Marcelo Gonzatto e Nilson Mariano, no jornal Zero Hora deste domingo, produziram esta instrutiva reportagem sobre a repetência no ensino médio do RS, que é a maior do Brasil. Este alto índice de repetência, demonstra o fracasso das escolas públicas e privadas do Estado. Ele explica muito sobre o atraso do Estado, cada vez mais aferrado a discussões provincianas e ideologicamente ultrapassadas, o que imobiliza as mudanças para o progresso.
. A cada ano, perto de 300 mil alunos são afetados por um dos mais graves problemas da educação gaúcha: o alto índice de reprovação.
. Esse fenômeno atrasa o fluxo estudantil de 19,9% dos estudantes do Ensino Médio em estabelecimentos públicos ou privados - o que torna o Estado campeão nacional de repetência nessa etapa. Além disso, afeta 14,2% dos matriculados no nível Fundamental, compromete o desempenho em sala de aula e é uma das principais razões para a desistência. Apenas na rede estadual, a retenção e o abandono escolar representam um desperdício de R$ 790 milhões por ano.
. O mais estreito funil do ensino gaúcho está nas escolas estaduais e municipais. E, nessas redes, principalmente no Ensino Médio. No 1º ano, a reprovação chega a reter quase um terço dos alunos, conforme dados de 2010. O Fundamental também apresenta índices elevados, superando os 17% na rede estadual.
. Considerando-se o que o Estado gasta para custear o ensino, a reprovação e a desistência - que leva um a cada 10 estudantes a deixar os estudos - desperdiçam o equivalente a R$ 384 milhões no Fundamental e R$ 406 milhões no Médio por ano. Isso representa um quarto dos R$ 3,2 bilhões investidos em 2011 nessas duas faixas.
- Essa perda material, somada à perda social, faz com que essa seja uma das questões mais graves da educação hoje - admite o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo.
. Uma das explicações levantadas por especialistas para o mau desempenho gaúcho seria a vocação precoce para o trabalho. Mas os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não sustentam essa crença: 2,9% dos adolescentes de 15 a 17 anos trabalham - abaixo da média nacional de 3,1%. Resta, então, a hipótese de que os rio-grandenses apostam na repetência como recurso pedagógico por razões culturais.
- Podemos conjecturar que é um Estado com cultura escolar de maior rigidez e sem política específica para evitar reprovações - avalia a diretora-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.
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7 comentários:
Para educação e instrução pobre brasileiro não tem dinheiro e nem tempo. Mas para "pastores" dão tudo que tem e o que não tem, pois o pavor do "demonio" supera todo tipo de medo.
O melhor negócio é possuir um templo, escola jamais.
Povo alienado é povo sem instrução, logo, são pobres materialmente e de espirito.
"Povo sem virtude acaba por ser escravo"
Parabéns ao petralhas, petistas e todos os seus eleitores.
VCS SÃO OS CULPADOS DISTO !!!!
Passaram anos a fio arrotando a importância da educação, especialmente elementos como a Sra Maria do Rosário, e agora???
Tudo perfumaria, tudo da boca pra fora.
Assim como as promessas de aumentos salariais para brigadianos e professores.
Este é o efeito Ester Grossi.
Isso é muito complexo. E o que fazer ? Aprovar o sujeito que não sabe nada apenas para aprovar e não piorar as estatísticas ? Conheço muita gente que chegou aos estudos universitários e não sabe escrever um texto simples. E aí, que profissional será no futuro ?
É por isto que criaram as cotas de todos os tipos: para aprovar na marra os despreparados.
"Aquiles disse...
Parabéns ao petralhas, petistas e todos os seus eleitores.
VCS SÃO OS CULPADOS DISTO !!!!"
Sim, tudo de ruim no mundo é culpa do PT.
O Aquiles se esquece que no RS, durante os últimos 30 anos, o PT somente governou em 4.
E é bom lembrar que a ex-governadora madou até bater em professor, não é verdade?
Querem o quê?
Especialista e como ÇABIO: tem, explicacao, mesmo que furada, pra tudo. Entao os gauderios possuem vocacao antecipada para o trabalho? É isto? Fico imaginando o monte de m... que um ÇABIO, como este, nao espalha mundo a fora. E o pior é que a dit imprensa imparcial faz coro com este tipo de especialista.
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