Crônica de Vitor Bertini - Dona Nair

A gritaria não era novidade. Novidade eram as pedras e pauladas distribuídas entre as casas da vizinhança.

– Mãe, chama a polícia.
– Apaga a luz e vai ver se a porta dos fundos está trancada, minha filha.
– Mãe…
– Eu já disse que não queria ver você falando com este rapaz.
– Eu não falei com ninguém. De onde você tirou isso?
– Ele gritou seu nome.;
– Mãe, chama a polícia. Nesse estado, ele grita qualquer coisa.
– Eu não vou chamar a polícia, sou amiga da Nair.

Todos moravam no Bairro do Céu, uma região da cidade infestada de casas, minúsculos armazéns e gente. Muita gente.

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Vitor Bertini/ https://bertini.substack.com/ https://vbertini.blogspot.com// bertini.vitor@gmail.com

3 comentários:

Fabio Freitas Jacques disse...

Estes contos são muito agradáveis. Vale a pena ler.

Anônimo disse...

Bertini, essa crônica é gostosa de ler. Vc já escreveu algum livro...??? qual...???

Anônimo disse...

Eu vi a notícia do lançamento do livro dele aqui no Políbio - comprei e estou gostando.
https://www.petz.com.br/produto/livro-nao-me-abandone-por-vitor-bertini-177336

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