Artigo, Mário Mendes, Veja - O fetiche da ditadura

Manifestantes contra o governo Temer, em São Paulo (crédito – Ricardo Matsukawa)


Sou vintage – porque “antigo” é coisa de quem não tem consciência de estilo – um homem do século XX. Então lá nos idos da era Disco, quando os militares ainda mandavam por aqui, eu estava nos bancos da ECA, na Universidade de São Paulo.  Sim, eram dias de globo espelhado e brilhos de paetê nas noites, mas também de coturnos na rua e censura na cultura. Nós, jovens universitários, vivíamos na bolha do campus entre elucubrações epistemológicas em sala de aula e festas movidas a vozes alcoolizadas de “caminhando e cantando e seguindo a canção”, na cozinha, e a gandaia das Frenéticas na sala.

Lembrei de tudo isso por causa de certa aula prática na antiga – essa era antiga mesmo – oficina de artes gráficas da ECA. Entre nós, marinheiros de primeira viagem, havia uma aluna veterana cursando DP  e a cada novo acessório ou aparelho de impressão que o professor nos apresentava, ela imediatamente o associava a algum instrumento de tortura utilizado nos porões da Ditadura: garrote, choque elétrico, porrete etc.

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5 comentários:

JOSEPH A.D. NETO disse...

POLIBIO,

PRESUMO QUE ESSE VAGABUNDO QUE FEZ ESSE ARTIGO, TAMBÉM SEJA A FAVOR DA DITADURA S COMUNISTAS, POIS, PRA ELE, A REPRESSÃO DA PM CONTRA OS TERRORISTA QUE FAZEM TERROR EM SÃO PAULO, SÃO SÓ MANIFESTANTES, UNS SANTOS!!! É POR CAUSA DE CANALHAS COMO ESSE SUJEITO, QUE VAMOS SIM, SE PRECISAR PRÁ RUAS, PEDIR ÀS FFAS QUE INTERVENHA E DESTA VEZ FUZILEM TODOS ESSES LAZARENTOS!!! #PRONTOFALEI.

PASSAMOS 03 GERAÇÕES SOB DOMINIO DA IMPRENSA COMUNISTA, FORJADOS SOB A PEDAGOGIA DO PSICOPATA PAULO FREYRE, COM REDES SOCIAIS, ISSO TÁ MUDANDO...


ABRAÇOS,
JOSEPH D. A. NETO

Anônimo disse...

Vivi esse tempo. Mas, como não assaltava banco e nem explodia granada em quartéis e delegacias, foi a melhor época, nunca fui incomodada, apesar de estudante. Estudava, trabalhava e ganhava dinheiro. Foi quando consegui comprar meu primeiro apartamento.

Anônimo disse...


Também vivi este tempo, estudava e trabalhava, ia e vinha sem ser molestado, quer seja pela policia ou por ladrões.

Anônimo disse...

Essas manifestações se assemelham às revoluções... São cheias de contradições, avanços e recuos...

Vejam a revolução Francesa, a revolução Russa ou também a Cubana...

Na Francesa, por exemplo, uma turba invadiu a Bastilha, cabeças foram guilhotinadas a torto e a direito. Em determinado momento, a fúria engoliu até mesmo seus líderes...

Em julho de 2013 multidões saíram às ruas... muitos nem sabiam porque estavam ali...

Não se deve buscar coerência, bom senso e lucidez nessas manifestações de rua...

Elas são como um furacão, levando tudo pela frente de roldão...

Por isso o perigo de se brincar com as instituições democráticas, forjando "impeachments" por exemplo.

Abre-se uma caixa de pandora, abrem-se as comportas das convulsões sociais e depois ninguém sabe como apagar as labaredas do incêndio...

Anônimo disse...

Eu também concordo que esta época foi a melhor que vivenciei. Havia ordem e respeito. Estudava Biblioteconomia na Escola de Sociologia e Política (bem na zona de prostituição e inferninhos em São Paulo). Trabalhava em 2 empregos. Andava a pé e de ônibus por tudo quanto é lugar. Nunca fui roubada ou molestada por quem quer que fosse. Tenho muitas saudades daquela época.

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