- Alex Pipkin, PhD em Administração, escritor
Quase sessenta anos de vida e, sinceramente, eu nunca imaginei que defender a liberdade — essa senhora discreta, já um tanto enrugada, que costumava ser unanimidade nas rodas da razão — me transformaria num perigoso membro da tal “extrema-direita”. Sim, aos olhos dos novos sacerdotes da moral ilustrada — armados de hashtags, códigos penais subjetivos e juízes messiânicos —, virei um extremista. E não por portar tochas ou pregar teorias conspiratórias, mas por cometer a heresia de pensar com a própria cabeça, de desconfiar do Estado-paizão, de preferir mérito à militância e de recusar ajoelhar diante dos novos totens ideológicos. Hoje, basta discordar de um dogma progressista — qualquer um, mesmo o mais delirante — e o veredicto vem automático, como notificação de banco: “extrema-direita detectada”. Não importa se você se ancora na ciência, na lógica, na história ou simplesmente no bom senso. O carimbo vem antes do argumento.
A expressão “extrema-direita” virou a Minâncora do progressismo brasileiro: serve pra tudo. Dói o orgulho? Passa extrema-direita. Cai a popularidade do descondenado? Algoritmo fascista.
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