O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entregou ao
presidente do Senado Renan Calheiros, na tarde desta segunda-feira, o texto da
proposta orçamentária de 2016, com previsão de déficit para a União de 30,5
bilhões de reais, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, em vez de
umsuperávit de 0,7% do PIB, meta fixada em julho deste ano, o setor
público (que reúne as contas de Governo Central, Estados, municípios e
estatais) deve acumular déficit de 0,34% do PIB no ano que vem. O texto prevê
ainda crescimento de 0,2% no PIB do ano que vem e um salário mínimo de 865,50
reais. A inflação em 2016 deve ficar em 5,4%.
A oposição quer que Renan devolva a proposta orçamentária, já que de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal é preciso que ela apresente equilíbrio.
O déficit orçamentário decorre, segundo os números do
Planejamento, da dificuldade do governo de cortar gastos-- não devido à queda
de receita. O governo prevê arrecadar 1,18 trilhão de reais com impostos, mas
as despesas devem chegar a 1,21 trilhão de reais. Para 2015, a previsão de
arrecadação está em 1,10 trilhão de reais. Segundo Barbosa, a elevação das
despesas se deve, em especial, aos gastos previdenciários. Do lado das
receitas, o governo deve arrecadar menos, em 2016, com concessões e dividendos
de estatais: os respectivos 18 e 17 bilhões de reais a serem embolsados em 2015
devem virar 10 e 12 bilhões de reais. Os números evidenciam em última
instância, a insuficiência dos cortes de gastos decorrentes das medidas do
ajuste fiscal.
O governo tentou uma medida desastrada para tentar fazer
caixa para o ano que vem. Arquitetou, nos últimos quatro dias, a volta da CPMF,
o imposto do cheque, derrubado em 2007 pelo Congresso. A expectativa era de que
o novo imposto, se aprovado, elevasse a arrecadação de 2016 em 80 bilhões de
reais. Contudo, diante da forte resistência da oposição, da própria base aliada
e das críticas da opinião pública, o imposto foi sepultado antes mesmo de ser
oficialmente apresentado.
Essa era a última cartada do governo para conseguir
elevar as perspectivas de receita antes da entrega do texto orçamentário, cujo
prazo expira nesta segunda. Na noite de domingo, após reunião com Barbosa e o
ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e diante da derrota sobre a
natimorta CPMF, a presidente Dilma deu aval para que o Orçamento fosse
apresentado com o déficit, sinalizando que esta seria a forma mais
"transparente" de tratar o tema. O número, contudo, só foi definido
na tarde desta segunda, sem a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
que estava em Brasília no momento do anúncio.
Levy era contra a reedição da CPMF. O ministro afirmou a
assessores que o melhor seria aprofundar os cortes, visando um resultado
primário positivo em 2016. O temor do ministro, segundo pessoas próximas, era
de que o rombo seria prejudicial para a avaliação da nota brasileira pelas
agências de classificação de risco. O país está a um degrau de perder o grau de
investimento, espécie de selo de bom pagador, pelas agências S&P e Moody's.
Entre as razões para o rebaixamento está o descontrole fiscal e o caos político
instalado no segundo mandato de Dilma.
Houve um tempo, em meados de 2012, em que o mercado
poderia aceitar a apresentação de um déficit orçamentário sem maiores
sobressaltos. Apesar de não haver uma crise declarada, naquele período, a
arrecadação emitia sinais de alerta e os gastos públicos estavam a todo o
vapor. O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, era uma das
vozes a favor da divulgação de uma previsão de déficit, em vez de uma
expectativa de superávit ilusória, embasada em números maquiados. Contudo,
hoje, tudo indica que não há tolerância para transparência de ocasião, como a
que o governo tenta implementar. O dólar alcançou 3,68 reais diante do cenário
fiscal de 2016 e a bolsa opera no vermelho. A grande apreensão está em torno da
incapacidade do governo de conseguir apresentar um horizonte de retomada.
Após receber a proposta orçamentária, Renan Calheiros
falou em "mudança de atitude do governo" ao apresentar uma proposta
"mais realista" e com "menos ficção". O peemedebista, que
nos últimos dias voltou a estender a mão ao Planalto ao se tornar fiador de uma
agenda anticrise, disse que é preciso "fazer o dever de casa".
"O Congresso vai fazer o que for possível para fazermos a reforma do
Estado para cortarmos despesas e melhorarmos o ambiente de negócios e de
investimento", afirmou o presidente do Senado. Calheiros destacou ainda
que aumento de impostos "não pode ser caminho correto.
10 comentários:
Simples. Basta pedir de volta o que foi para o BNDES !
Singelo e franciscano !
Pois é. Não estranhem se no final deste ano estejamos recebendo uma COMISSÃO DO FMI, PARA COBRAR PROVIDENCIAS DESTE PIFIO GOVERNO...
E TAMBÉM NÃO SE SURPRENDAM SE MAIS EMPRÉSTIMOS SUSPEITOS COMO O DE CUBA FEITOS PELO BNDES Á ODEBRECHT FOREM DESCOBERTOS , como por exemplo a Construção de Hidrelétricas no Peru com Dinheiro financiado pelo BNDES, numa bondade do “Grande Estadista Nove Dedos.
É graças a estas maracutaias com o dinheiro do Povo Brasileiro utilizadas para salvar nações naufragadas pelo Comunismo que agora o Brasil corre o Risco de fraudar as obrigações internas com o seu Povo e ainda ter de voltar ao FMI, para poder honrar os pagamentos da Divida Externa... REGREDIMOS 20 ANOS. ASSIM CONSAGRA-SE O PLANO DE SABOTAGEM COMUNISTA CONTRA O PROGRESSO BRASILEIRO, QUE ACABOU PROPORCIONANDO À CHINA A ACELERAÇÃO E O APOIO PARA SAIR DE UMA NAÇÃO AGRICOLA MISERÁVEL PARA A PRIMEIRA NAÇÃO DESENVOLVIMENTISTA DO PLANETA... Cumprimentos aos traidores da pátria brasileira que estão ansiosos para receber um bilhão de chineses em nosso riquíssimo e invejável território...
SE DILMA NAO RENUNCIAR ELA SERA SEMELHANTE A HITLER APOS A DERROTA,DESTRUIRA COMPLETAMENTE O PAIS,E PEDIRA PARA NAO DEIXAR PEDRA SOBRE PEDRA.
É MUITO SIMPLES. FAÇO ORÇAMENTO PÚBLICO A QUASE 20 ANOS.
PRIMEIRAMENTE, ESTIMA-SE A RECEITA QUE IRÁ SER ARRECADADA.
EM CONSEQUÊNCIA, FIXA-SE A DESPESA.TEM QUE ADEQUAR A DESPESA CONFORME A PREJEÇÃO DE RECEITA. SE NO MUNICÍPIO É ASSIM, NÃO É DIFERENTE NA UNIÃO. O PROBLEMA É QUE ESSE PESSOAL NÃO SABE CORTAR DESPESAS. SÓ GASTAM E AUMENTAM IMPOSTOS. FICA FÁCIL. INCOMPETENCIA E IRRESPONSABILIDADE.
Orçamento deficitário e a D. Dilma ainda sai de boazinha por divulgar um orçamento realista? Só neste pais mau gestor ainda ganha elogio.
O Sr. PT tem é que indenizar o país. Juntando tudo que foi desviado com certeza dá para pagar a conta.
O Poder Executivo é o responsável por fazer um orçamento equilibrado. Não compete ao Legislativo indicar oque deve ser cortado do orçamento. É função exclusiva do Govêrno, mas o Brasil é um Estado que a todo momento inova.
Vão cobrar as contas de Cuba, os perdões na África e o cofrinho do PT que sobra dinheiro pra todo mundo!
Quanto custam aos cofres públicos os cartões corporativos distribuídos pelo país.
Deu para ter uma idéia quando veio a público o aluguel das limousines utilizado para D.Dilma e seus afetos passearem.
Esse Déficit é crise de responsabilidade fiscal.
Na Islândia o povo colocou os políticos e os banqueiros na cadeia pelo rombo e pela crise causada por eles em 2009.
Produzem rombos monumentais e depois vem com discurso de CPMF.
Se quando previam superávit já entregavam déficit, imaginem só o tamanho do rombo q teremos em 2016!!!
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