto participou, de fato, de oficinas esportivas no turno inverso à escola.

. O convênio, firmado em 2007, no valor total de R$ 3,4 milhões, teve suas aulas começando somente em novembro de 2009. Os recursos deveriam ser repassados para uma ONG contratada por meio de edital, o Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Cultura e Esporte (Idecace), com sede em São Paulo, a quem cabia contratar os monitores para as oficinas nas escolas. A sindicância instaurada pela atual presidente da Fundergs e conduzida pela procuradoria do Estado constatou que o dinheiro não chegava até a ponta.

. A procuradoria detectou desde insuficiência de materiais esportivos, não-pagamento por serviços prestados e até suposto desvio de verbas. Em maio, a Fundergs devolveu R$ 169,1 mil da parcela recebida de R$ 557,6 mil, segundo a assessoria de imprensa da Fundação.