O artigo a seguir é do economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos, sob o título "Mais e mais déficits". A edição é do Jornal do Comércio de hoje.
Na última quinta-feira, no atropelo de final de ano, a
Assembleia Legislativa, num apagão legislativo, aprovou uma série de projetos
do Executivo, colocando mais um pouco de lenha na fogueira da ingovernabilidade
estadual. Nesse dia, foram aprovados projetos justos, do ponto de vista dos
servidores (se não causarem frustações), mas incompatíveis com a capacidade
financeira do Estado no próximo período governamental, quando seus efeitos
serão maiores e quando estarão esgotados os recursos extras, com que o Estado
vem se financiando. O mais grave, no entanto, foi a aprovação do projeto
através do qual o Estado assume os denominados ex-autárquicos da CEEE, mediante
o pagamento pela empresa de R$ 1,3 bilhão. O Estado recebe esse dinheiro, gasta
todo em despesas correntes do momento e fica com sua já alta despesa
previdenciária acrescida de R$ 150 milhões por alguns anos. Essa medida tem
duas finalidades: ajudar a cobrir os rombos financeiros e aumentar o superávit
primário, o que possibilita a obtenção de novos empréstimos, aumentando ainda
mais a dívida estadual. A CEEE, por sua vez, fica livre de uma despesa que lhe
traz alguns inconvenientes, mas retira de seu caixa uma preciosa quantia, que
poderia ser aplicada em investimentos para reduzir a incidência dos contínuos
apagões. Como o Estado formará déficits superiores a R$ 4 bilhões anuais a
partir de 2015, para cujo enfrentamento terá que lançar mão da venda de ativos
ou de aumento de impostos, a medida em causa já deve estar preparando o terreno
para a privatização da empresa ou sua venda ao governo federal. A emenda
legislativa, que vincula o R$ 1,3 bilhão para o pagamento dos servidores em
causa, será vetada, porque o governo estadual precisa desse dinheiro para
cobrir os déficits que serão apurados neste e no próximo ano, da mesma forma
que os R$ 5 bilhões sacados dos depósitos judiciais.
6 comentários:
Políbio,
Feliz 2015!!!
JulioK
Editor, o senhor proclamou que o governo tinha perdido a base e nada mais seria aprovado. Sugestão: checa a fonte antes de postar pra não dar barrigada, jornalista que perde a credibilidade está acabado.
Depois do tarso Pinóquio genro, O Dilúvio... quem será o Louco que terá a coragem de assumir essa massa falida, que é o estado. Não gostaram da gov.Yeda, os gaúchos altamente politizados elegeram esse governo incompetente e perdulário. Sgarbi e mário rangel, me responda por gentileza... onde esse governo está enfiando o dinheiro que arrecada, e os empréstimos do banco mundial, dos depósitos judiciais, agora mais o 1,3(um bilhão e trezentos milhões) retirados da CEEE...????????
MAS É CLARO QUE CONSTRÓI, POIS SE A OPOSIÇÃO GANHAR NÃO VAI CONSEGUIR SAIR DA MERDA CRIADA E ELES TEM MOTIVOS PARA OS DISCURSOS DE PALANQUE NAS PRÓXIMAS E ELEIÇÕES. COMO O POVO É BURRO, VOTA NELES. GANHAM E CONTINUAM ENROLANDO ATRAVÉS DO MARKETING DE GOEBBELS.
PODES CRER QUE É ASSIM.
A solução e vender a CEEE e a Corsan, desde que leve junto todos as dívidas e os pensionistas.
Bastaram 4 anos para os petralhas detonar com as finanças do RS e quebrar.
E a lei de responsabilidade fiscal só se aplica aos perfeitos, e os governadores são imunes a essa lei??
Se fosse só no Rio Grande do Sul o problema seria de fácil solução.Ocorre que o Governo está criando um déficit no Brasil inteiro pois além de gastar muito mais do que ganha ainda esfola os Estados e Municípios com juros escorchantes.
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