Miro Teixeira confessa que governo Lula decidiu comprar deputados com o dinheiro sujo do Mensalão

A mídia chapa branca saúda nesta segunda-feira a entrevista do deputado Miro Teixeira, que já foi do PSP, passou para o PDT e depois acabou no Pros do Rio, porque ele defende o afastamento de Eduardo Cunha, diante das denúncias feitas pelo delator Júlio Camargo em Curitiba. 

O que a mídia oficialista não amplifica é a informação contida na mesma entrevista, segundo a qual ministro das Comunicações no primeiro mandato de Lula, o deputado relatou que participou, junto com o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda), de uma reunião em janeiro de 2003, com mais duas pessoas do governo. Segundo ele, a reunião era para decidir como o governo obteria maioria no Congresso. Miro disse, sem usar o termo mensalão, que venceu a posição "orçamentária", de comprar o apoio dos parlamentares, contrariando os votos dele e de Palocci.

Miro Teixeira não renunciou, não pediu o afastamento de Lula e foi conivente com tudo. 

Este é o homem que agora quer o afastamento de Cunha. 

Leia a reportagem e cheque tudo por conta própria. O material é da Folha de São Paulo.

Decano da Câmara, em seu 11º mandato, o deputado federal Miro Teixeira (Pros-RJ), 70, afirma que não há possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas diz que o mesmo não vale para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Definida a responsabilidade penal, eu penso que ele [Cunha] deve ser afastado da Presidência da Câmara, em primeiro lugar. Mas seria útil se ele renunciasse."
Na sexta (17), Cunha anunciou rompimento com o governo após um dos investigados na Lava Jato, o lobista Julio Camargo, ter denunciado que o peemedebista lhe pedira US$ 5 milhões em propina.
Miro comparou Cunha ao ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, que renunciou após denúncia de recebimento de propina, em 2005.

Folha - Recaem suspeitas hoje sobre a presidente da República, o presidente do Senado e o presidente da Câmara. O Brasil vive seu pior momento político na história?
Miro Teixeira - Não. As suspeições surgem da apuração que a democracia permite dos fatos. Isso indica que estamos caminhando para bons momentos. Os piores momentos são os da prática da corrupção. Da revelação, não. Da apuração, não. Da punição, não.
O Brasil melhora após todos esses escândalos?
Sai mais forte.
O Congresso sai mais forte?
Depende do que o Congresso fizer. Se você resolve uma crise bem, você sai mais forte. Se você acaba cúmplice dos que geraram a crise, aí a instituição perde.
Uma Câmara com Eduardo Cunha presidente sai mais forte?
Eu não votei no Eduardo Cunha. Enquanto houver acusações contra ele, a ele deve ser dado todo o direito de defesa. Definida a responsabilidade penal, eu penso que ele deve ser afastado da Presidência da Câmara, em primeiro lugar. Mas seria útil se ele renunciasse ao mandato.
Depois do trânsito em julgado (quando não cabe recurso)?
Não precisa do trânsito em julgado. A Lei da Ficha Limpa, por exemplo, não exige o trânsito em julgado. Então eu penso que, no exercício da direção dos poderes, o rigor político deve ser superior ao rigor da lei. Recebida a denúncia, começa o processo.
Em que momento o Congresso deveria, então, avaliar se Eduardo Cunha tem ou não condição de presidir a Casa?
A questão é a convicção política da impossibilidade de continuar. Assim como Severino Cavalcanti, que não tinha condição de continuar presidente da Casa.
Cunha pode chegar à mesma situação do Severino?
Pode, pode.
Eduardo Cunha é um bom presidente da Câmara?
Aí depende de gosto. Eu acho a pauta dele ruim. Mas ele tem trazido muitos projetos para votação.
A forma como ele lida com a pauta de votações é boa?
Absolutamente combinada com o colégio de líderes. É preciso que isso seja dito com todas as letras. Não é arbitrária.
Mas e a oposição?
Não há oposição. Hoje não existe nem oposição à Dilma nem à Presidência da Casa. E isso é muito ruim para o país. Uma boa oposição permite ao governo fazer um enfrentamento de ideias.
Hoje o Executivo não tem essa troca?
O Brasil é outro a partir do mensalão. O Lula, daqui a 30 anos, será visto como Getúlio Vargas é visto em termos históricos, como grande personalidade. Acho que o Fernando Henrique também será, pela questão da estabilidade da moeda. Ele tem uma marca. O Lula também tem uma marca. Ele melhorou a vida do trabalhador. Qual o problema? Ele caiu em tentação. Aquilo que é uma prática que não foi ele que inaugurou, a do "é dando que se recebe".
Em que tentação ele caiu?
O que eu presumo, e tenho minhas razões para presumir... Janeiro de 2003 foi um mês de debates, de como fazer maioria no Congresso. Houve uma reunião em janeiro. Havia quem dissesse que a maioria poderia ser em torno de projetos. E havia quem dissesse que "aquele Congresso burguês" poderia ter uma maioria organizada por orçamentos. Essa tendência dos que quiseram organizar pelo orçamento foi vitoriosa.
José Dirceu estava nessa reunião?
Eu não vou nominar. Há uma coisa que eu devo falar. O Palocci se debateu muito para se trabalhar pelos projetos, dizendo que o PSDB, sem dúvida, apoiaria.
Qual outro nome importante do governo estava na reunião?
Não vou falar. Teve quatro pessoas presentes.
O Lula estava nessa reunião?
Não se deve citar nomes. A revelação que posso fazer é essa.
Falar em impeachment hoje é golpe ou é um legítimo instrumento democrático?
Falar, podemos falar. Agora, não existe elemento de qualquer espécie que indique violação da lei que define crimes de responsabilidade. Consequentemente, não há possibilidade de se iniciar um processo de impeachment. Eu digo peremptoriamente, não há possibilidade.
Em tese, doação ilegal para a campanha da presidente da República não seria crime de responsabilidade?
Você pode ter outras tipificações. Crime de responsabilidade, não. Qual o pressuposto da responsabilidade? É o conhecimento da ilegalidade da origem. Se você não tem o conhecimento da ilegalidade da origem, você não é responsabilizado como candidato. Se houve contrapartida –"resolve esse negócio lá na Petrobras que você leva tanto"–, aí a doação tem a aparência de legalidade, mas ela não é legal.
Não é o caso hoje na Lava Jato, segundo os delatores, de doação ilegal para a campanha da presidente?
Vamos admitir como verdade [o que disseram os delatores]. Se o candidato não tinha conhecimento, se ele não colaborou para a prática desse ato, ele não pode ser responsabilizado.
E se o tesoureiro desse candidato sabia?
Aí tem um processo. E os advogados precisam trabalhar. Isso ainda está em fase de investigação. Se prosperar, contamina presidente e vice-presidente da República.
Dilma termina o mandato?
A interrupção involuntária do mandato não acontecerá, porque a Dilma não tem na testa o estigma da desonestidade. Eu não gosto do governo da Dilma, penso que é uma frustração o que o Brasil está vivendo. Mas também não gosto do oportunismo, como isso é tratado, porque faz mal ao país.
A eleição de Eduardo Cunha para presidente da Câmara pode ser classificada como subproduto da fraqueza da presidente Dilma?
Eu digo que não, porque não é desejável que seja. Não é desejável que o Poder Executivo influencie na eleição do Poder Legislativo.
*Cunha rompeu com o governo. Que instrumentos o presidente da Câmara tem para acuar o Plana*lto?
Acho que ele não tem instrumento nenhum. E em uma circunstância desse tipo, eu acho que a Dilma vai agradecer. Porque obviamente o governo não é responsável pela Lava Jato, o governo está sendo escarnado pela Lava Jato.


5 comentários:

Anônimo disse...

Somos ou nao somos um pais CHINELO !!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

CONVERSA AFIADA

Melo chama Gilmar pelo nome: conspirador !​

Qual senador do PT pedirá o impeachment do “republicano” ? Delcídio ? – PHA

O Conversa Afiada reproduz artigo destemido e afiado de Ricardo Melo na Fel-lha (ver no ABC do C Af).

Foi Ricardo quem recuperou a palavra “esculhambação” para definir a situação que este Conversa Afiada descreveu em “Golpe é isso que está aí !”.

(Sobre o senador do PT que pediria o impeachment de Gilmar, o Conversa Afiada escalaria, se pudesse, o delcidio … )

Ao Ricardo (bravo !) Melo:

Conspiração não entra em recesso

Esta Folha (14/07) noticiou um fato da maior gravidade. Na residência oficial da Presidência da Câmara dos Deputados, o chefe da Casa, Eduardo Cunha, dividiu o “breakfast” com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o impagável Paulinho da Força, do partido Solidariedade. Além de guloseimas habituais, constou do cardápio nada menos que o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Boquirroto como sempre, Gilmar confirmou o debate sobre o assunto. “Ele [Cunha] falou dos problemas de impeachment, esses cenários todos”. Perguntados pela reportagem, Paulinho da Força e o presidente da Câmara tergiversaram, sem convencer. O texto afirma que o deputado do Solidariedade especulou que a derrubada da presidente (pois é disso que se trata) supõe um acordo entre Eduardo Cunha, o vice Michel Temer, Renan Calheiros, chefe do Senado, e o presidente do PSDB, Aécio Neves.

Se isto não é conspiração, é bom tirar a palavra do dicionário. Que diabo pode representar a reunião entre o terceiro nome da linha de sucessão do Planalto, um ministro da mais alta corte da Justiça e um parlamentar adversário obsessivo do governo –os três para discutir a deposição de uma presidente eleita?

A qualidade dos interlocutores dissipa dúvidas. A capivara é geral. O presidente da Câmara, de currículo mais do que suspeito, foi acusado de embolsar milhões de dólares em negociatas. O ministro Gilmar, dono de um prontuário de atitudes controversas, é conhecido por travar o fim do financiamento empresarial nas eleições.

A presença de Paulinho da Força mostra-se tão exótica quanto reveladora. Exótica porque se desconhece, pelo menos em público, qual credencial do insignificante Solidariedade para participar no colóquio. A contribuição mais relevante da legenda vem sendo a de responder “impeachment” a qualquer questão do cenário político.

Reveladora quando se sabe que o ex-sindicalista protagoniza vários processos e membros do seu grupo estão enrolados até o pescoço na Lava Jato. Detalhe: o partido destacou-se como o único a soltar nota de solidariedade, sem trocadilho, ao pronunciamento destemperado de Eduardo Cunha após ser acusado de beneficiário da corrupção. Nem a legenda dele, PMDB, atreveu-se a tanto.

Nesse clima, nenhum recesso parlamentar coloca tropas em descanso. A coisa é bem maior. Na verdade, a conspiração sempre prefere trabalhar à sorrelfa. Limites constitucionais, veleidades jurídicas e direitos elementares mais atrapalham do que ajudam num cenário de vale tudo.

As denúncias contra o ex-presidente Lula trazem novo exemplo. Vão das baixarias das “nove digitais” esgrimidas num documento tucano até acusações de… ajudar a expandir negócios do Brasil no exterior quando já havia deixado o cargo público! Por causa disso, Lula virou alvo de ação estimulada por um procurador notório pela campanha nas redes sociais contra o PT; e por outro que tem mais de 200 ocorrências de negligência no exercício da função. Já a fundamentação judicial nem zero tiraria em redação de vestibular.

Quem vai assumir a responsabilidade por tanta irresponsabilidade? A sensação é a de um conjunto de forças sem liderança. Sua única bandeira parece ser Delenda est PT. Em torno dela, cada um opera a seu bel prazer –Sergio Moro, Rodrigo Janot, procuradores excitados, Polícia Federal desgovernada, parlamentares paroquiais– tudo isso diante de um governo entre atônito e preocupado, mas sem iniciativa face à degradação das condições de vida da maioria. Cabe lembrar: nem sempre do caos nasce a ordem.

Anônimo disse...

Editor faltou dizer que ele foi filiado a seu partido quando ministro das comunicações o PMDB e que a entrevista se refere ao orçamento que sempre foi balcão de negocios com a liberação de emendas parlamentares e nada a ver com o mensalão.le falta dignidade para chupar e interpretar as materias dos colegas jornalistas deturpador de materias de colegas e isto que se diz na midia gaucha e ja nacional sibre sua senhoria.

Anônimo disse...

Se o Dep Miro Teixeira disse que confessa, então ele foi comprado, portanto réu confesso e deve ser cassado. Até porque ele fala por ele, não pelo lula, nem pelo governo e nem por outros deputados. Por enquanto a única coisa concreta e PROVADA é que a PEC da Reeleição de FHC, do PSDB foi compradA, até porque teve Deputados cassados, ou tom mentindo?

Anônimo disse...

Precisamos escorraçar da política nacional sujeitos como esse Miro. Dissimulado, peçonhento como é prática do pior que temos no cenário nacional. A palavra de ordem, hoje é: BRASIL. Fora o lixo, o esgoto que transita atrás de votos, que gosta da penumbra dos acertos que visam reeleições e conta bancária. Fora seus cúmplices e apoiadores. FORA, ratos!

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