Costa, delator do Petrolão, avisa que propinas pela compra de Pasadena chegaram a US$ 30 milhões

Em depoimento de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) em setembro do ano passado, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa (foto ao lado de Pasadena) disse que recebeu US$ 1,5 milhão do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, "para não causar problemas" na reunião da estatal em foi aprovada a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O acesso aos termos do depoimento foi liberado pela Justiça Federal em Curitiba. 

A reportagem é da Agência Brasil. Leia tudo:

Costa relatou aos investigadores que foi procurado por Fernando Baiano e aceitou receber o valor, que foi pago no exterior. Ele disse acreditar que a quantia tenha sido disponibilizada pela Astra Petróleo, proprietária da refinaria. Segundo ele, havia boatos dentro da Petrobras de que “o grupo de [Nestor] Cerveró [ex-diretor da Área Internacional], incluindo o PMDB e Baiano, tenha dividido algo entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões, recebidos provavelmente da Astra”.
  
Paulo Roberto Costa confirmou que a “necessidade de repasses para grupos políticos, especificamente PP e PT”, também ocorria na Diretoria Internacional, comandada na época por Cerveró. Nesse caso, segundo Costa, Fernando Baiano atuava como o operador que “cuidava de viabilizar a entrega de parte devida ao PMDB".

O delator também afirmou que, a partir de 2008 ou 2009, a cobrança de propina da Construtora Andrade Gutierrez passou a ser feita por Fernando Baiano, e não mais pelo doleiro Alberto Youssef.

Todos os partidos citados negam que tenham se beneficiado da cobrança de propina na Petrobras.

Em julho, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa com a compra da Refinaria de Pasadena.


O maior montante, de US$ 580,4 milhões, deverá ser devolvido por membros da Diretoria Executiva da Petrobras, que aprovaram a ata de compra da refinaria, entre eles o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, além de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que delator mentiroso e modesto!
Ele está deixando o lucro dele pelo roubo fora para mais tarde ficar "numa boa" com o produto do roubo. Vamos "valorizar" a proeza do modesto artista e atirar o valor em 10 vezes o que ele falou.
Arredondando, 500 milhões de dólares.

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