- O
ufanista anúncio sobre o investimento de R$ 5 bilhões da Celulose Riograndense,
seguiu-se ao também ufanista anúncio de que o PIB do RS explodirá no ano que
vem. O leitor deve ficar prevenido sobre os factoides emanados do Piratini. O
investimento da Celulose Riograndense é recorrente e antigo. No caso do PIB, o
anúncio coloca em segundo plano o desastroso desempenho do PIB deste ano, que
mostrará a economia gaúcha mergulhada em completa recessão. Este ano, o PIB
recuará espetaculares 2%.
Anunciado pela enésima vez como um presentão de
Natal da Celulose Riograndense ao RS, o investimento de R$ 5 bilhões previsto
para o complexo que envolve a produção de celulose no município de Guaíba, RS,
produziu algumas informações ufanistas totalmente irrealistas e desnecessárias,
porque o empreendimento em si mesmo dispensa este tipo de discurso.
. O
editor vai por partes, como dizia Jack, o Estripador:
Melhor que a Ford –
Somente análises obtusas podem comparar um complexo automotivo com um complexo
de produção de celulose. Um está muito mais para as modernas indústrias
dinâmicas, enquanto que o outro inclui-se no rol das indústrias tradicionais.
Este tipo de análise apenas busca desculpar o tremendo prejuízo causado ao RS
pelo governo Olívio Dutra, quando mandou a Ford embora e impediu a mudança
definitiva do paradigma da economia gaúcha, que passaria da idade da pedra
lascada industrial para patamares modernos.
Arrecadação - Especialista em
contas públicas, o economista Darcy Carvalho dos Santos manifestou escândalo
diante das notícias desta sexta-feira, segundo as quais o investimento de R$ 5
bilhões anunciado pela enésima vez nos últimos seis anos pela Celulose
Riograndense em Guaíba, RS, renderia R$ 1,4 bilhão de ICMS, representando um
incremento de 13% na arrecadação. Ensina o economista que em primeiro lugar a
arrecadação do ICMS é R$ 22 bilhões, de que 13% é mais que o dobro, R$ 2,9
bilhões. Em segundo lugar, há incentivos e a produção é destinada a exportação,
onde ocorre isenção. E mesmo que tudo fosse tributado, seria necessária uma
arrecadação de R$ 8,2 bilhões anuais, quase duas vezes o valor dos
investimentos.
. Não se sabe se as restrições à aquisição de terras para
novos reflorestamentos e as restrições ambientais permitirão que a Celulose
Riograndense complete mesmo seus planos ou adie tudo novamente.
- Fotos
igualmente sorridentes em vésperas do Natal, por conta de anúncios anteriores
semelhantes, foram disparados pelos ex-governadores Germano Rigotto e Yeda
Crusius.
7 comentários:
CADE A FABRICA DE ELEVADORES?????
Grande Políbio!
Um anúncio deste porte, é claro que deixa nervosos os que torcem contra o Rio Grande
É o governo AVATARsado. Esses petralhas são tudo um bando de nefelibatas.
Segundo o Dicionário Aurélio Nefelibata é..........
Seria interessante que você, Políbio, mostrasse o que a GM significa hoje para a economia do RS e de Gravataí. (Quantos bilhões de impostos, quantos empregos diretor e indiretos, qual a importância da GM na economia de Gravataí, etc)
Ainda vejo alguns imbecis petistas dizendo que a Ford não faz falta nenhuma para o Estado.
Já vi alguns alegarem que a Ford iria receber incentivos por alguns anos e não pagaria impostos. (Mas isso também aconteceu com a GM no início e hoje ela paga bilhões aos cofres públicos). Então, por esta ótica petista, é melhor ficar sem fábrica nenhuma do que dar um incentivo para a sua instalação.
E o pior de tudo é que eles acreditam nisto mesmo; não é só discurso de esquerdista burro.
É que o secretário do Olívio - o Zeca não lembro mais o nome, mas acho que é Moraes - estava tão acostumado como secretário da SMIC a dar chá de banco em camelô de Porto Alegre - achou que os diretores da Ford iriam aceitar este tipo de tratamento.
Acredito que se o governo de Gravataí soubesse usar com saberia o dinheiro a mais que entra graças a GM a cidade seria quase um paraíso para se viver.
Se depender do jornaleiro, digo, editor, não fica nem uma empresa no RS, equanto o PT governar o Estado.
Bota olho grande nisso. Isso que o jornaleiro é catarina.
E a dor de cotovelo, heim...!
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