Nesta capa, Veja adiantou tudo. O que ainda falta para enfiar Lula na cadeia, fechar o PT e tirar Dilma do Planalto ? -
Se você quiser saber o que o chefe do Clube do Bilhão, Ricardo Pessoa, falou sobre Lula e Dilma para a PGR e o STF, leia esta reportagem de Veja, reportada pelo jornalista Reinaldo Azevedo no seu blog:
Se você quiser saber o que o chefe do Clube do Bilhão, Ricardo Pessoa, falou sobre Lula e Dilma para a PGR e o STF, leia esta reportagem de Veja, reportada pelo jornalista Reinaldo Azevedo no seu blog:
VEJA teve acesso ao conteúdo da delação premiada de
Ricardo Pessoa, homologada pelo ministro Teori Zavascki. É demolidor.
Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília,
Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu
propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de
dezoito figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que
a UTC doou dinheiro às campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com
ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma
ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais.
A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras
nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de
registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. O empreiteiro
delatou ao STF essas somas que entregou aos donos do poder, segundo ele,
mediante achaques e chantagens. Relatou que teve três encontros em 2014 com
Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro de Comunicação
Social.
Nos encontros, disse, ironicamente, ter sido abordado “de
maneira bastante elegante”. Contou ele: “O Edinho me disse: ‘Você tem obras na
Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir
com mais. Eu estou precisando”. A abordagem elegante lhe custou 10 milhões de
reais, dados à campanha de Dilma. Um servidor do Palácio chamado Manoel de
Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos (…).
Documentos entregues pelo empresário mostram que foram
feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de
2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de
outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do
valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições.
Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.
(…)
Retomo
Edinho, claro, nega. Será preciso agora saber quem é o
tal Manoel Araújo Sobrinho, que tem de ser convocado pela CPI nas primeiras
horas da segunda-feira. Ricardo Pessoa sempre foi considerado o homem-bomba do
caso, muito especialmente por Lula e pelo Palácio do Planalto. Ele é apontado
pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como o coordenador do “Clube do
Bilhão”. O nome é meio boboca, e duvido que tenha existido algo parecido. Mas é
inegável que ele exercia uma espécie de liderança política entre os
empresários.
Escrevi aqui umas quinhentas vezes que INSISTIR NA TESE
DO CARTEL CORRESPONDIA A NEGAR A NATUREZA DO JOGO. Empresas, quando se
cartelizam, fazem uma vítima do outro lado. Sim, as vítimas da roubalheira são
os brasileiros, é inegável. Mas, do outro lado da negociação com as
empreiteiras, estava a Petrobras, a contratadora única, que determinava os
preços, e no comando da empresa, a máfia que tomou conta do governo e impunha
as suas vontades.
Achque caneco
Máfia cachaceira
Quando falo em máfia, não forço a mão nem recorro a uma
figura de linguagem. Havia até senha secreta para entregar dinheiro aos
petistas, segundo Ricardo Pessoa. As palavras, nem poderia ser diferente,
referem-se, vamos dizer, ao universo alcoólico. Tudo compatível com um Poderoso
Chefão chamado “Brahma”. Leiam esta passagem da reportagem, em que o
empreiteiro conta como era entregue O DINHEIRO VIVO AO TESOUREIRO DA CAMPANHA
DE LULA, EM 2006.
Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, a UTC contribuiu
com 2,4 milhões de reais em dinheiro
vivo para a campanha à reeleição de Lula, numa operação combinada diretamente
com José de Filippi Júnior, que era o tesoureiro da campanha e hoje trabalha
como secretário de Saúde da cidade de São Paulo.
Para viabilizar a entrega do dinheiro e manter a
ilegalidade em segredo, o empreiteiro amigo de Lula e o tesoureiro do
presidente-candidato montaram uma operação clandestina digna dos enredos
rocambolescos de filmes sobre a máfia. Pessoa contou aos procuradores que ele,
o executivo da UTC Walmir Pinheiro e um emissário da confiança de ambos levavam
pessoalmente os pacotes de dinheiro ao comitê da campanha presidencial de Lula.
Para não chamar a atenção de outros petistas que trabalhavam no local, a
entrega da encomenda era precedida de uma troca de senhas entre o pagador e o
beneficiário.
Ao chegar com a grana, Pessoa dizia “tulipa”. Se ele
ouvia como resposta a palavra “caneco”, seguia até a sala de Filippi Júnior. A
escolha da senha e da contrassenha foi feita por Pessoa com emissários do
tesoureiro da campanha de Lula numa choperia da Zona Sul de São Paulo. Antes de
chegar ao comitê eleitoral, a verba desviada da Petrobras percorria um longo
caminho. Os valores saíam de uma conta na Suíça do consórcio Quip, formado
pelas empresas UTC, Iesa, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que mantém contratos
milionários com a Petrobras para a construção das plataformas P-53, P-55 e
P-63.
Em nome do consórcio, a empresa suíça Quadrix enviava o
dinheiro ao Brasil. A Quadrix também transferiu milhares de dólares para contas
de operadores ligados ao PT. Pessoa entregou aos investigadores as planilhas
com todas as movimentações realizadas na Suíça. Os pagamentos via caixa dois são
a primeira prova de que o ex-presidente Lula foi beneficiado diretamente pelo
petrolão.
Até agora, as autoridades tinham informações sobre as
relações lucrativas do petista com grandes empreiteiras investigadas na
Operação Lava-Jato, mas nada comparável ao testemunho e aos dados apresentados
pelo dono da UTC. Depois de deixar o governo, Lula foi contratado como
palestrante por grandes empresas brasileiras. Documentos obtidos pela Polícia
Federal mostram que ele recebeu cerca de 3,5 milhões de reais da Camargo
Corrêa. Parte desse dinheiro foi contabilizada pela construtora como “doações”
e “bônus eleitorais” pagos ao Instituto Lula. Conforme revelado por VEJA, a OAS
também fez uma série de favores pessoais ao ex-presidente, incluindo a reforma
e a construção de imóveis usados pela família dele. UTC, Camargo Corrêa e OAS
estão juntas nessa parceria. De diferente entre elas, só as variações dos
apelidos, das senhas e das contrassenhas. “Brahma”, “tulipa” e “caneco”, porém,
convergem para um mesmo ponto.
Vaccari pixuleco
Pixuleco
Leiam a reportagem da VEJA. Ao longo de 12 páginas, vocês
vão constatar que o país foi literalmente assaltado por ladrões cínicos e
debochados. João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT que foi objeto de um
desagravo feito pela Executiva Nacional do partido na quinta, depois de um
encontro de Rui Falcão com Lula, chamava a propina de “pixuleco”. Segue um
trecho.
O empreiteiro contou que conheceu Vaccari durante o
primeiro governo Lula, mas foi só a partir de 2007 que a relação entre os dois
se intensificou. Por orientação do então diretor de Serviços da Petrobras,
Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, Pessoa passou a tratar das
questões financeiras da quadrilha diretamente com o tesoureiro. A simbiose
entre corrupto e corruptor era perfeita, a ponto de o dono da UTC em suas
declarações destacar o comportamento diligente do tesoureiro: “Bastava a empresa
assinar um novo contrato com a Petrobras que o Vaccari aparecia para lembrar:
‘Como fica o nosso entendimento político?’”. A expressão “entendimento
político”, é óbvio, significava pagamento de propina no dialeto da quadrilha.
Aliás, propina não.
Vaccari, ao que parece, não gostava dessa palavra. Como
eram dezenas de contratos e centenas as liberações de dinheiro, corrupto e
corruptor se encontravam regularmente para os tais “entendimentos políticos”.
João Vaccari era conhecido pelos comparsas como Moch, uma referência à sua
inseparável mochila preta. Ele se tornou um assíduo frequentador da sede da UTC
em São Paulo. Segundo os registros da própria empreiteira, para não chamar
atenção, o tesoureiro buscava “as comissões” na empresa sempre nos sábados pela
manhã.
Ele chegava com seu Santa Fé prata, pegava o elevador
direto para a sala de Ricardo Pessoa, no 9º andar do prédio, falava amenidades
por alguns minutos e depois partia para o que interessava. Para se proteger de
microfones, rabiscava os valores e os porcentuais numa folha de papel e os
mostrava ao interlocutor. O tesoureiro não gostava de mencionar a palavra
propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha. Por pudor, vergonha ou por mero
despiste, ele buscava o “pixuleco”. Assim, a reunião terminava com a mochila do
tesoureiro cheia de “pixulecos” de 50 e 100 reais. Mas, antes de sair, um
último cuidado, segundo narrou Ricardo Pessoa: “Vaccari picotava a anotação e
distribuía os pedaços em lixos diferentes”. Foi tudo filmado.
Retomo
Aí está apenas parte dos descalabros narrados por Ricardo
Pessoa. E agora? Até havia pouco, parecia que o petrolão era fruto apenas de
empresários malvados, reunidos em cartel, que decidiram se associar a três
funcionários corruptos da Petrobras — tese de Dilma, por exemplo — e a alguns
parlamentares, a maioria de segunda linha, para roubar o país. Faltava o
cérebro dessa operação, que sempre esteve no Poder Executivo.
Eis aí. Nunca houve cartel. Eu estava certo! O depoimento
de Ricardo Pessoa — que não se deixou constranger pela prisão preventiva e que,
tudo indica, confessou o que quis, não o que queriam ele confessasse — REVELA A
REAL NATUREZA DO JOGO.
Ainda não terminei. Em outro post, vou chamar Rodrigo
Janot e o juiz Sergio Moro para um papinho sobre lógica elementar.
Leia na revista:
Achaque 15 milhões
Achaque Gim Argello
achaque Dirceu
achaque TCUAchaque Collor
Achaque Mercadante
.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Petrolão, Ricardo Pessoa, UTC
ShareShare on Tumblr
763 COMENTÁRIOS
21/05/2015 às 20:19
O HOMEM-BOMBA – Pessoa é a esperança de investigação
chegar ao Executivo
Um indivíduo provoca pesadelos no PT: Ricardo Pessoa, o
dono da UTC Engenharia, apontado pelo Ministério Público como coordenador do
suposto cartel de empreiteiras. Ele era também, até outro dia, amigão de Lula.
Consta que os meses que passou na prisão abalaram suas certezas sobre essa
amizade. E ele estaria disposto a falar. Vai depor na semana que vem, em
Brasília, depois de ter feito um acordo de delação premiada, que, por alguma razão,
demorou bastante a sair.
Pessoa já confessou doações ao PT feitas pelo caixa dois
e lavadas na forma de contribuições legais. Só em 2014, afirma, doou R$ 30
milhões a candidatos do PT. Contratou ainda os serviços da empresa de
consultoria de José Dirceu. À diferença de alguns outros empreiteiros, que já
andaram conversando, ainda que indiretamente, com seus antigos parceiros — sim, eu me refiro aos petistas —, consta
que o dono da UTC anda refratário a qualquer tipo de aproximação. Verdade ou
não, veremos com o andamento dos fatos.
Consta que Pessoa vai entregar políticos que participaram
da lambança. Haverá ainda personagens a revelar? E isso me dá a oportunidade
de, mais uma vez, lhes propor uma reflexão.
Vocês já atentaram para a lista de políticos oficialmente
enrolados no petrolão? Com todo o respeito e ressalvando-se uma exceção ou
outra, trata-se de uma coleção de mediocridades. Alguns deles não devem ter
influência nem no condomínio em que moram. Sim, há gente graúda, como o senador
Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respectivamente
presidentes do Senado e da Câmara. Mas, reitero, são casos excepcionais. E a
ironia das ironias: os investigados mais graduados são… peemedebistas, não
petistas.
O que estou a dizer, em suma, é que sempre me causa
estranheza que um escândalo dessa magnitude tenha como protagonistas apenas
empreiteiros, figuras do Legislativo e ex-diretores da Petrobras. Sim, há um
peixão petista: João Vaccari Neto. Mas para por aí. Cadê o Poder Executivo
nessa história?
É simplesmente impossível que esquema criminoso tão
azeitado não estivesse obedecendo a um comando político ao qual, certamente,
toda aquela gente se subordinava. Quem sabe Pessoa seja a esperança de se
chegar, vamos dizer, ao mandante dos mandantes.
Tomara!
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Ricardo Pessoa, UTC
ShareShare on Tumblr
89 COMENTÁRIOS
21/05/2015 às 19:48
Lava Jato: dono da UTC vai entregar nomes de políticos
Na VEJA.com. Volto no próximo post.
Apontado como homem-bomba entre os empreiteiros
investigados na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC
Engenharia, vai prestar depoimentos na próxima semana em Brasília para detalhar
o papel de políticos envolvidos no escândalo do petrolão.
Ele assinou um acordo de delação premiada no último dia
13 e citou, entre outros parlamentares, o senador e ex-ministro de Minas e
Energia Edison Lobão como um dos beneficiários do esquema de fraude em
contratos e distribuição de propina envolvendo a Petrobras. De acordo com a
coluna Radar on-line, também foi citado o nome de Tiago Cedraz, filho do
presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. O advogado
teria recebido dinheiro para abrir caminhos no TCU nas obras de Angra 3.
Pessoa é apontado pelos investigadores como chefe do
“clube do bilhão”, cartel de empreiteiras que combinava preços de licitação e
desviava recursos para o pagamento de vantagens indevidas a ex-diretores e
parlamentares. A proximidade do empreiteiro com o ex-presidente Lula provoca
pânico no Palácio do Planalto, já que o empresário admitiu ter destinado
recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à
Presidência da República. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em
doações registradas na Justiça Eleitoral.
Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para
obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de
Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.
Conforme VEJA revelou, o empreiteiro disse a pessoas
próximas que pagou despesas pessoais de Dirceu e deu 30 milhões de reais, em
2014, a candidaturas do PT, incluindo a presidencial de Dilma Rousseff – tudo
com dinheiro desviado da Petrobras. Pessoa também garantiu ter na memória
detalhes da participação dos ministros Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva
(Secretaria de Comunicação Social), tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, na
coleta de dinheiro para candidatos petistas. “O Edinho está preocupadíssimo”,
escreveu num bilhete, em tom de ameaça, ainda no início de sua temporada na
cadeia, em Curitiba.
Atualmente Ricardo Pessoa cumpre prisão domiciliar em São
Paulo. Ele estará em Brasília a partir de segunda-feira para os depoimentos,
previstos para se estenderem até a próxima sexta-feira.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Petrolão, Ricardo Pessoa
ShareShare on Tumblr
30 COMENTÁRIOS
18/05/2015 às 16:36
Gim, acusado pelo dono da UTC, é amigão do peito de
Dilma, que o queria no… TCU, embora houvesse contra ele 6 inquéritos no STF
Ricardo Pessoa, dono da UTC, diz que o ex-senador Gim
Argello (PTB-DF) recebeu propina, grana, dinheiro, capilé mesmo, para
atrapalhar o andamento da CPI Mista da Petrobras, instalada no ano passado, da
qual ele foi vice-presidente. É aquela que teve o petista Marco Maia (PT-RS),
ex-presidente da Câmara, ora ensaiando alguma rebeldia, como relator. Se bem se
lembram, o homem primeiro decidiu não recomendar o indiciamento de ninguém; não
conseguiu ver nada de errado na Petrobras. Como a coisa pegou mal, ensaiou
algumas irrelevâncias sem maiores consequências. Recomendou que se indiciassem
Paulo Roberto Costa e alguns empreiteiros. E ponto. Os políticos ficaram longe
da comissão.
É crível que a UTC — que, afinal, confessadamente, pagava
propina à canalha — tenha se mobilizado para lavar a mão de Gim? É. Embora a
CPI Mista também contasse com uma maioria esmagadora de governistas, não se
tratava daquela farsa montada no Senado, da qual Gim também foi membro, e havia o temor de que pudesse sair do controle.
Gim se tornou um dos homens sem importância mais
influentes de que se tem notícia no governo Dilma. Ele chegou a ser um amigão
do peito da presidente, com quem fez caminhadas matinais à beira do lago. A
proximidade era tal que Dilma fez o diabo, no ano passado, para usar uma
expressão sua, para torná-lo ministro do Tribunal de Contas da União.
A estupefação do mundo político foi tal que ele acabou
retirando a candidatura, mas foi por pouco. Na sua tentativa tresloucada de
conduzir o amigo fiel ao TCU, Dilma ignorava a sua ficha: havia nada menos de
seis inquéritos contra ele no Supremo por delicadezas como crime eleitoral,
peculato, crime contra a administração pública, corrupção ativa e lavagem de
dinheiro. Nada que pudesse endurecer o terno coração de Dilma. Agora que Gim
está sem mandato, eles já devem ter migrado para a instância comum.
Se Pessoa fala ou não a verdade quando diz que molhou a
mão do gajo para ele ajudar a melar a CPI da Petrobras, bem, isso não se sabe.
É preciso apurar. Mas digamos que a coisa faça sentido, dado o histórico.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Gim Argello, Petrolão, Ricardo Pessoa
ShareShare on Tumblr
39 COMENTÁRIOS
13/05/2015 às 14:54
Qual é, Lula? Agora o PT quer ter o monopólio dos
bandidos? Vamos democratizar a bagaça, companheiro!
Não há nome que provoque tamanho pânico no PT como o de
Ricardo Pessoa, o dono da UTC, apontado pelo Ministério Público Federal como o
coordenador do chamado “clube das empreiteiras”. É, entre todos os empresários
enroscados na Lava Jato, o mais próximo de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem
estabeleceu uma relação de amizade. E se julga abandonado pelo amigo.
Entre os presos, foi quem mais se deixou abater na
cadeia, demonstrando maior inconformismo com a situação. Um acordo de delação
premiada chegou a ser anunciado em fevereiro, mas houve depois um recuo. Não
está claro por quê. Nos bastidores, o que se comenta é que ele se nega — ou se
negava? — a admitir a tese do cartel.
Três meses depois, tudo indica que o acordo finalmente
saiu. E, como se nota, a colaboração foi acordada depois de um habeas corpus do
Supremo ter posto fim à prisão preventiva. Advogados que conhecem o caso — e já
escrevi isto aqui — haviam me dito que Pessoa recusava qualquer forma de
colaboração enquanto estivesse na cadeia. No seu caso, a prisão preventiva
atrapalhava, em vez de ajudar, a investigação.
Pelo que se sabe até agora, Pessoa é quem põe a bomba
mais perto do PT, de Dilma e de Lula. Nesta terça, o ex-presidente resolveu ter
um chilique e saiu acusando a imprensa de dar crédito a denúncias de bandidos.
Pois é. Parece que o Babalorixá de Banânia e o PT querem
ter o monopólio da bandidagem, não é mesmo? Enquanto Alberto Youssef e Paulo
Roberto Costa (que o chefão petista chamava “Paulinho”) operavam para os
companheiros, estes os tratavam como pessoas de bem. Agora que a casa caiu,
Lula gostaria que o jornalismo os ignorasse.
Digamos, Lula, que sejam todos bandidos… Cabe a pergunta:
para quem eles operavam até anteontem? Leiam o que informa a VEJA.com.
*
O presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, viajou
para Brasília nesta quarta-feira para firmar um acordo de delação premiada com
a Justiça. Apontado como “chefe do clube do bilhão”, o empresário, que está em
prisão domiciliar, foi levado à Procuradoria Geral da República para formalizar
seu compromisso de colaborar com as investigações em troca de uma redução de
pena.
A decisão deve ter consequências importantes para a
Operação Lava Jato, já que Pessoa atuou como porta-voz do do chamado “clube do
bilhão”, que reunia as principais empreiteiras do país, e foi amigo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As colaboração dele deixa o escândalo
do petrolão ainda mais perto do Palácio do Planalto.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Pessoa admitiu ter
destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à
Presidência. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações
registradas na Justiça Eleitoral. Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José
Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a
campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.
Reportagem de VEJA também mostrou que Pessoa está
disposto a contar como ajudou a financiar as campanhas de Jaques Wagner e Rui
Costa para o governo da Bahia – o primeiro, em 2006 e 2010. O segundo, em 2014.
VEJA revelou ainda uma anotação de Pessoa, apreendida
pela Polícia Federal, segundo a qual ele menciona o tesoureiro da campanha de
Dilma em 2014, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
“Todas as empreiteiras acusadas no esquema criminoso da Operação Lava Jato
doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x
obras da Petrobras?”, diz o texto apreendido.
4 comentários:
GRAVÍSSIMO, ESSE GOVERNO CRIMINOSO VAI "APARELHAR" AS FFAA! Por falar no Jaques Wagner, vejam só o decreto da presidAnta Nº 8.515, DE 3 DE SETEMBRO DE 2015, dando poderes ao energúmeno ministro da defesa para fazer os militares de marionetes da corja petralha.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/decreto/d8515.htm
Se os milicos já eram cãozinhos mansos, imaginem agora com esse decreto, vão colocar uma coleira daquelas que dá choque elétrico quando o cão late, ficarão todos mais quietinhos ainda, e quando a anta gritar 'junto' a milicada irá correndo abanando o rabinho! Claro que ainda existe uma opção para o cachorro no qual foi colocado uma coleira destas, é não latir, mas atacar a dona.
Vocês intervencionistas, esqueçam as FFAA, nós cidadãos de bem, que trabalhamos, que pagamos impostos e sustentamos toda a corja e inclusive os militares, estamos sozinhos nesta luta, só restando agora nos agarrarmos a DEUS!
O cara foi pego pela PF da Dilma, depois de anos se locupletando agora tenta jogar merda no ventilador para ver se cola. Como fazer prova de doação registrada no TSE e aprovadas são ilegais? Vai que cola!!!!!!! Vai que cola!!!!!!!
Nesta capa, Veja adiantou tudo, como sempre nada se comprovará e a credibilidade da veja está nos pés. Além de quebrada.
Nessa mesma Delação Pessoa também fez delação premiada contra o Senador Aluisio Ferreira Nunes, do PSDB e candidato a vice do aécio. Mas não vem ao caso. Tucanos são INUNPUTÁVEIS.
Postar um comentário