Carolina - Bom dia, ministro
Paulo Passos - Bom dia, Carolina
Ministro, reportagem especial do jornal Zero Hora
desse final de semana revelou que apenas 7,2% das rodovias gaúchas, contando
federais, estaduais, vicinais, são pavimentadas. Queria saber do senhor: o
Ministério dos Transportes tinha ideia de que a situação no Rio Grande do Sul
era tão precária? E o que o Governo Federal pode fazer daqui por diante para
tentar provocar uma revolução nas nossas estradas?
Em primeiro lugar, Carolina, eu queria dizer que
tenho um entendimento diferente. Não acho que a malha rodoviária do RS seja
precária. E por que não acho isso? È que na realidade, o comparativo que foi
feito está somando rodovias pavimentadas
federais, estaduais e vicinais. Tomando por base a própria reportagem
que foi feita, chegamos à conclusão de
que o estado do Amazonas tem 35% de rodovias pavimentadas, uma situação muito
melhor que o Rio Grande do Sul. Chegamos à conclusão de que o estado de Sergipe
tem 40% e também desfruta de uma condição muito melhor. Isso não é verdade.
Pelo contrário, o RS, apenas em malha federal, tem 6.000 km de rodovias,
rodovias de muito boa qualidade, e portanto, se alguém quiser fazer algum tipo
de comparativo, talvez pudesse fazer e comparar com outras unidades da
federação, o somatório de rodovias pavimentadas no estado, sejam federais,
sejam estaduais, comparando com a área territorial do Estado, essa sim é uma
comparação mais pertinente que pode dizer alguma coisa. A forma como o comparativo foi feito, pra mim
ele não exprime nenhum tipo de resultado ou conclusão que seja válido para que
se possa atribuir uma condição boa, regular ou ruim à extensão pavimentada de
rodovias no Estado do RS.
Isso significa, ministro, que nós teremos pela frente,
mais ou menos investimentos do Governo Federal na qualidade de nossas estradas?
Significa que o Governo Federal, que reverteu um
quadro onde se investia algo como 600, 700 milhões no passado, antes do Governo
do Presidente Lula, na manutenção de rodovias, hoje investe algo em torno de 5
bilhões de reais/ano e é por isso que se você percorrer as estradas federais em
qualquer estado da federação, a população será capaz de reconhecer que o quadro
geral da estradas melhorou e melhorou muito. É óbvio que o nosso objetivo é
trabalhar para cada vez mais aprimorar a condição de trafegabilidade, a
condição de segurança, a condição de pavimento das estradas brasileiras.
Por falar nisso, ministro, agora com o final dos
contratos de concessão, o Governo do Estado já anunciou que vai retomar as
estradas estaduais e as federais, vamos dizer assim, serão devolvidas para a
União. O senhor acabou de afirmar, aqui no Encontro do Polo Naval, que o
Governo Federal assegura a qualidade dessas estradas.
Sem dúvida.
Vai melhorar como? Com novas concessões ou com
recurso público?
Nós vamos, ao final dos contratos de concessão de
cada um dos sete polos que estão sob responsabilidade do Estado do RS, e como
resultado de um entendimento harmonioso entre Governo Federal e Governo do
Estado do RS, nós vamos receber as rodovias federais. Essas rodovias recebidas,
em relação a elas, tanto o Governo do RS, como em relação às rodovias federais,
fez um levantamento, um levantamento visual contínuo, um levantamento do índice
de rugosidade dessas rodovias, um levantamento dos pontos de deflexão. Esses
são elementos básicos e fundamentais para identificar o tipo de intervenção que
essas rodovias precisam. E nós, já de posse dessas informações, até mesmo antes
desses contratos serem encerrados, já estamos tomando as iniciativas para que
possamos prover os serviços necessários e garantir à população gaúcha uma
qualidade de rodovia que possa assegurar um transporte seguro, um transporte
absolutamente em condições operacionais absolutamente satisfatório.
Essas rodovias poderão entrar no futuro em um
programa de concessão?
Nesse momento o Governo Federal não tem uma posição
tomada em relação ao assunto. Nós vamos receber as rodovias, primeiro passo é
garantir os serviços necessários para que elas ofereçam ao usuário uma boa
qualidade de circulação e, na sequência, estaremos estudando quais as
intervenções, quais os melhoramentos, quais as ampliações que essas estradas
recebem e, a par dessa avaliação, qual a melhor forma de encaminhar.
Ministro, pra gente encerrar. Ano passado o senhor
esteve aqui, eu estava aqui na Feira do Polo Naval também, e perguntei sobre a
famosa Ponte do Guaíba. O projeto da Ponte de Guaíba, que está no Ministério
dos Transportes, o senhor prometeu essa obra e queria saber em que pé está
nesse momento esse projeto.
Prometi e gosto de cumprir aquilo que eu prometo. Na
verdade, nós estamos na fase de desenvolvimento do projeto. Não vamos precisar
chegar ao nível de um projeto básico. Antes disso nós vamos ter os elementos
necessários para fazermos a licitação. Significa que, estamos trabalhando para
cumprir aquilo que prometemos e de olho no calendário, do ponto de vista em
relação à nossa responsabilidade com a população gaúcha.
Que é a obra pronta em?
Não posso assegurar quando a obra vai ficar pronta.
Posso lhe dizer que estamos trabalhando que, logo que seja possível e tenhamos
os elementos que nos possibilitem fazer uma licitação, ela será feita. É claro,
que nós estamos falando de uma obra de grande estatura, de grande dimensão,
sonhada, esperada, com justa razão pelos gaúchos. Ninguém, mais do que a
presidenta Dilma, quer ver essa obra feita e entregue aos gaúchos. Ela mesma
anunciou a execução dessa obra aqui, numa das oportunidades em que veio ao Rio
Grande do Sul, e eu estava junto com ela. Nós vamos cumprir a determinação da
presidenta. E os gaúchos, posso lhe assegurar, vão ficar muito satisfeitos na
hora que nós dissermos: "vamos fazer agora a licitação".
E pra gente encerrar, Ministro, [BR] 386 e 116, todos
aqueles problemas com as comunidades indígenas. Tá solucionado, tá encaminhado?
Na 386 as coisas já estão bem encaminhadas, não são
problemas de grande expressão, mas são questões que demandam um pouco mais de
tempo do que a gente deseja, para serem solucionadas. Então, agora entre março
ou abril, já estarão solucionadas as questões relacionadas à 386. No que se
refere à BR-116, nós já temos, dos diversos lotes, quase todos liberados. Só o
Lote 1 que ainda está pendente. Nós temos aí um compromisso, uma
responsabilidade em relação à aquisição de terras indígenas para remanejamento
da população, mas isso está sendo feito com absoluto controle pelas nossas
equipes e logo, logo, nós vamos ter também o Lote 1 para trabalhar.
CLIQUE AQUI para ouvir.
10 comentários:
O que este enrolão gosta de adjetivar suas afirmações: "absoluto controle, grande expressão, bla bla, bla ..." resta saber o que isto significa. Para mim absoluto controle quer dizer: "não tenho idéia do que fazer, mas isto não pode vir a público".
Respostas no gerúndio!!!
O dia em que as rodovias federais voltarão a ser pedagiadas no RS já se sabe: no dia em que o PT perder o governo do Estado. O governo federal imediatamente fará licitações para jogar no novo governo a culpa pelos pedágios.
Claudio Humberto:
Serra articula
candidatura para
ajudar Campos
O ex-governador tucano José Serra pode se candidatar de novo ao governo de São Paulo, numa manobra para enfraquecer o potencial candidato à Presidência da República em 2014, Aécio Neves, e fortalecer Eduardo Campos (PSB). Aliados de Serra cogitam a criação de um novo partido com dissidentes do PSB, DEM, PPS, PDT e PTB para ampliar o palanque de Campos no maior colégio eleitoral.
O plano é rachar o PSDB em São Paulo com Serra no novo partido, emparedando Aécio e o governador tucano Geraldo Alckimin (SP).
Ala de futsal
A piada no Congresso é que o presidenciável Eduardo Campos “se movimenta mais que ala no futsal”, para viabilizar sua candidatura.
Aécio reúne
governadores em
busca de unidade
Os governadores do PSDB se reuniram ontem na casa do senador Aécio Neves (MG) com o objetivo oficial de “unificar o discurso”. O problema é que alguns deles, certamente inspirados pelo tucano José Serra, andaram se entusiasmando pela candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Aécio achou que era hora de um freio de arrumação. Mas Serra não gosta dele e trabalha contra.
Ouvi toda a entrevista do ministro. Achei o MAIOR ENROLÃO, parece que eu tava ouvindo o Atraso Genro, sendo entrevistado. Quem mora lá prá cima, no norte-nordeste, ouvindo o ministro falando parece que nós temos as melhores estradas federais. Esses petralhas são um bando de enrolões.
A "Peleguina Bahia" chega a revirar os olhos quando fala: "Presidente Dilma"...
Nos gaúchos estamos mesmo sem moral alguma, pra um botocudo desses vir aqui nos enrolar com tamanha cara de pau. Nada e' por acaso, a décadas estamos exportando um modelo de idiotice política através dos democraticamente eleitos Collares, Olivios, Tarsos e afins, o que leva esses tapuias do centro do Pais a acreditar verdadeiramente em nossa debilidade, no gaúcho como um ser bovino e pejorativamente folclórico.
Esse ministro tem cara de pascácio e um legitimo micuim perdido que não sabe onde está. Deve fumar alguma coisa estranha com essas respostas!!!
Esse ministro tem cara de pascácio e um legitimo micuim perdido que não sabe onde está. Deve fumar alguma coisa estranha com essas respostas!!!
Essa china que vá dar a buceta na praça!! O caso é que estão alvoroçados com o fim dos pedágios. Das empresas nunca exigiram nada,os remendo~es estavam mais que bom,do governo querem tratamento com ouro nas estradas. Vão se fuder!
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