O impasse quanto à liberação das cargas de calçados
brasileiros para entrada na Argentina segue trazendo dor de cabeça aos
exportadores. Conforme mais recente levantamento da Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados (Abicalçados), 381 mil pedidos seguem sem liberação para
entrar no país vizinho. O prejuízo imediato é de US$ 6 milhões. A boa notícia é
que desde fevereiro, quando foram cancelados mais de 400 mil pedidos, a
velocidade das concessões das licenças vem aumentando. De acordo com o
levantamento, em 2014 foi liberado um total de 310 mil pedidos.
. Segundo avisou ao editor nesta quinta, o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor
Klein, diz que existe uma base de entendimento firmada entre o governo brasileiro e
argentino, porém com resultados ainda insuficientes. No final de abril, os
governos assinaram protocolo de intenções para garantir maior fluidez do
comércio bilateral.
Entenda o caso
Desde 2012 o governo de Cristina Kirchner, como uma
tentativa de controlar o déficit da balança comercial com o Brasil, busca,
através da exigência das Declarações Juramentadas Antecipadas de Importações
(DJAIs), travar as importações de produtos brasileiros. O documento, que não é
previsto no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), faz com que a
entrada dos produtos brasileiros atrase, em alguns casos, mais de 200 dias. Uma
pesquisa realizada pela Abicalçados apontou que quase 40% dos associados que
exportavam para o país vizinho desistiram dos negócios por conta da
imprevisibilidade. “É uma perda muito relevante, levando em consideração que a
Argentina era, até o ano passado, o segundo principal destino dos calçados
brasileiros”, lamenta Klein. Entre janeiro e abril deste ano, as exportações de
calçados brasileiros para lá já caíram 45%, em dólares, no comparativo com
mesmo período do ano passado (de US$ 36,3 milhões para US$ 20 milhões). O
resultado fez com que a Argentina caísse do segundo para o quarto posto entre
os destinos do calçado verde-amarelo. Outra queixa corrente dos calçadistas é
que, ao passo que as importações argentinas de calçados brasileiros caem,
aumenta a entrada de produtos chineses no País. No quadrimestre as importações
argentinas de calçados do restante do mundo, notadamente da China, aumentaram
16% (de US$ 44,6 milhões para US$ 52 milhões). Conforme a entidade calçadista,
de 2010 para 2013 a participação das importações de calçados brasileiros caiu
de 60% para 29% na Argentina. “O nosso espaço foi tomado pela China”, conclui
Klein.
9 comentários:
Esses calçados até já saíram de moda!
Cadê o MERCOSUL? Fala sumido Sgarbi. Enquanto isso, continuamos comprando dos argentinos. Temos que fazer campanha de esclarecimento nas redes sociais mostrando essa sacanagem dos hermanos e incentivando a não comprar produtos argentinos. Como dizia o saudoso cacique bahiano, Toninho Malvadeza, isso aí é o MERDOSUL.
eita novela que nao acaba!!!
Os bolivarianos são mui amigos..............................................................................................................da onça.
Infeliz de quem precisa negociar com argentino, principalmente os portenhos. Os ex europeus sul americanos, estão na maior pindaíba, mas não perdem a pose. Quem quiser ter prejuízo é só comprar um argentino pelo que ele diz que vale e depois vende-lo pelo que realmente ele vale. Vai ter que devolver dinheiro ao comprador.
A estas alturas que se ferrem estes fabricantes de calcados!!! Na boa, todo ano e' esta estoria quando vao aprender e deixar este pais de lado e procurar outros mercados??? Ja e' ridiculo isto.
como podem um empresariado ser tao ingenuo ? todo os anos eles caem no mesmo conto do vigario.
Até quando o governo vai se fazer de morto?
Cabe a nós,cidadãos não irmos a Argentina,deixar Bariloche as moscas no inverno,deixar de comprar os vinhos argentinos,enfim nós fazermos aquilo que o governo deveria fazer.Nossos produtos não podem entrar lá então nós também não vamos consumir os produtos deles.
Gostaria de registrar o meu protesto contra as práticas comerciais e as barreiras alfandegárias adotadas pela Argentina,aonde vez ou outra muda as regras do jogo e, o governo brasileira sempre indolente em suas ações, nada faz pra impedir esse tipo de abuso.O governo brasileiro teria a obrigação de aplicar uma maior taxação aos produtos importados da Argeninos. Outra medida que deveria ser adotada e com certeza afetaria e muito a economia Argentina seria o boicote ao turismo aquele país.
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