O que ele disse para o repórter Humberto Trezzi:
- Tem de ver a origem disso. Sabemos que as embaixadas
fazem relatos aos governos sobre o que se passa no país. Até pode ser
verdadeiro. Mas é curioso que, em nenhum momento do texto, é mencionado quem
estava na reunião dos generais (o presidente e os que comandavam o Centro de
Inteligência do Exército - CIE). Quem passou a informação para a CIA? O
Miltinho (general Milton Tavares de Souza, que estava saindo do CIE)? O
Figueiredo, que se preparava para chefiar o SNI (Serviço Nacional de
Informações)? Não sabemos.
Trezzi quis saberse o general não confiava no documento.
O que ele disse:
- É preciso ler com reservas. Até porque o vazamento
desse tipo de notícia pode ter objetivos políticos. A quem interessa vazar informações
sobre envolvimento de militares em mortes, num momento assim do país? A quem
interessa manchar a reputação das Forças Armadas, que segundo pesquisas são as
instituições em que a população mais confia, hoje, no Brasil? Gostaria de saber
por que esse documento surgiu justo agora, num momento turbulento da nação.