Inércia e pressão dos preços dos serviços e dos alimentos impedem queda da inflação

A ata da reunião de política monetária do Banco Central, divulgada ontem, enfatizou que o espaço para corte de juros depende de melhoras adicionais nas projeções de inflação, especialmente no modelo com as premissas de mercado.

O recado central da ata do Copom é de que há incertezas na condução da política monetária e, por isso, o Comitê considera importante conduzi-la de modo que as projeções de seus modelos indiquem que a inflação encontra-se no centro da meta.

Eis a análise que os economistas do Bradesco fazem sobre a ata do Copom na parte que diz respeito à inflação e aos juros básicos, divulgada ontem:

O Comitê também vê como risco o processo inercial decorrente de um longo período de inflação acima da meta, o que tende a produzir maior persistência de juros elevados. Logo, infere-se desse diagnóstico que o corte de juros explicitado nas projeções do Focus, da ordem de 3,25%, não é compatível, hoje, com a convergência da inflação para o centro da meta, uma vez que gera uma projeção de 5,3% para o IPCA de 2017.  Além disso, o Comitê se diz insatisfeito com os avanços observados até agora no processo de desinflação, apesar de reconhecer melhora corroborada pela queda das expectativas. Do lado mais favorável do balanço de riscos, o Copom avalia que a desinflação de serviços pode surpreender, dada a ociosidade na economia, e os preços dos alimentos podem ceder mais rapidamente.

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Um comentário:

Anônimo disse...

E os juros altíssimos enchendo o bolso dos banqueiros/agiotas? Isso não contribui para a inflação?

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