Maior bancada suprapartidária do Congresso Nacional, os
ruralistas aumentarão em 33% na próxima legislatura, segundo estimativa
da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O grupo, que conta hoje com
205 deputados e senadores, deve chegar a 273 e já definiu sua prioridade:
aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, que transfere
para o Legislativo a decisão sobre a demarcação de terras indígenas.
. A reportagem a seguir é de Cristiano Zaia e Raphael
Di Cunto, publicada pelo jornal Valor. Leia:
. Na Câmara dos Deputados, onde a FPA conta com o
apoio de 191 parlamentares, a bancada vai atingir maioria absoluta: 257
representantes do agronegócio, contra 256 deputados não-ruralistas. Embora
apenas 30 sejam realmente atuantes, o grupo costuma se unir em pautas de
interesse dos produtores rurais, como o Código Florestal, em 2011, na maior
derrota do início do governo Dilma Rousseff. No Senado Federal, o
percentual é menor, mas o grupo aumentará de 14 senadores para 16.
O balanço foi feito pela FPA com base no número
de parlamentares reeleitos e nos de primeiro mandato que têm perfil ligado ao
setor e já declararam presença na bancada. Segundo o presidente da frente,
deputado Luís Carlos Heinze(PP-RS), 139 ruralistas foram reeleitos e 118
novatos já assinaram adesão ao grupo.
. O tema é sensível para os ruralistas e também na eleição
presidencial. Entre as condições que Marina Silva (PSB) estuda impor
a Aécio Neves (PSDB) para apoiá-lo no segundo turno está o
comprometimento contra a PEC 215. O tucano ainda não respondeu, mas o tema
já move a bancada, mesmo entre seus apoiadores. "Não acredito que ele
[Aécio] vai aceitar esse compromisso, mas se assumir não vamos respeitar a
decisão dele nessa questão", afirmaColatto.
Um comentário:
A politica indigenista deve ser de Estado e nao de governos de plantao que estao apenas de passagem.
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