Claro, claro. São
manifestantes pacíficos, ordeiros e bem-intencionados; e daí ? Daí que as
grandes cidades brasileiras não podem ficar reféns de bloqueios diários de
trânsito, de entraves ao trabalho e ao lazer, de protestos que, por justos que
sejam, já atravancam há quase cinco meses as atividade normais dos cidadãos. E
aqui não se fala de mascarados, de black-blocs, seja qual for o seu nome: quem
participa de ações violentas e depredações de patrimônio público ou privado
está fora da lei e seu direito é apenas a um julgamento justo. Já houve um bloqueio em São Paulo em apoio aos portuários
do Panamá, ou de Porto Rico; há bloqueios contra médicos cubanos, a favor de
médicos cubanos, contra a praga que ameaça as plantações de centeio da Moldávia
Exterior. Parar uma cidade, ou uma estrada, é fácil: meia dúzia de pessoas
espalha meia dúzia de pneus na rua e, com meia dúzia de fósforos, incendeia-se
o caminho. Falta pouco para sitiar bairros inteiros como protesto contra o gol
anulado pelo juiz quando estava claro que não houve impedimento.
Manifestações existem em todo o mundo democrático. Em
Londres, o Hyde Park é área preferencial de protestos, onde quase não há
limites para a liberdade de expressão. Mas a cidade continua funcionando. Parar
tudo também existe, mas em ocasiões específicas: Buenos Aires, por exemplo,
parou para os funerais de Perón. Já parar uma cidade porque alguém tem vontade
de quebrar umas vitrines é coisa nossa.
Chega: o cidadão tem de ter no mínimo o direito de ir e
vir.
2 comentários:
O POVO TEM QUE PROTESTAR E PROTESTAR. APESAR DO GOVERNO LANÇAR OS BANDIDOS BLACK BLOCK ATACAR A SOCIEDADE SÉRIA E HONESTA DESTE PAÍS.
MAS, ISTO VAI TER FIM. QUANDO ESTE GOVERNO CORRUPTO CAIR, DEVEMOS MODIFICAR, CORRIGIR E EXPURGAR TODO O QUADRO POLÍTICO CORRUPTO E, FAZER UMA DEVASSA NO JUDICIÁRIO, QUE DEVE MUITO, MUITO À SOCIEDADE BRASILEIRA.
VEJO O JUDICIÁRIO COMO UNS GATOS GORDOS SENTADOS EM CIMA DO SACO. NÃO TOMAM PORTURA NEM POSIÇÃO FRENTE AO CRIME ORGANIZADO PELO PT.
Aliada ao Brasil, Alemanha pode dar asilo a Snowden:
Mais do que simplesmente publicar seu manifesto, a revista Der Spiegel, a mais importante da Alemanha, tomou uma posição clara: defendeu que a chanceler Ângela Merkel conceda asilo diplomático a Edward Snowden, para que seja possível protegê-lo, mas também conhecer a fundo os detalhes da espionagem; em julho deste ano, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu que o Brasil fizesse o mesmo, mas o Itamaraty preferiu manter distância dessa hipótese; Dilma e Merkel apresentarão resolução conjunta nas Nações Unidas
247 - A revista alemã Der Spiegel foi a publicação escolhida por Edward Snowden, técnico da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA, para publicar um manifesto onde afirma algo incontestável: dizer a verdade não pode ser considerado um crime (leia mais aqui).
No entanto, mais do que simplesmente publicar o texto de Snowden, enviado à revista de forma criptografada, a Spiegel tomou uma posição editorial: defendeu, na capa, que a chanceler alemã Angela Merkel conceda o asilo diplomático a ele. Embora já tenha obtido esse benefício da Rússia, Snowden se adaptaria melhor à Alemanha. Além disso, sua presença no país ajudaria a desvendar os segredos da espionagem norte-americana.
Caso Merkel tome essa decisão, ela poderá fazer por Snowden algo que esteve diante também do Brasil. Em julho deste ano, quando vieram à tona as primeiras informações sobre a espionagem americana sobre o governo Dilma, alguns senadores defenderam que o Brasil lhe desse asilo diplomático.
"A reação mais lógica e mais séria em relação a essa história da espionagem americana seria imediatamente conceder asilo ao Snowden. E nós teríamos condição de saber, nós e o mundo, com mais seriedade e transparência, o que realmente significou a espionagem. O Snowden é um herói dos Estados Unidos. Amanhã ou depois, a história vai se lembrar do Snowden, e não do Obama, que foi quem acabou sendo responsável pela espionagem na internet no mundo inteiro. É uma vergonha que alguns países latino-americanos tenham oferecido, e nós fiquemos enrolando esse assunto", disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR).
No manifestó publicado neste fim de semana, Snowden alega ter prestado um serviço a vários países. "Em vez de causar danos, a informação que trouxe a público é útil, e isso está claro agora, porque reformas e leis estão sendo sugeridas", escreveu ele. "Os cidadãos têm o direito de lutar contra a supressão de informações que lhe são essenciais. Aqueles que falam a verdade não estão cometendo nenhum crime."
Até agora, já se sabe que, além do Brasil, México, Espanha, França e Alemanha também foram espionados. No caso alemão, foi mais grave, porque as interceptações atingiram o celular de Angela Merkel e o próprio secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que a espionagem foi "longe demais".
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