O
julgamento do mensalão será retomado hoje no Supremo Tribunal Federal com a
expectativa de um empate e a consequente absolvição dos réus. Na semana passada,
cinco ministros votaram pela absolvição de três dos acusados de lavagem de
dinheiro. Outros dois votaram pela condenação e devem hoje ser acompanhados
pelos três ministros que ainda vão votar.
. O impasse deve levar a Corte
à absolvição dos réus, pois ministros, entre eles o presidente da Corte, Carlos
Ayres Britto, defendem que o empate beneficia o acusado. Com isso, Anderson
Adauto, ex-ministro dos Transportes do governo Lula, e os ex-deputados Paulo
Rocha (PT-PA) e João Magno (PT-MG) se livrariam da acusação de lavagem de
dinheiro. Eles receberam dinheiro das empresas do pivô do mensalão, Marcos
Valério. Conforme o Ministério Público, eles teriam dissimulado a origem do
dinheiro.
Um comentário:
Fernando Henrique não teve dúvida: escolheu ministros do Supremo de sua confiança política.
Gilmar Mendes, na Advocacia da União, que, mais tarde, com dois HCs Canguru, haveria de absolver (provisoriamente, porque o Supremo não vai tirar Dantas da cadeia pela terceira vez, não é, Presidente Barbosa ?).
Nelson Jobim foi ministro de FHC, compartilhou o apartamento com o Cerra - a quem chama de o melhor Ministro da Saúde desde Oswaldo Cruz.
Ellen Gracie, que, mais tarde, foi vista num shopping center de Sao Paulo a namoriscar Fernando Henrique já viúvo, é a Presidenta do Supremo que criou a Suprema Jurisprudência para tirar branco e rico da cadeia.
FHC não brincou em serviço.
Com a imparcialidade dos presidentes militares, FHC nomeou os ministros do Supremo.
Fidelidade ilimitada – ou nada !
Aí, chegou o Presidente Lula, que resolveu ser Republicano.
Consultou Marcio Thomaz Bastos e nomeou Cezar Peluso.
Mas, Lula quis ficar acima da batalha ideológica e nomeou juízes técnicos, de ilibada reputação.
Começou com Peluso e seguiu com a mesma política Republicana.
Tão Republicana que escolheu os Procuradores da República que o espírito Republicano recomendava.
FHC, que conhece as entranhas da República, escolheu Geraldo Brindeiro (segundo Pedro Simon: "engavetador geral da união")
E FHC saiu do Governo imaculado, Republicanamente limpo.
Lula escolheu o Ministério Público dos “40 ladrões”.
Dilma seguiu o espírito Republicano do antecessor.
Manteve Gurgel e levou ao Supremo um ministro que considera a verdade uma quimera e uma ministra que definiu o conceito de “elasticidade” até o ponto de o elástico enforcar o Dirceu.
Dilma vai nomear o sucessor do decano Celso de Mello, que exigiu “ato de ofício” para absolver Collor e dispensou “ato de ofício” para condenar Dirceu.
E talvez seja levada a escolher o sucessor de Joaquim Barbosa, que talvez prefira se aposentar, depois de levar a julgamento o mensalão tucano, a Privataria, a Lista de Furnas e devolver legitimidade às Operações Satiagraha e Castelo de Areia.
Dilma deveria seguir a trilha Republicana de Lula ou a estratégia não-Republicana de “proteger a retaguarda” do FHC ?
Franklin Roosevelt interveio no Supremo para aprovar o New Deal.
Néstor Kirchner demitiu os ministros do Menem.
E botou os militares torturadores na cadeia e baixou a Ley de Medios.
FHC e o Cerra são inimputáveis por que?
Porque são Republicanos ou porque tratam o Brasil como ele é ?
Segundo Gramsci, os juízes são os “intelectuais orgânicos” da Casa Grande.
E ainda dizem que Papai Noel existe.
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