Artigo de Jabor – A volta do bode preto da velha esquerda.

Não precisa mais nada para a volta dos velhos cronista: os de hoje são melhores.
Os analfabetos funcionais do governo Lula, não podem com eles.....por isto mesmo querem inventar todo o tipo de restrições à imprensa...
Roberto Rosen, leitor, Brasília.

A volta do bode preto da velha esquerda
31 de agosto de 2010 - O Estado de S.Paulo
Arnaldo Jabor, arnaldo.jabor@estadao.com.br

Meu primeiro grande amor começou num "aparelho" do Partido Comunista Brasileiro em 1963, meses antes do golpe militar. Era um pequeno apartamento conjugado na Rua Djalma Ulrich em Copacabana, em cima de uma loja de discos. No apartamento, havia um sofá-cama com a paina aparecendo por um buraco da mola, entre manchas indistintas - marcas de amor ou de revolução? Na parede, um cartaz dos girassóis de Van Gogh e, numa tábua sobre tijolos, livros da Academia de Ciências da URSS. Um companheiro me emprestara a chave com olhar preocupado, sabendo que era para o amor e não para a política. "Cuidado, hein, se o dirigente da "base" souber..." - disse-me, vendo a gratidão em meus olhos.

Eu era virgem de sexo com namoradas, pois pouquíssimas moças "davam", nessa época anterior à pílula; transar para elas era ainda um ato de coragem política. As moças iam para a cama pálidas de medo, para romper com a "vida burguesa", correndo o risco da gravidez - supremo pavor. Famintos de amor, usávamos até Marx para convencer as meninas.

"Não. Aí eu não entro!", gemiam, empacadas na porta do apartamento.
Nós usávamos argumentos que iam de Sartre e Simone até a revolução:
"Mas, meu bem... deixa de ser "alienada"... A sexualidade é um ato de liberdade contra a direita..."

Tudo era ideológico em Ipanema - até a praia tinha um gosto de transgressão política. Éramos assim nos anos 60.


CLIQUE ao lado para ler a íntegra do artigo. Vale a pena.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu que fui contra os governos militares e pela livre iniciativa, estado minimo, trabalhava naquela época, não me prestava para a vagabundagem, filhinhos de papai da direita revoltados, se dizendo socialistas.
Nesta não entro, são os mesmos, está no DNA do brasileiro exploração de brasileiro.

Anônimo disse...

Nunca se disse tanta verdade num artigo. A festa e a vagabundagem da
esquerda festiva. "Ella" é a prova, somente cresceu no "emprego público", pois não conseguiu administrar uma loginha de 1,99.

Finish them... disse...

A volta?!!! Na verdade ele nunca foi embora...

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