PREVENÇÃO
O PULO DOS BOMBEIROS
Software modifica relação do quartel com a comunidade e
impulsiona liberação de alvarás e vistorias. Sigpi está sendo implantado em
todo o Rio Grande do Sul e desperta interesse de europeus.
Caxias do Sul – O nome é extenso, mas a finalidade é
encurtar trâmites. O Sistema Integrado de Gestão da Prevenção de Incêndio
(Sigpi) está prestes a celebrar seis anos com chances concretas de ganhar o
mundo. Não é exagero. Apesar da pouca idade, o Sigpi, software genuinamente
caxiense, ganhou o aval do comando do Corpo de Bombeiros e está implantado em
praticamente todo o Rio Grande do Sul. O programa ganhou velocidade graças às
características comuns a qualquer software bem sucedido: rapidez, simplicidade,
confiabilidade e aplicabilidade. Agora, o Sigpi está na mira da Alemanha, da
Holanda e de alguns Estados brasileiros.
O Sigpi previne incêndios e desburocratiza sobremaneira o
caminho para que qualquer construção minimize ao máximo o risco de sinistros.
Funciona assim: o cidadão comparece ao Corpo de Bombeiros com as dimensões da
futura ou atual área, o risco, o tipo de ocupação, altura da construção e os
objetivos do empreendimento. O bombeiro digita as informações no computador e,
de pronto, o Sigpi fornece todas as providências que o engenheiro deverá adotar
para enquadrar o projeto às normas oficiais de segurança. O software detecta
exatamente o ponto em que é necessário um extintor, uma escada de fuga, uma
porta de emergência. O ganho é geral. Ganham os bombeiros, que fornecem
informações precisas em tempo recorde, e ganha a cidade, que ergue construções
respeitando as regras da boa prevenção.
Antes do Sigpi, era comum engenheiros e arquitetos
sofrerem com a burocracia e terem o plano de prevenção contra incêndios (PPCI)
reavaliado por inconformidade com as normas. A recusa obrigava-os a desenvolver
outro PPCI e a retornar aos bombeiros para nova apresentação. A segunda visita
nem sempre era definitiva. O quartel, reconhece a chefia do 5º Comando Regional
do Corpo de Bombeiros (5º CRB), funcionava semelhante a um cartório, com pilhas
de papéis e pastas versando sobre construções e inspeções. Vigorava o estresse:
o responsável técnico ficava numa situação ruim entre sua criação, os
bombeiros, a prefeitura e outros órgãos. Nesse vaivém, tempo, dinheiro e
paciência escorriam pelo guichê do “cartório”.
– O que acontecia é que, antes, ficávamos reféns da
planta e de toda a burocracia do antigo método. O que nos interessa é a
segurança, com a efetiva instalação dos sistemas prevencionistas – avalia o
subcomandante do 5º CRB, major Ricardo Vallejos França.
Um exemplo do antes e depois do Sigpi: entre 1º de
janeiro e 30 de setembro de 2005, os bombeiros de Caxias aprovaram 283 planos
de obras. Depois do programa, entre 1º de outubro e 31 de dezembro daquele
mesmo 2005, houve aprovação de 2.083 projetos, aumento de 1.007%. A eficiência
não se dá apenas na aprovação de projetos de engenharia. Exemplo: nos oito anos
anteriores ao Sigpi, entre 1997 e 2005, 15% dos prédios da cidade foram
inspecionados. Em tempo muito menor, de 2005 a 2007, todos os prédios foram visitados
pelos bombeiros.
Os dados exibem um paradoxo anulado pelo software: as
vistorias cresceram enormemente numa região cuja população inchou, tudo com
menos efetivo. Ainda assim os sinistros, também paradoxalmente, não explodiram
(veja quadros).
– No dia a dia, o que menos fazemos é combater incêndios
– revela França.
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3 comentários:
Quando o mensalão foi escancarado ao publico, o embusteiro do Tarso promovia aos 4 cantos a tese de refundacao do PT.... Pois bem Tarso, agora tens a oportunidade de fazer algo no beneficio da populacao e refundar o corpo de bombeiros que, urgentemente, carece de eficiência e qualidade, mas principalmente de coragem para salvar jovens gaúchos.
A tragédia de Santa Maria será lembrada pra sempre como a da infâmia dos bombeiros da Brigada Militar. Quem salvou vidas foram jovens que entraram varias vezes na arapuca maldita da Kiss, não os bombeiros.
Pela expulsão dos "comandantes" incompetentes e arrogantes dos bombeiros (quanta besteira a gente teve que ouvir desses botocudos esta semana).
Tem lugar que botam fogo todos os dias, fazem as vistorias em dupla, e nunca determinam a colocação de uma saida de emergencia! O MOTEL.
O meu! Um aplicativo é apenas um aplicativo que não se aplica ao fogo.
Tem aí uma aplicativo para os morros em demorramento do Rio de Janeiro?
Esse assunto realmente me preocupa e tem muitos pontos obscuros. Se integrado à polícia ostensiva deve ter orçamento próprio. De quanto é tal orçamento? E do mesmo quanto é de fato aplicado na instituição?
Considerando que o Prefeito de Santa Maria afirmou semana passada que aquela cidade arrecada anualmente UM MILHÃO DE REAIS cobrando Taxa de Bombeiros e repassa todo esse valor aos bombeiros pergunto quem fiscaliza e como é gasto esse dinheiro?
Acabo de ver no carnê do IPTU de nossa casa em Taquara que pagamos R$ 69,72 a título de Contribuição de INCÊNDIO, acreditem, pois esse o título. Vou saber quanto Taquara arrecada anualmente. Quero respostas tendo em vista que circula muito dinheiro para bombeiros atraves de Prefeituras e desconheço se há prestação de contas.
Há nisto tudo um cheiro nada agradável e penso que alguém possa estar tirando vantagem. Vou buscar saber tenham a certeza.
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