O secretario gaúcho da Fazenda, Giovani Feltes, já tem há algum tempo sobre a mesa todos os dados a respeito da dívida de contribuintes com o fisco.
São R$ 35 bilhões, o equivalente a um ano e meio de arrecadação do ICMS, 5 vezes mais do que o total do déficit previsto para este ano.
A maior parte é dívida imprestável.
Ela se arrasta há anos.
Rigotto, Yeda e Tarso, os últimos governadores, fizeram de tudo e não conseguiram recebê-la.
Os constantes Refis são tentativas frustradas de resolver o imbroglio.
Acontece que do total dos R$ 35 bilhões, R$ 8 bilhões não são créditos podres. - e 85% deles estão ainda na esfera administrativa.
O secretário da Fazenda e o governo resistem a um novo Refis, exatamente porque o recurso tem oferecido poucos resultados.
E oferece poucos resultados porque as condições não correspondem à capacidade de pagamento dos devedores.
Sem dinheiro nem para pagar a Folha, o secretário Giovani Feltes precisa usar de coragem, velocidade e inteligência para botar imediatamente o dinheiro no bolso, zerando a cobrança de juros e multas, mantendo a correção e parcelando tudo em 20 anos, desde que garanta entrada de pelo menos 20% do valor. Acertadas as contas com os credores, é o caso de negociar o saldo com a banca.
A burocracia resiste a soluções heróicas como esta, mas problemas heróicos exigem soluções heróicas.
E imediatas.
O governo já perdeu 4 meses e só produz soluções previsíveis.
Algo parecido o editor fez em setembro de 1988, quando o então prefeito Alceu Collares enfrentou dramática crise financeira criada por ele mesmo e a ex-secretária da Fazenda, Dilma Roussef. Em menos de 30 dias entrou todo o dinheiro previsto. Em 1988, a inflação foi de 980%. Isto mesmo: 980%.
9 comentários:
Não vai cobrar nada dos sonegadores, porque?, nossos deputados estaduais e inclusive o governador receberam milhões dessas empresas privadas para suas campanhas para se eleger, dai ja fica aquele compromisso promisquio, eu ajudo voce a se eleger mas alivia o meu lado com o fisco.
E n T e N d I d O!
Está ai o desenho para a saída legal e de direito do Estado do RS!! Deitar esforços em cima dessa via de recursos consagrados é melhor do que esperar qualquer gesto positivo do Governo Federal!!
Na verdade deve ser cobrado judicialmente, e espera-se que o judiciário gaúcho, que também será afetado pela crise, faça sua parte também. A maioria são caloteiros, não pagam porque não querem. Nada de refis e suas inúmeras regalias. E o Estado, diga-se Secretaria da Fazenda, deve ser mais atuante para que o bolo não cresça. Esses refis fazem com que o mau pagador espere o próximo parcelamento, para poder tirar certidão negativa e participar de licitações, e depois não paga mais. Chega de ajudar o mau pagador. Se querem aplicar medidas justas que implementem desconto para o que paga em dia.
vendam esta divida para os bancos ou fundos de investimentos com um belo deságio ,limpem a casa e os bancos e investidores que compraram o risco que tratem de cobrar.
entrara mais grana no caixa pro funcionalismo e inativos e pra aumentar o legislativo e judiciário.
Tem que aumentar o salário dos funcionários públicos ,o pessoal da fazenda tem que ganhar uma bolsa Miami para descansar deste trabalho estressante e aqueles que pagam seus impostos em dia tem que se aumentar a carga tributária , pois de outra maneira é difícil manter as mordomias e os privilégios da casta publica.
Se não quiserem pagar mais impostos que o estado os declare escravos e confisque seus bens ...
NERO Gaudério
Com esses 8 Bi - por exemplo - dá pra quitar todos os precatórios !
Sobra dinheiro !
Tem e que achar mecanismo que não permita a sonegaçao e puniçao aos devedores como acontece ao contribuinte que ao nao pagar suas dividas seu nome vai ao Serasa e SPC o que nao ocorre com o sonegador que continua livre leve e solto.
Aumentar a fiscalização nos estabelecimentos comercias. Existe bastante sonegação. Com frequencia não recebemos nota fiscal no ato da compra.
Receber nota fiscal nao representa que o comerciante enviou o recurso ao governo ou seja ele remete o valor que quiser as vezes nada.
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