Crônica de Sexta, Vitor Bertini, Olindas

Olinda e Maria Olinda se conheciam de troca de olhares, acenos de cabeça e informações de terceiros, há muitos anos. Nunca haviam conversado. Coisas da vida.

Moradoras da mesma rua, esposas de seus maridos, mães de seus filhos e donas de suas casas; com lenços na cabeça e casaquinhos para o frio, quando uma vinha, sempre, a outra já tinha ido. 

 Passaram-se os anos, os filhos ganharam mundo, levaram os netos junto, e os maridos, esta espécie morredoura, cumpriram seus destinos. Em suas casas, cuidando de tudo, ficaram as Olindas.

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Vitor Bertini/ https://ahistoriadasexta.substack.com/ https://vbertini.blogspot.com// bertini.vitor@gmail.com


2 comentários:

Anônimo disse...

Talvez as crônicas dos outros dias da semana sejam melhorzinhas porque essas de sexta o autor sempre esquece de escrever o final...

Dra.Erundina Boulos Suplicy disse...

Bertini é filosófico demais para meu gosto. Alguém diria, em outras palavras, que ele surfa no algodão doce.

Mas deve ser um bom cara, deixa pra lá.

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