Editorial, Estadão - Lava Jato sob ameaça

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A Operação Lava Jato e o que ela simboliza, o combate implacável à corrupção, estão ameaçados. As investigações que se intensificaram nos últimos dois anos e pouco, e resultaram na condenação de políticos, funcionários de estatais, dirigentes de empresas privadas e operadores financeiros, agora começam a expor importantes figurões da política, personagens que até pouco tempo atrás eram considerados intocáveis. Como a toda ação corresponde uma reação oposta da mesma intensidade, na medida em que as investigações os atingiram em cheio os políticos sob suspeição tornaram-se os principais adversários da Lava Jato. Sua reação está em pleno curso. Com a circunstância agravante de que são eles que têm poder para impor restrições legais à atuação da Lava Jato.

Até como consequência da crescente abrangência de suas investigações, a Lava Jato está cada vez mais sujeita a controvérsias resultantes de procedimentos passíveis de contestação e eventuais falhas operacionais cometidas por seus agentes: policiais, procuradores e juízes federais. Essas controvérsias se concentram em duas questões principais: o instituto da delação premiada e as denúncias de abuso de autoridade. É a partir daí que surgem os pretextos para acabar com a “sangria” nos negócios políticos que provocam a indignação do notório senador Romero Jucá (PMDB-RR). Muitos políticos defendem também a revisão, pelo STF, da decisão que determinou a obrigatoriedade do cumprimento das penas de prisão a partir de sentença de segunda instância.

Tanto a delação premiada, responsável em grande parte pelo sucesso da Lava Jato em suas investigações, quanto o abuso de poder por juízes, procuradores e policiais são questões que precisam ser levadas a sério e corrigidas sempre que for o caso.

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8 comentários:

Anônimo disse...

O Brasil é um LIXÃO A CÉU ABERTO.

Brasil para os brasileiros disse...

Se a sociedade brasileira não se posicionar, seremos uma Itália pós operação Mãos Limpas.

Anônimo disse...

NÃO PENSEM OS POLÍTICOS QUE O POVO FICARÁ OMISSO. SE FOMOS PARA A RUA DEFENDER O PAÍS CONTRA A CORRUPÇÃO, AGORA VOLTAREMOS PARA DEFENDER AS INSTITUIÇÕES: MPF, PF, PROCURADORES E JUÍZES.

Anônimo disse...

Defesa compartilhada

Brasil 05.07.16 10:59
O desembargador Ivan Athié e Fernando Cavendish têm algo em comum, além da preferência pela prisão domiciliar: o advogado.

Segundo O Globo, o escritório de Técio Lins e Silva, defensor de Cavendish, representou o desembargador em 2004, quando ele foi acusado de falsidade ideológica – O Antagonista explicou essa história aqui.

O Rio não é uma cidade tão pequena assim. (oantagonista)

Anônimo disse...

Enquanto não havia chegado nos politicos do alto clero a coisa andava sem percausos, agora a água está chegando no umbigo e se ouve murmurinhos daqui e dali.Estou sentindo cheiro de feijão queimado . Não confio nessa gente, uns pecam por ação, outros por omissão.

Anônimo disse...

O artigo diz
" a Lava Jato está cada vez mais sujeita a controvérsias resultantes de procedimentos passíveis de contestação e eventuais falhas operacionais cometidas por seus agentes: policiais, procuradores e juízes federais. Essas controvérsias se concentram em duas questões principais: o instituto da delação premiada e as denúncias de abuso de autoridade. "

1o) Delação premiada é mecanismo de DEFESA do réu. Ele ganha redução da pena quando colabora. Só verificar quantos grandes ladrões do dinheiro público estão 'cumprindo pena' muito bem em suas mansões. É um grande 'abuso de autoridade' que o réu tenha este mecanismo de defesa.
2o)Falhas cometidas por agentes?? juizes e policiais??
95% das decisões do juiz Sergio Moro são validadas por instâncias superiores. Apenas um percentual muito pequeno sofreu revisão por instâncias superiores. Isso é resultado de trabalho mal feito?

Abuso de autoridade em minha opinião é o que o STF, comprometido com o PT, faz para manter em impunidade certas pessoas contras as quais abertamente já há provas há quase um ano, incluindo-se aí o proprio Lula.
Enquanto isso, as mesmas pessoas continuam em liberdade, rindo da cara do povo desempregado, posando de vítimas e atrapalhando a recuperação do país.

Anônimo disse...

O artigo diz:
"É a partir daí que surgem os pretextos para acabar com a “sangria” nos negócios políticos que provocam a indignação do notório senador Romero Jucá (PMDB-RR). "

É incrivel o esforço da imprensa em associar ao governo Temer os esforços para sabotar a Lava Jato.

1o) Quem fatiou as investigações que estavam com o juiz Sergio Moro(Eletrobras) e passou para o MP de SP foi o PT
2o) Ate o momento, Sergio Machado não apresentou nenhuma prova das delações, feitas ao Janot. Mas já conseguiu escapar do Moro. O cara faz uma gravação, envolvendo gente com foro privilegiado pra ir pra PGR, não apresenta provas, e está muito bem na mansão que construiu com dinheiro roubado.
3o) STF sotou Paulo Bernardo, apesar das provas, e o Janot está segurando inquéritos contra Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante, e várias figuras do PT.
4o) Ja temos provas de obstrução de justiça por Dilma e Mercadante tentando atrapalhar a delação do Delcidio.


É o PMDB mesmo que está atrapalhando?

Anônimo disse...

Não precisa mais de Lava Jato e nem de Sérgio Moro. A Dilma já foi afastada. Esse era o objetivo.

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