Artigo, Mário Sergio Conti - Ah, os olhos, ah os olhos

No terreno da pesquisa, o grupo capitaneado pelo professor Pablo Ortellato aplicou questionários nos protestos pró e anti-impeachment. Fez o mesmo em marchas de secundaristas e pela legalização da maconha. E chegou a descobertas contraintuitivas.

Nas duas últimas passeatas, por exemplo, os participantes eram mais jovens, tinham renda menor e repudiavam com maior vigor a política do que os das duas primeiras. Como os pró-impeachment, eles acham que o PT é corrupto. Mas, à semelhança dos manifestantes favoráveis a Dilma, pensam que os ganhos sociais na era petista foram significativos.

Há lacunas na compilação. Só Michel Löwy trata da situação internacional. Apenas Leda Paulani se demora na economia. Existe certa tendência, entre os 30 articulistas, a minimizar o papel da corrupção na derrocada da presidente.

Ou então se reclama que a caça aos corruptos se concentra no PT –o que pode ser incorreto, caso Cunha, Renan, Sarney, Aécio e intermináveis eteceteras venham de fato a ser incriminados.

Não é feita uma investigação profunda da política de Dilma depois da reeleição. Há talvez pudor em responsabilizá-la agora, quando, meio fantasmagórica, ela aguarda o veredito do Senado. No segundo livro, "A Resistência ao Golpe de 2016" (Canal 6 Editora, 425 págs.), a disposição contemporizadora fica caricata.

Na maioria dos 103 artigos, tudo é resolvido de antemão: o imperialismo americano usou os reacionários locais para golpear mulheres, negros e gays, e assim impediu que o Florão da América desabrochasse.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Poxa, Polibio, citando Mário Sergio "Conti do Vigário"????
Merecemos mais respeito rsrsrsrsrsrs

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