Análise, Bresser-Pereira - Desprotecionismo e desindustrialização

O Brasil vem se desindustrializando prematuramente desde 1980, primeiro, devido à crise da dívida externa e à alta inflação; depois, a partir de 1990, com a abertura comercial e financeira. Estas, além de permitir entradas de capital que apenas apreciavam o câmbio e aumentavam o consumo, implicaram na eliminação do imposto sobre exportações que existia implícito no sistema cambial e tarifário.

O Brasil ficou, assim, à mercê da tendência cíclica à sobreapreciação da taxa de câmbio que caracteriza os países em desenvolvimento que não a administram adequadamente. E sua taxa de câmbio tornou-se apreciada ciclicamente (depreciações ocorrendo nas crises financeiras) e cronicamente, ou seja, no longo prazo. A consequência de tudo isto foi a perda de competitividade da indústria manufatureira brasileira e um grave processo de desindustrialização.
(...)
As evidências, entretanto, se acumulavam. A participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 35,8% em 1984 para 15,3% em 2011; o saldo da balança comercial de manufaturados, que era positivo de US$ 29,8 bilhões em 2006 transformou-se em um enorme déficit de US$ 48,7 bilhões em 2011. O PIB cresceu apenas 2,7%, e a principal responsável por esse mau resultado foi a indústria que cresceu 0,3% do PIB.

A causa desse óbvio processo de desindustrialização prematura foi, naturalmente, a sobreapreciação do real - uma sobreapreciação que, segundo a macroeconomia estruturalista do desenvolvimento, é cíclica e crônica.

CLIQUE AQUI para ler toda a análise de Luiz Carlos Bresser-Pereira, conforme publicado no jornal Valor, dia 29 de março. 

3 comentários:

Anônimo disse...

Polibio, esta desinformado???? Favor leia o link abaixo da Revista Piaui. O Bresser-Pereira virou petista!!!!! Logo, este blog não deveria citar ele. Eduardo de PF.

http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-64/esquina/hifen-nao-e-detalhe

Gilmar Moschen disse...

Ah Políbio, Esse Marxista de carteirinha,diz,diz e não fala nada.1o)Sempre que um pais se desenvolva é natural que a participação do setor primário(indústrial)perca espaço para o terciário(serviços) no PIB,o que não significa diminuir o volume ou valor do PIB do setor como o que vem alcontecendo. 2o)Tambem o que acontece com estes paises é o crescimento do setor com pesquisa e inovação proporcionando produtos de transformação com valor agregado, e não somente comodites. 3o) O Câmbio de fato é o mal porque ajuda no PROTECIONISMO e para corrigí-lo esse Marxista de uma figa não diz que tem haver em o estado diminuir os juros e o custeio. Podrão!

Gilmar Moschen disse...

Políbio publiquei no facebook um quadro éstatístico que por sí só explica o porque nosso pais é e será sempre atrazado. Procurei tua conta lá e não achei...
Minha homenagem ao Lula e ao Pais do Futuro. Que continue assim! O Gráfico é autoexplicativo porque não somos e nunca seremos um pais de 1o.mundo. Acho que não vai sair aqui, pois é uma foto de gráfico estatístico dos paises percentual da população que atinge o ensino superior (3o grau)Fomandos entre 25-34 anos ou entre 55-64anos - É muito interessante A Korrea está numa ponta e o Brasil na outra https://www.facebook.com/#!/photo.php?fbid=334860696573345&set=a.128850163841067.20089.100001482523807&type=1&theater1o

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