Porto Alegre, cidade de todos. Cidade democrática. Cidade
politizada. Uma cidade que poderia ser bem mais do que é, mas sofre na mão de
minorias organizadas e barulhentas, cujos interesses não são nada republicanos.
Longe disto. São interesses egoístas, interesses políticos. Infelizmente
enquanto a maioria que é simpática ao projeto de revitalização do Cais Mauá
permanece silenciosa, por não ter aptidão para a cidadania ativa ou por falta
de tempo mesmo, as minorias barulhentas seguem ganhando no grito e nossa cidade
permanece estagnada e decadente. Foi por esta razão que resolvi expor aqui
porque defendo a revitalização.
Disputa ideológica
Sinto que transformaram a questão da revitalização em um
debate político ideológico, antecipando as eleições municipais do ano que vem.
A maioria das “lideranças” culturais que estão a frente de movimentos
contrários a revitalização já fizeram ou fazem campanha para o PT e para o
PSOL. Temos vereadores de ambos os partidos envolvidos até os cabelos na luta
contra o projeto. Seria uma tremenda ingenuidade não percebermos que o
verdadeiro propósito disto que está sendo feito é enfraquecer o prefeito
Fortunati e seu governo, não deixando que a importante obra comece. Não sou uma
defensora do Fortunati, nem sei em quem vou votar ainda, mas tentar barrar o
projeto com este propósito mesquinho só favorece os grupos políticos de
esquerda que querem, desesperadamente, voltar ao poder.
Democratização do espaço
Os motivos citados para impedir a obra de ser realizada
beiram o absurdo e estão recheados de ranço, mentiras e falta de visão. Não
existe nada mais ultrapassado do que querer que o projeto apenas restaure os
galpões, alguns literalmente caindo. O projeto urbanístico prevê uma verdadeira
DEMOCRATIZAÇÃO do espaço, trazendo acessibilidade, segurança, espaços de lazer
e convivência, atrações e negócios variados para todos os públicos, de todas as
idades. Com visão cosmopolita. Restaurantes e barzinhos, centro comercial e
bodegas. Para todos os bolsos e gostos.
Cais para todos de verdade
Não é nada elitizado, mas se a elite quiser frequentar
será bem vinda também. Por que não? A cidade não é de todos? Parece que há um
preconceito em relação a isto por parte dos grupos contrários ao projeto.
Chimarródromo, cachorródromo, local para piquenique, bicicletário e hotel.
Teremos tudo isto. Quem for contra isto está pensando apenas em seu umbigo.
Como fizeram (os mesmos) com a ponta do Estaleiro Só, que hoje já poderia ser
um local maravilhoso mas está entregue ao lixo e aos ratos.
As torres "da discórdia" e a Zona Mora do 4º
Distrito
Vamos falar das “torres da discórdia”. O argumento é de
que shopping é ultrapassado e que ninguém mais quer. Meu deus! Entrem em um shopping
no sábado e no domingo! Quem mais frequenta são os jovens, a periferia e os
moradores das vilas vem em peso. Pura inclusão social. Isto se fosse um
shopping, coisa que não é. As torres serão edificadas lá perto da rodoviária,
quase no quarto distrito, bem ali onde tem um cemitério de barcos enferrujados
e que a vista fica horrível para quem entra na cidade, e não perto da chaminé
do gasômetro, como alguns mal intencionados querem fazer pensar. Aquela região
também precisa de revitalização, investimentos, desenvolvimento e o projeto de
revitalização do Cais Mauá proporciona justamente isto, fazendo renascer aquela
“zona morta” da cidade.
Mais vida, segurança e movimento no centro
Outro ponto positivo é o apoio majoritários dos
comerciantes de “porta de rua” do centro, que sabem que com isto vão ter mais
segurança e que o movimento vai aumentar. Os imóveis da região central também
vão valorizar e a cidade que cresceu de costas para o rio-lago Guaíba vai
ganhar muito com isto. O turismo nas ilhas também irá desenvolver, com novos
empreendimentos, trazidos pelas balsas. A geração de novos postos de trabalho,
empregos diretos e indiretos, mais fornecedores, mais frequentadores, geração
de renda. Detalhes como o numero de arvores retiradas, quantas serão replantadas,
a passarela que haverá, não podem ser impeditivos para que o projeto que a
cidade já esperou durante décadas finalmente aconteça. São questões que
precisam ser resolvidas com diálogo e sem radicalismos.
Cidade mais humana e integrada
Com a revitalização do Cais Mauá teremos uma cidade mais
humanizada, mais orgânica, integrada com seu centro, que será como um coração
pulsante. Eu fico imaginando quando cair a noite, após um lindo pôr do sol,
todas as luzinhas acessas, os barzinhos com as mesas na beira do rio, as
pessoas conversando, os casais namorando, uma música ao vivo no fundo. Teremos
todos os dias um espaço que só pudemos vislumbrar como pode ser maravilhoso
quando aconteceu a Bienal do Mercosul ou quando rolou a Copa do Mundo. Feche os
olhos e imagine. Agora vamos defender juntos o projeto.
8 comentários:
O que fala Fernanda Barth é o pensamento de toda a pessoa de bom senso e que ama Porto Alegre.
A vanguarda do atraso, e sua manada mononeuronial, tem visão estratégica de raio umbilical.
Meus cordiais cumprimentos a ela.
Fernanda, parabéns pelo artigo, assino em baixo tudo o que disseste! Esses dia assisti dois vídeos sobre esse tema: um foi daquele circo ridiculo armado na audiência pública no GNUnião, e o outro foi um vídeo, bem produzido por sinal, mas com uma mensagem mediocre, infantil e egoista contrária ao projeto. Vale lembrar que esse projeto vem sendo discutido a décadas com a comunidade e POA é uma das cidades mais regulamentadas quanto a zoneamento e plano diretor, portanto o argumento de que falta diálogo e que o projeto não cumpre as leis, é um absurdo! Dizer que vai tapar o gasômetro igualmente ridículo, as torres estão longe dali. Esses xiitas amestrados de mensaleiros petistas, estão pouco se importando com o progresso de POA e com os milhares de empregos gerado pelos shopping, hotel, bares, restaurantes, etc. Lamento muito que este socialismo guasca, essa droga, influencie tantos jovens gauchos. Quando eles acordarem será tarde demais, não terão emprego, segurança, qualidade de vida, nem um lugar decente para levar seus filhos no fim de semana....a saída será migrar pra Flórida, Curitiba, SP, ou outra cidade progressista!
Essa moça deveria estudar um pouco mais sobre urbanismo, apesar de ser formada na área (deve ser da PUC, que tem contrato com os perversos). Mas é óbvio que ela não tem a mínima noção de hidrologia básica, daí porque desvia o assunto para o lado político-ideológico, onde qualquer mentecapto pode opinar ...
Muito bem colocado.
Chega de só fazer o que os mimados da vanguarda do atraso querem. A cidade e seus habitantes não merecem perder o bonde da história, novamente.
Políbio,
É isto!!
JulioK
O discurso ... bonitinho... é todo feito encima do projeto "Cais da Mauá" , mas uma análise técnica ... mesmo superficial ... altera facilmente o seu nome para " Caos... na Mauá "
Todo mundo em Porto Alegre sabe como é o modus operandi desses marginais.
Não deixam governo nenhum trabalhar, travando projetos para a cidade e o povo e depois de eleitos pelo povo burro fazem o mesmo projeto muito mais caro e com propinas para os cumpanheiros. Essa infraestrutura já póderia ter saído do papel no governo tarsinho mas o que o petralha fez? Esses bostas tem de sumirem do mapa!
Não! Não e não! O cais deve ser dos papeleiros! Dos moradores de rua! Dos fumadores de crack e das prostitudas da Voluntários! Vejam como já estão as ruas do centro! Estão lindas, pichadas, com ordas de desabrigados dormindo sob o viaduto da Borges e carroceiros fazendo fogueira e montando salas de estar sob o viaduto do tunel da Conceição. Que lindo, tudo em nome da igualdade e da fraternidade!
Então, nada de shoppings e escritórios, nada de lugares bacanas para atrair turistas. "Azelites" e a classe média, que são os que movem essa porra de país, devem ficar dentro do Iguatemi!
Deram poder ao PT, seus burros, agora tomem! São 15 anos de atraso e ainda temos de conviver com esse tipo de babaquice sobre o cais. Ou voces radicalizam contra a esquerda, ou seus filhos e netos terão que conviver com esses desgraçados petistas pelos próximos anos, destruindo qualquer tentativa de progresso, tudo em nome dos 'desassistidos'. Já pensaram nisso? Que tal?
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