Artigo, Carlos Heitor Cony - Não sabiam de nada

- O jornalista e escritor Carlos Heitor Cony é ordinariamente alinhado com o PT e os governos do PT, mas diante das verdades que jorram a cada dia no julgamento do Mensalão, ele não parece ter alternativa e faz críticas cada vez mais severas aos bandidos que integraram a organização criminosa. O editor trabalhou com Cony no Correio da Manhã, Rio, nos idos de 1964, quando ele alimentou a esperança de milhões de brasileiros subjugados pela ditadura militar. Seu artigo "A revolução dos carangueijos" foi marcado da época. Leia o que ele escreveu neste sábado na Folha, página E12 (o texto disponibilizado aqui é publicado sob comando do editor, mas a versão completa está no link):
(...)
Na base de "que nada sabiam", o processo foi batizado de Ação Penal 470, contrariando o deputado Miro Teixeira que, salvo engano meu, foi o primeiro a falar em mensalão, termo negado veementemente pelos já citados suspeitos.
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Lembro que o argumento brandido pelos chefes que sobreviveram ao nazismo, era o mesmo: não sabiam de nada. A culpa pelo assassinato de milhões de pessoas foi atribuída a dois suicidas, Hitler e Himmler, este último o responsável historicamente pela "Solução Final" e aprovada com entusiasmo pelo seu chefe máximo. Diante da alegada negação dos piores crimes da Humanidade, inclusive do Holocausto, o juiz que presidia o julgamento fez exibir no plenário alguns documentários que até hoje nos horrorizam e frequentemente são exibidos nos cinemas e nas televisões de todo o mundo.
(...)
Mesmo assim, um dos réus principais, o todo-poderoso Göring, que depois de Hitler era o personagem mais importante daquele regime, negou a realidade das monstruosas cenas documentadas, dizendo que qualquer fotógrafo ou cinegrafista podia registrar cadáveres anônimos em diversos lugares do mundo.
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Numa palavra: tal como os réus do mensalão, eles não sabiam de nada, nunca tinham ouvido falar em campos de concentração e crematórios. O próprio Hermann Göring suicidou-se em sua cela, horas antes de ser enforcado.
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Somente um réu admitiu sua culpa no maior massacre da história. Foi o arquiteto oficial do regime, Albert Speer, amigo pessoal de Hitler, que escapou da forca mas foi condenado a 20 anos de prisão por ter aceito o cargo de ministro dos Armamentos, já no fim do regime.
(...)
. Mas o escândalo político-financeiro que o STF escancarou para todos nós, pode ser o primeiro sinal de que o mesmo Senhor, que abriu as torneiras para as águas do Dilúvio e providenciou o fogo para destruir Sodoma e Gomorra, decida mudar de nacionalidade e resolva ser cidadão das ilhas Papua.

CLIQUE AQUI para ler o artigo completo.

7 comentários:

Anônimo disse...

Cony é um grande romancista e um fabuloso cronista. Ponderado, simples, cético. O editor é prepotente, arrogante, maria-vai-com-as-outras. Não há comparação entre um e outro.

Gil Rikardo disse...

Cony é também um daqueles "comunas" que recebeu "bolsa-indenização" pelos serviços prestados contra a ditadura em favor da democracia (sic) e agora vem se penitenciar... Essa turma não tem jeito mesmo... pela-mor-deus...

Anônimo disse...

Faltou acrescentar aos fartos elogios que C.H. Cony tem a maior bolsa ditadura do país sem nunca ter sido impedido de trabalhar e acumular patrimônio na época da ditadura.

Faz parte do grupo dos velhinhos sem-vergonha como o Ziraldo, Jaguar e o principal delles - Luiz Ignorácio. Nunca ninguém encostou um dedo nelles, mas a bolsa ditadura veio gorda e patusca em seu benefício.

Sds

E.T.: devo acrescentar que o editor do blog não faz qualquer crítica ou elogio a C.H.C. Além do mais, dá crédito ao velhinho exxxperto.

Anônimo disse...

Cony é aquele que levou 1 milhão mais 20 mil mensais do bolsa ditadura ?
Ah, entendi que figura ponderada, simples estamos falando.

Mauro de Curitiba disse...

Beneficiário do Bolsa Ditadura, Cony é um bon vivant, às custas do meu, do seu, do nosso dinheiro. Os motivos alegados para conceder-lhe a Bolsa Ditadura são de um ridículo atroz. Quem merece admiração é o grande Millôr, que disse: "Eu pensei que era idealismo. Não sabia que era investimento" ... enquanto recusava o mimo. Viva Millôr. Abaixo Cony! Abaixo a Bolsa Ditadura!

Anônimo disse...

Cony é um grande romancista e fabuloso cronista. Ponderado,simples, cético. Mas está faturando 20 mil por mes como indenização do regime militar. Quem paga é o brasileiro comum, que não tem aposentadoria decente, serviço de saúde, educação, estradas etc. AGB

Anônimo disse...

Nota-se que tu não vais com as "marias" tu preferes uma besta comunista retrógrado como o Cony. Dá pena !! Vamos, assim, remando sempre para trás neste "mar de lama".

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